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Author page: Gabriel

Os Salmos e Provérbios

Lição 1: Os Salmos

1. A palavra salmo vem do grego psallem, o que significa cantar hino com o acompanhamento de instrumentos de cordas. O salmo é, por conseguinte, um canto que originariamente era acompanhado. Psaltérion é o nome desse instrumento, em grego; saltério hoje designa, para nós, a coleção de 150 salmos colecionados em livro próprio na Bíblia. A numeração dos salmos varia nos textos hebraico, grego e latino, conforme a seguinte tabela:
Texto HebraicoSetenta (grego) e Vulgata (latim)
1-81-8
9-109
11-11310-112
114-115113
116,1-9114
166, 10-19115
117-146116-145
147, 1-11146
147, 12-20147
148-150148-150
As razões destas divergências são várias: uso litúrgico, anotações musicais, erros de copistas... Alguns salmos ocorrem duas vezes: segundo a numeração dos LXX, Sl 13 = Sl 52; SI 69 = SI 39,14-18; Sl 107 = Sl 56,8-12 t Sl 59,8-14.

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O Livro de Jó

Lição 1: Os Livros Sapienciais

Após os livros históricos, o cânon do Antigo Testamento apresenta os livros sapienciais ou didáticos, que são: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes ou Qoheleth, Cântico dos Cânticos, Sabedoria e Eclesiástico ou Sirácida. Os livros sapienciais cultivam a Sabedoria. Por sabedoria entendiam os judeus mais antigos um conjunto de normas que guiavam a vida prática e moral dos jovens e dos adultos. Todo povo tem sua sabedoria de vida expressa, não raro, em provérbios, como: "Quem vai ao vento, perde o assento”, "Um dia é da caça, outro dia é do caçador", "Em casa de ferreiro, o espeto é de pau"... Essa sabedoria foi sendo cultivada com especial interesse desde a instauração da monarquia em Israel (séc. XI a.C.): na corte do rei, os sábios instruíam os jovens sobre o comportamento a assumir durante as refeições, diante dos amigos, dos estranhos, dos tribunais, no comércio, etc.; ver Pr 1,2-6; 10,1.5.16; 11,1; 12,4.11.28...; Eclo 10,1-5; 11,7-9.29-34; 13,1-3... O rei Salomão ficou sendo, para os judeus, o rei sábio por excelência, mais sábio do que os outros reis e sábios dos povos vizinhos (que também cultivavam a sabedoria); ver 1 Rs 5,9-14. Aos poucos a sabedoria foi tomando caráter religioso; tem suas raízes no temor do Senhor e procura agradar a Deus; ver Pr 1,7; 6,16; Jó 28,28; Eclo 1,11-21.. . É um dom que o Senhor concede; ver Jó 32,8; Ecl 2,26; Eclo 1,1; 2,6s; Sb 7,27...

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Os Livros dos Macabeus

Lição 1: O fundo de cena

Os livros de Esdras e Neemias relatam a restauração do povo judeu na sua terra após o exílio (587-538 a.C.). Cobrem um período de tempo que vai possivelmente até 398 a.C. Após esta data, a história de Israel não nos é documentada pela Bíblia até a época dos Macabeus, que começa em 175. A partir de fontes não bíblicas, podemos assim reconstituir os principais acontecimentos: O domínio persa, sob o qual os judeus voltaram à Terra Santa, não ocasionou dificuldades religiosas para Israel. Os persas foram vencidos por Alexandre Magno na batalha de Arbelas (331 a.C.). Já antes, em 338 a.C., Alexandre havia invadido a Palestina. Morto o imperador em 323, os seus territórios foram repartidos entre os generais: Ptolomeu I Lago ficou com o Egito e, a partir de 295, com a terra de Judá; o domínio da família dos Ptolomeus se estendeu até 198 sem incômodo religioso para os judeus (exceto sob o reinado de Ptolomeu IV, 221-203).

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Tobias, Judite, Ester

Os livros de Tobias, Judite e Ester pertencem a um gênero literário próprio: o midraxe ou a hagadá. Esta é uma maneira de propor a história que realça os aspectos edificantes e moralizantes da mesma, no intuito de promover a formação espiritual dos leitores. Distinguem-se dois períodos da literatura hagádica bíblica: 1) o período imediatamente posterior ao exílio (587-538), no qual os autores sagrados procuravam em termos tranqüilos a edificação dos fiéis (tal é o caso de Tb, Rt, Jn, Jó); 2) o período hasmoneu (sec. II/I), no qual a luta pela independência nacional alimentava antagonismo aos estrangeiros e rígido senso religioso (veja Jt, Est e partes de Dn).

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A Obra do Cronista (1/2 Cr, Esdr, Ne)

Lição 1: A obra do Cronista

Os livros das Crônicas, de Esdras e Neemias constituem um bloco homogêneo designado como "obra do Cronista”; percorrem a história do gênero humano desde Adão até a restauração do povo em sua terra após o exílio (séc. V a.C.). A unidade da obra se torna manifesta se examinamos o seu vocabulário, o seu estilo e a sua mentalidade. Verifica-se, por exemplo, que esses livros atribuem grande importância a 1) genealogias (pois estas mostram a continuidade da história do povo escolhido e são penhor de que Deus não abandonou a sua gente). Vejam-se as tabelas genealógicas de 1Cr 1-9; 11,26-47; 12,3-8.10-14; Esdr2; 8; 10; Ne 7; 10¬12... 2) instituições do culto; observe-se a ênfase dada à trasladação da arca (1Cr 15s), à dedicação do Templo (2Cr 5-7), à reforma do culto e à celebração da Páscoa sob Ezequias (2Cr 29-31), a solenidade da Páscoa sob Josias (2Cr 35), a restauração da liturgia após o exílio sob Josué e Zorobabel (Esdr 3), à dedicação do novo Templo e à celebração da Páscoa (Esdr 6,16-22), à celebração da festa dos Tabernáculos (Ne 8,13-18), à dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 12,27¬43)...

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Os Livros dos Reis

Lição 1: Título e conteúdo de 1/2 Reis

Os dois livros constituem, a princípio, uma só obra: foi desdobrada em duas pelos tradutores alexandrinos (LXX), a fim de facilitar o uso dos manuscritos; essa divisão se tornou comum a todas as edições da Bíblia. A Vulgata latina intitula esses escritos ”3° e 4° dos Reis”, pois considera 1° e 2° Sm como se fossem o 1° e o 2° dos Reis. Tal nomenclatura da Vulgata já não é utilizada em nossos dias. 1/2Rs narram a história de Israel desde Salomão até o exílio babilónico (587-538 a.C.). Começa com os últimos dias de Davi (972) e termina com a libertação de Jeconias, rei de Judá, que estava detido na Babilônia (561); abrange, pois, cerca de quatrocentos anos de história, que contém os elementos mais significativos da história de Israel: o apogeu da monarquia sob Salomão, sua divisão em dois reinos rivais (o de Samaria e o de Judá), a queda de ambos (em 722 e 587 respectivamente), a destruição da cidade santa de Jerusalém e o exílio na Babilônia (ponto importantíssimo da história do povo hebreu). Tal é também a época dos grandes profetas (Elias, Eliseu, Amós, Oséias, Isaías, Jeremias, Ezequiel...).

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Os Livros de Samuel

Lição 1: O conteúdo de 1/2 Samuel

Na Bíblia hebraica estes dois livros constituem um só, com o título: Livro de Samuel. Foram divididos em dois pelos tradutores alexandrinos (LXX) a fim de facilitar o uso dos manuscritos. A divisão passou para as traduções latinas e vernáculas, assim como para o texto hebraico. São Jerônimo († 421), supondo que os livros de Samuel e dos Reis fossem uma obra só, designou-os do seguinte modo: 1/2/3/4 Rs. Esta nomenclatura encontra-se em antigas edições baseadas na Vulgata latina, mas já não está em uso. Os dois livros de Samuel continuam a história narrada por Jz, ao qual se ligam pelas figuras dos últimos juízes Eli e Samuel, e pela presença dos filisteus. Estendem essa história a partir da figura de Eli, juiz, até o final do reinado de Davi, passando por Samuel e Saul, ou seja, desde 1050 até 970 a.C.

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Os Livros dos Juízes e de Rute

Lição 1: Quem eram os Juízes

Josué, ao morrer, não deixou sucessor. As doze tribos de Israel haviam-se estabelecido em seus territórios, mas não tinham governo central. Mais ainda: viam-se em meio à população cananéia local, que não fora expulsa pelos israelitas. Esta convivência com os pagãos era nociva aos filhos de Israel: acarretava perigos, como o da corrupção dos costumes, o dos casamentos mistos e, pior ainda, o da perversão religiosa. Os antigos julgavam que cada país tinha os seus deuses, que podiam reivindicar direitos sobre a respectiva população (cf. Jz 11,24; Ri 1,15, lSm 26,19; 2Rs 17,25-33); ora os cananeus imaginavam que Baal, Aserá e Astarte eram os deuses da região, deuses que garantiam a fertilidade das colheitas e a fecundidade dos rebanhos; os israelitas deveriam, conseqüentemente, prestar homenagem e culto a essas divindades cananéias. Estas idéias exerceram sua influência sobre o povo de Deus e o levaram a um certo ecleticismo religioso; Javé continuou a ser o Deus de Israel; mas o seu culto foi assumindo expressões alheias às da Lei de Moisés; os israelitas puseram-se a cultuá-lo nos bosques, nas colinas, junto às fontes... à semelhança do que faziam os cananeus. Encontram-se vestígios desse sincretismo (ou mistura) religioso em Jz 6,25.31; 8,33; 9,4. . . Aliás, o autor de Jz nota logo no início do livro que, após o desaparecimento da geração de Josué, "seguiu-se-lhe outra, que não conhecia Javé, nem as obras que fizera por Israel. Então fizeram os filhos de Israel o que é mau aos olhos de Javé servindo aos Baals" (Jz 2,10s).

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O Livro de Josué

Estudo Bíblico sobre o livro de Josué

Lição 1: Nome e conteúdo de Josué

1. O nome Josué quer dizer "Javé é salvação” (cf. Js 1,9). Josué era filho de Nun (Ex 33,11; Nm 11,28; 13,8.16), da tribo de Efraim (Nm 13,8). Distinguiu-se no combate contra os amalecitas (Ex 17,8-16); acompanhou Moisés ao monte Sinai (Ex 24,13; 32,17); tomou parte na expedição de reconhecimento de Canaã (Nm 13,8; 14,38). Guardou firme confiança no Senhor; por isto, Josué e Caleb foram os únicos homens que, tendo saído do Egito, entraram na Terra Prometida (Nm 14,30.38; 26,65; 32,12). Moisés escolheu Josué como seu servidor (Ex 24,13), quando este era jovem (cf. 33,11). Quando Moisés, perto de morrer, pediu ao Senhor que indicasse o seu sucessor, Javé designou Josué (Nm 27,15-23). Por conseguinte, após a morte de Moisés, a chefia do povo tocou a Josué. Josué teve que exercer árdua missão, a saber: zelar pela observância da Lei, introduzir o povo na terra prometida, lutando contra os cananeus, e distribuir a terra entre as tribos de Israel. Estes encargos tinham índole religiosa, pois eram etapas na organização do povo messiânico ou do povo que preparava a vinda do Messias. Josué revelou-se um chefe enérgico e tenaz, ao mesmo tempo que prudente.

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O Pentateuco

Os Livros Históricos

Entramos agora no Antigo Testamento, conscientes de que quem conhece o Novo Testamento tem necessidade de estudar o Antigo. Não entenderíamos bem os Evangelhos, São Paulo e os demais escritos cristãos se não conhecêssemos com exatidão Abraão, Jacó, Moisés, Davi, Isaías... Os livros do Antigo Testamento são 46. Costumam ser distribuídos em três categorias: históricos (desde o Gênesis até o 2Mc), sapienciais ou didáticos (Jó, Pr, Sl, Ct, Ecl, Sb, Eclo) e proféticos (Is, Jr, Lm, Br, Ez, Dn e os doze profetas menores). A nossa exposição seguirá tal ordem, que é também a ordem do Cânon adotada por nossas edições da Bíblia.

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