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Dias Perdidos

Meditação para o Dia 27 de Abril

O Imperador Tito, quando passava o dia sem fazer algum bem, costumava dizer:

“Perdi o meu dia”

Para nós, o dia perdido é o que passamos sem sofrer.

“A cruz – diz a Autora dos Avisos Espirituais – preserva os nossos dias da esterilidade”

Portanto, receemos inutilizar nossa vida, tão preciosa, desprezando a cruz. O sofrimento enche nossos dias de bênçãos e graças do Céu. Que boa escola a em que se aprende a ver o que é caduco! “Quem não sofre, que é que pode saber?”, pergunta o Espírito Santo. Se somos tão ignorantes do mistério da cruz, é porque temos preguiça de frequentar a nossa escola Divina do Calvário! Que vida inútil a nossa! Oh! Aproveitemos o tempo. Temos só esta vida para sofrer e dar a Nosso Senhor as provas de um amor generoso.

“O sofrimento, unido ao amor – dizia Santa Teresinha – é a única coisa que me parece desejável neste vale de lágrimas” (1)

Na hora da morte, as alegrias efêmeras desta vida, os loucos prazeres que nos seduziram, hão de nos atormentar horrorosamente. O sofrimento, ao contrário, há de consolar-nos. Veremos dias cheios de méritos, dias passados no Calvário, bem junto à cruz. Oh! Sim, ao deixarmos este mundo, só uma coisa nos há de consolar imensamente: termos sofrido por amor de Deus!

Referências:

(1) Saint Therèse – “9.e lettre à des missionaires”

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 130)

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