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Flores a Maria

Confira todos os capítulos do livro Flores a Maria, do Pe. Martinho Pereira.

Flores a Maria

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A nossa Consagração à Santíssima Virgem

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Qualidades, que deve ter a nossa Consagração

Para que a nossa consagração à Mãe de Deus, possa ser agradável para ela e proveitosa para nós, deve ser sincera, isto é, não consistir somente em palavras e vãs protestações de fidelidade e de amor, mas partir de um coração profundamente cheio de respeito, de veneração e de ternura para com esta admirável Mãe. Deve ser perfeita e inteira, isto é, devemos oferecer e consagrar à glória de Maria o nosso espírito, o nosso corpo, todas as nossas faculdades, tudo o que possuímos, tudo o que somos, desejando depender dela em todas as coisas, como de Soberana Senhora e cara Mãe. Enfim, esta consagração deve ser irrevogável, uma vez que nos consagremos a Maria, devemos considerar-nos como não pertencendo já a nós mesmos, mas só como filhos, servos, súditos, escravos desta augusta Rainha, que deve reinar para sempre em nossos corações. Ó Maria! Que ventura não é pertencer-vos, ser todo vosso, não viver senão para Jesus e para vós!

Motivos de confiança no Patrocínio de Maria Santíssima

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Conhecimento que Maria tem das nossas necessidades

A Bem-aventurada Maria, Mãe de Deus, elevada ao seio da glória celeste, não se esquece de seus filhos degredados nesta terra de exílio. Como Mãe sensível é compassiva, não se despreza de voltar para nós seus olhos; conhece as nossas necessidades e misérias; vê os assaltos que nos dão os inimigos da salvação; ouve os nossos clamores; escuta as nossas preces e votos e acolhe-os com bondade. Esta divina Mãe viveu, como nós, neste vale de lágrimas; passou por terríveis provações, experimentou maiores tribulações do que as que nos oprimem; por isso o seu coração maternal se enternece com as nossas misérias, e está sempre pronto para nos socorrer. Que motivo pode haver mais próprio para nos inspirar a mais firme confiança nesta Mãe de bondade? Dirijamo-nos a ela como a Protetora; invoquemo-la como Rainha de Misericórdia; consideremo-la sempre como refúgio, asilo, consolação e esperança.

O puríssimo Coração de Maria

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O Coração mais perfeito

O Coração de Maria é o mais perfeito, o mais digno de nossa veneração e respeito, obra prima das mãos do Criador. Toda a Santíssima Trindade concorreu para a formação deste primor de perfeição, e se empenhou em enriquecê-lo dos mais excelentes dons, das mais preciosas e abundantes graças. O Pai Eterno empenhou todo o Seu poder para formar em Maria um coração de filha, cheio de respeito, docilidade e obediência para com o Criador; o Filho deu-lhe um coração de mãe, repleto de ternura, onde Ele havia de habitar como num santuário bendito; o Espírito Santo deu-lhe um coração de esposa, todo abrasado no mais puro e ardente amor. O espírito humano nunca poderá compreender todas as grandezas, riquezas e perfeições, que encerra este sagrado Coração. Unamo-nos aos espíritos bem-aventurados, que não cessam de cantar no céu os seus louvores; honremo-o com terna devoção, para que mereçamos ir celebrar a sua glória e inefáveis grandezas na bem-aventurança eterna.

A Assunção da Santíssima Virgem Maria

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Ressurreição gloriosa de Maria

Todos os homens ressuscitarão no fim dos séculos; porém Maria, a Mãe daquele Senhor, que é a ressurreição e a vida, por privilégio especial, ressuscita ao terceiro dia depois da sua morte. A sua alma bem-aventurada torna a vir do céu, para se reunir de novo ao corpo e comunicar-lhe a glória e felicidade. Este corpo sagrado sai do sepulcro mais brilhante do que o sol, mais resplandecente do que a lua, revestido das qualidades dos corpos gloriosos, agilidade, sutileza, impassibilidade e imortalidade. Maria é isenta para sempre de todas as misérias da vida, e começa um a vida nova, que jamais há de acabar.

Regozijemo-nos com a nossa amável Mãe por esta venturosa e singular prerrogativa. Lembremo-nos muitas vezes de que também havemos de ressuscitar no último dia; mas será para o céu, para o inferno?!

A morte da Santíssima Virgem

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Porque foi a Santíssima Virgem sujeita à morte

Ainda que Deus preservou a Maria do pecado original, não quis preservá-la da morte do corpo, que é a pena deste pecado. Pelo contrário, quis que ela a sofresse, como os outros filhos de Adão, já para mostrar que a sentença de morte dada contra todos os homens é geral e irrevogável; já para que fosse mais semelhante a seu divino Filho, que sendo o Autor da vida, quis sujeitar-Se à morte; já, enfim, para nos dar o exemplo das virtudes que devemos praticar neste último momento. Por mais humilhante que seja a lei que nos condena à morte, Maria sujeita-se a ela com humildade profunda, com perfeita resignação, com inteira confiança na bondade de Deus e ardente desejo de se reunir ao objeto de todo o seu amor. Quão feliz não será também a nossa morte, se a aceitarmos com os mesmos afetos de humildade, confiança, obediência e amor!

Socorros que os primeiros cristãos recebiam da Santíssima Virgem

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Maria era o seu conselho

O nosso adorável Salvador ausentando-Se da terra, quis deixar nela a Sua divina Mãe, para que pudesse servir de conselho à Igreja nascente, e para que os primeiros cristãos a ela recorressem nas suas dúvidas, e dela aprendessem a prática de todas as virtudes evangélicas. Os fiéis a consultavam como mestra e oráculo vivo da Igreja que constantemente se empenhava em dissipar as suas dúvidas, em instruí-los e comunicar-lhes os tesouros de sabedoria e ciência, que adquirira em suas conversações com o divino Filho. Em nossas dúvidas e perplexidades dirijamo-nos a Maria com viva confiança: peçamos-lhe que nos ilustre, que nos dirija, que nos conduza, e ela nos alcançará as luzes e graças de que carecemos.

Gozo de Maria Santíssima na descida do Espírito Santo

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Como se preparou para O receber

Depois que Jesus Cristo subiu ao céu, elevando-Se por virtude própria à vista de Sua bendita Mãe e saudosos discípulos, recolheram-se todos ao cenáculo, e no silêncio do retiro se prepararam pelo exercício da oração para receberem o Espírito Santo, que o Divino Mestre lhes havia prometido enviar. Juntos todos no mesmo lugar, concordes de coração e vontade, formaram os votos mais ardentes para chamarem a si aquele divino Paráclito. Maria principalmente solicitava com maior eficácia a vinda deste Consolador divino, pelo fervor de suas súplicas, pureza de seus desejos e ânsias do seu amor. Imitemos tão excelentes disposições para receber o Deus da caridade, que se apraz em comunicar-Se às almas fervorosas que O buscam fora do tumulto do mundo, e Lhe dirigem ardentes e sinceros votos.

Sentimento de Maria Santíssima na Ascensão de seu Filho

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Maria só desejava o céu

Transportemo-nos hoje ao monte das Oliveiras com a Santíssima Virgem e os discípulos de Jesus, e consideremos com os olhos da fé, o adorável Salvador, depois de ter lançado uma última benção sobre todo aquele santo ajuntamento, e dado a Sua divina Mãe as demonstrações da mais afetuosa ternura, elevar-Se ao céu, todo resplandecente de glória, e acompanhado de milhares de espíritos angélicos e de todos santos, que tirara lá do limbo. O nosso espírito, limitado como é, não pode compreender quais foram os afetos do Filho e da Mãe neste soleníssimo momento. Podemos todavia dizer que, se o corpo de Maria ficou na terra para cumprir a vontade de Deus, o seu espírito e coração subiram ao céu com Jesus Cristo. Imitemos os sentimentos de nossa divina Mãe. Seguindo o seu exemplo, olhemos paro a terra como para um lugar de desterro, suspiremos sem cessar pela celeste pátria. Contemplemos com fé viva as corôas imortais, que ali nos estão preparadas, e trabalhemos por merecê-las, caminhando pelos passos de Maria.

Sobre a Aparição de Jesus a sua Mãe depois de ressuscitado

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Alegria de Maria vendo seu Filho ressuscitado

Consideremos o Salvador saindo do sepulcro, vencedor da morte e do inferno. Ainda que não consta expressamente do Evangelho, podemos contudo piamente crer que Sua divina Mãe foi a primeira pessoa a quem Jesus se mostrou neste estado glorioso. O respeito que tributava a esta augusta Mãe, o amor que lhe consagrava, a ternura de Maria para com seu divino Filho pareciam pedir tão honrosa distinção. Mais do que ninguém havia ela tomado parte nas dores da Sua Paixão; era justo, pois, que fosse a primeira que participasse da alegria do seu triunfo. Deste modo proporciona Deus os seus favores e consolações aos trabalhos que por Ele sofremos. Amemos o Salvador, compadeçamo-nos de Suas dores, levemos a Sua cruz, sigamo-lO até ao Calvário, e seremos como a Santíssima Virgem participantes da Sua alegria e triunfo.

Dores de Maria Santíssima na Paixão e Morte de seu Divino Filho

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Acerbidade das penas de Maria

Consideremos que penetrantes e terríveis espadas de dor traspassaram o terno e sensibilíssimo coração de Maria, quando seu querido Filho se despediu dela para dar começo à Sua Paixão; quando O viu arrastado ignominiosamente pelas ruas de Jerusalém, pisado com pancadas, escarnecido, esbofeteado, coroado de espinhos e pregado na cruz entre dois facinorosos; quando O viu expirar e presenciou a lançada com que um soldado Lhe rompeu o peito para se certificar da Sua morte; quando recebeu nos braços o corpo morto e desfigurado do seu Jesus; e finalmente quando recolhido o cadáver ao sepulcro, ela ficou reduzida à mais amargosa soledade. Tudo o que sofreram os mártires todos juntos é muito pouco em comparação do que então sofreu a mais terna de todas as mães. Ah! Os nossos pecados são a causa das imensas dores desta santa Mãe, porque foram eles quem deu a morte a seu querido Filho. Detestemo-los, pois, de todo o coração, vamos ao pé da truz misturar as nossas lágrimas com as de Maria; peçamos-lhe que nos alcance uma viva contrição de todos os nossos pecados, e a graça de nunca mais os cometer.