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Tag: cornélio à lápide

Canto

Canto, Tesouros de Cornélio à Lápide

Deus prescreve o canto

Cantai ao nosso Deus, cantai, diz o Salmista cantai, cantai salmos a nosso Rei, porque Deus é o Rei de toda a terra: cantai-lhe salmos com sabedoria: Psaliite Deo nostro, psallite; psallite Regi nostro, psallite; quoniam Rex omnis terrae Deus; psallite sapienter (Sl 46, 7-8). Reis da terra, cantai ao Senhor, celebrai em coro ao Eterno; cantai salmos a Deus que se elevou ao mais alto dos Céus, desde o Oriente (Sl 67, 33-34). Entoai salmos, tocai pandeiro, o harmonioso saltério junto com a cítara: Sumite psalmum, et date tympanum; psalterium jucundum cum cithara (Sl 80, 2). Tocai as trombetas no novilúnio, no grande dia de vossa solenidade (Sl 80, 3) cantai ao Senhor um novo cântico: Ele fez maravilhas: Cantate Domino canticum novum, quia mirabilia fecit (Sl 97, 1). Cantai seus louvores, cantai-os acompanhados de instrumentos: Cantate ei, et psallite ei; narrate omnia mirabilia ejus (Sl 104, 2).

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Calvário

Calvário, Tesouros de Cornélio à Lápide Segundo São Jerônimo, Adão foi sepultado no Calvário, no mesmo lugar em que foi crucificado Jesus Cristo. Deste fato, fazem derivar o nome do Calvário que tem a montanha da crucificação, nome devido a cabeça de Adão ali enterrada. Costumam dar essa mesma razão para explicar o costume dos pintores de colocar uma cabeça ao pé da cruz de Jesus Cristo[1]. Orígenes, Epifânio, Santo Atanásio, São Cipriano, Santo Ambrósio etc. participam também da opinião que Adão foi sepultado no Calvário.

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Caída e recaída

Caída e recaída, Tesouros de Cornélio à Lápide

Desgraça da queda no pecado

Podemos nos equivocar facilmente, dada a nossa debilidade humana, porém é uma coisa diabólica perseverar no erro: Humanum est errare, diabolicum perseverare (Episto.). Ordinariamente, uma vida fervorosa, depois de uma queda, é mais agradável a Deus que a inocência vivida com a tibieza e a torpe segurança, diz São Gregório: Pelrunque gratior est Deo amore ardens post culpam vita, quam securitate torpens innocentia (Pastor.). Porém, do mesmo modo que a tibieza, a queda é deplorável. Como foi, diz Isaías, que a cidade fiel se converteu em uma rameira? A justiça habitava em seu recinto; agora, não é mais que um albergue de homicidas: Quomodo facta est meretrix civitas fidelis? Justitia habitavit in ea, nunc autem homicidae (Is 1, 21). Tua prata se converteu em escória: Argentum tuum versum est in scoriam (Is 1, 22).

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Provocação dos maus

Provocação dos maus, Tesouros de Cornélio à Lápide

Em todos os tempos, são os maus que zombam dos bons

Durante os cem anos que Noé empregou em construir a Arca, ele não deixava de advertir aos homens que fizessem penitência, que haveria um dilúvio universal; e os homens corrompidos ridicularizavam-no e zombavam dele. Ló avisou aos Sodomitas que haveria um dilúvio de fogo e puseram-no em ridículo. Os profetas falam em nome do Senhor, mandam em nome do Senhor, e os ímpios o tomam como um motivo de zombaria. Tendo chegado Jesus à casa do chefe da Sinagoga, e vendo aos tocadores de flauta e a multidão que se agitava tumultuosamente, disse-lhes: Retirai-vos, porque a jovem não morreu, senão que dorme. E riam-se Dele: Et deridebant eum (Mt 9, 23-24).

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Boa e Má Consciência

Boa e Má Consciência, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é uma boa consciência?

Um boa consciência, diz Hugo de São Vítor, é aquela que sendo doce para todo o mundo, não fere a ninguém, usa castamente da amizade, é paciente para os inimigos, benfeitora para todos, e faz tanto bem quanto lhe é possível. Uma boa consciência é aquela à qual Deus não imputa pecados, porque os evita; nem imputa- lhe os pecados dos demais, porque não os aprova; nem os da negligência, porque falou e agiu quando era necessário; nem os do orgulho, porque permaneceu na humildade e na unidade (Lib. III de Anim., c. IX). A boa consciência é aquela que é reta, que obedece às leis de Deus e às da Igreja, e que se vale das luzes da razão para esclarecer-se. A boa consciência é a que vigia para não cair, e imediatamente levanta-se de suas quedas. A boa consciência é o homem inteiro, porque o homem não é nada, ou melhor, ele é um flagelo, um monstro, quando não tem uma boa consciência. A boa consciência é a imagem de Deus na terra.

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Bom exemplo

Necessidade do bom exemplo

Ensina-se com autoridade, quando se prega com o exemplo, diz São Gregório; porque não se tem confiança naquele cujos atos contradizem sua linguagem[1]. Pastores, pais de família, amor, magistrados, professores, superiores, se ensinais aos demais e não vos reformais a vós mesmos, que força terão as vossas lições: Qui alium doces, teipsum non doces (Rm 2, 21). Falar bem e viver mal, diz São Próspero, que é senão condenar-se com a própria língua? Bene docere, et male vivere, quid aliud est; quam se sua você damnare (In Sentent.). Escutai a São Bernardo: Uma alta posição, diz, e uma alma abjeta..., o primeiro posto e uma vida indigna, uma língua eloquente e mãos ociosas, muitas palavras e nenhum fruto, um rosto grave e uma ação ligeira, uma grande autoridade e um espírito inconstante, um rosto severo e uma língua frívola, são coisas verdadeiramente monstruosas[2].

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Bondade de Deus

Bondade de Deus, Tesouros de Cornélio à Lápide

Deus é a própria bondade por natureza

O próprio Deus é a bondade, é fazer o bem... Não é Deus quem nos impõe os males, e os suplícios que sofremos; somos nós quem os atraímos. São Paulo chama a Deus “Pai das Misericórdias”: Pater misericordiarum (2 Cor 1, 3). E o é com justiça, diz São Bernardo; porque Deus não e o Pai das condenações, e dos castigos. É Ele o Pai das Misericórdias, porque, por natureza, é causa e origem do bem. Os juízos severos e os castigos vêm de nós; nossos pecados no-los atraem (Serm. V, in Nativ. Dom.). Deus é o Pai das Misericórdias. Nossas misérias são tão grandes e multiplicadas, que o real profeta Davi não pede a Deus que nos trate segundo sua misericórdia, senão segundo a multidão de suas misericórdias: Secundum multitudinem miserationum tuarum, dele iniquitatem meam (Sl 4, 3). Eis que o Senhor sairá de sua morada, e descendo de seu trono atropela as grandezas da terra, diz o profeta Miqueias: Ecce Dominus egreditur de loco suo, et descendet, et calcabit super excelsa terrae (Mq 1, 3).

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Blasfêmia

Blasfêmia, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é a blasfêmia e sua atrocidade

A blasfêmia é uma palavra injuriosa feita a Deus, à Sagrada Virgem, aos Santos, ou às coisas santas. Não profaneis o nome do vosso Deus: Nec pollues nomem Dei tui (Lv 18, 21). Seja castigado com a pena de morte o blasfemo do nome do Senhor: Qui blasphemaverit nomem Domini, morte moriatur (Lv 24, 16). Sabeis, diz Isaías, de quem blasfemastes, e contra quem levantastes a voz? Contra o Santo de Israel: Quem blasphemasti, et super quem exaltasti vocem? Ad Sanctum Israel (Is 32, 23). Aqueles que blasfemam de Jesus Cristo que reina no céu não são menos pecadores que aqueles que O crucificaram na terra, diz Santo Agostinho[1].

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Batismo

Batismo, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é o Batismo?

O Batismo é o sacramento que apaga o pecado original, faz-nos filhos de Deus e da Igreja. O Batismo é a cruz de Jesus Cristo aplicada sobre nossos ombros. Por meio do Batismo, somos crucificados com Jesus Cristo. Mas a cruz é a morte e a destruição dos pecados.

Necessidade do Batismo

Em verdade eu te digo, ninguém, senão aquele que nasça de novo, poderá ver o Reino de Deus, disse Jesus Cristo a Nicodemos: Amen, amen, dico tibi, nisi quis renatus fuerit denuo, nom potest videre regnum Dei (Jo 3, 3). E para provar que fala aqui do Batismo e de sua necessidade, acrescenta: Em verdade, em verdade te digo, se alguém não renascer da água e do Espírito Santo, não poderá entrar no Reino de Deus (Jo 3, 5). Por este motivo deu aquela ordem a seus apóstolos: Ide, pois e ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo: Euntes ergo docete omnes gentes, baptizantes eos in nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti (Mt 28, 19).

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Jejum e Abstinência

Jejum e Abstinência, Tesouros de Cornélio à Lápide

Necessidade do jejum e da abstinência

Seja na Antiga Lei, seja na Nova, Deus ordena o jejum. A Igreja faz dele um preceito. Tirai a lenha do fogo, se quereis que mingue a chama, diz um poeta: Subtrahe ligna foco, si vis restinguere flammam. Mas, a concupiscência é um fogo devorador; é, pois, preciso fazer a carne jejuar. Muito melhor é para vós, diz São Jerônimo, que padeça melhor vosso estômago que vossa alma; vale muito mais mandar sobre a carne do que lhe obedecer; vacilar com pé incerto e débil, que cair em impurezas. É com o rigor dos jejuns e das vigílias que se podem afastar os dardos envenenados do demônio: morto está aquele que vive em meio das delícias[1]. O mesmo Platão proibia comer carne duas vezes ao dia e saciar-se (Lib. de Legib.).

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