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A Oração dos Enfermos

Meditação para o Dia 31 de Outubro

O enfermo se purifica no sofrimento. Por oração lhe bastam estas palavras, muitas vezes repetidas:

“Meu Deus! Meu Pai! Faça-se a Vossa Santíssima Vontade!”

Basta que as recite mentalmente, se não o puder fazer com os lábios. O essencial é que saiam do coração. Aliás, o sofrimento já é em si uma oração. Que fazer a criatura se lhe tirar Deus a saúde e a reduzir a um estado penoso e difícil de inação? Blasfemar? Não, mas, pelo contrário, recitar esta jaculatória de amor resignado e confiante:

“Bendito seja Deus!”

Nosso Pai do Céu sabe, melhor do que nós, o que faz e só faz o que é necessário. A recitação de uma simples jaculatória basta para santificar a doença e encher o enfermo de méritos para a vida eterna.

“Já que a doença nos faz gemer e suspirar, diz São Francisco de Sales, suspiremos por Deus. Entre jaculatórias gemidas e gemidos de jaculatórias, vamos levando a cruz da enfermidade”

A oração é mais aceita na doença do que em qualquer outro tempo, principalmente a oração de conformidade. Não nos aflijamos se as dores, o sono, o cansaço, o abatimento geral não nos permitirem orar nem meditar, na doença. Se nós, que somos maus, não exigimos esforços grandes aos doentes, como os há de exigir Nosso Senhor, que é tão bom? O gemido do enfermo já é uma oração. E ele que diga e repita, se não com os lábios, ao menos de coração:

“Faça-se a Vossa Vontade, ó meu Deus!”

Por que, pois, a aflição na doença, pelo motivo de não podermos rezar?

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 326)

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