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Tag: cornélio à lápide

Avareza

Avareza, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é avareza?

As riquezas, diz Santo Ambrósio, chamam-se assim porque dividem ou rasgam a alma: Dives dicta sunt, eo quod dividant, distrahantque mentem (Serm. V). A palavra avaro significa ávido de ouro, diz Santo Isidoro: Avarus, quasi auri avidus (Lib. X, Origine). Ser avaro, diz Santo Agostinho, não é somente amar o dinheiro, senão perseguir algo com imoderado ardor. Quem quer que deseje mais do que necessita, é avarento[1].

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Apóstolos

Apóstolos, Tesouros de Cornélio à Lápide

Porque os Apóstolos são em número de doze?

Jesus Cristo escolheu doze Apóstolos e tão somente doze, para representar aos doze Patriarcas, filhos de Jacó. E como os doze Patriarcas foram os pais do povo judaico, os doze Apóstolos foram os pais espirituais do povo cristão. Este número de doze, diz Santo Tomás (Caten. Aur.), estava significado pelos doze filhos de Jacó, pelos doze príncipes dos filhos de Israel, pelas doze fontes de Elim, pelas doze pedras do Efod, pelos doze pães da proposição, pelos doze espiões, pelas doze pedras tomadas no Jordão com as quais se construiu um altar, pelos doze bois que sustentavam a fonte de bronze, pelas doze estrelas que formam a coroa da Esposa de que nos fala o Apocalipse, pelos doze fundamentos da cidade celestial, pelas doze portas de Sião.

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Anjos

Anjos, Tesouros de Cornélio à Lápide

Há Anjos e eles existem em grande número

A Sagrada Escritura testemunha a existência dos anjos. Muitas passagens, tanto do Antigo, como do Novo Testamento, comprovam-no. O número dos anjos é muito grande. Se alguém tem cem ovelhas, diz Jesus Cristo, e uma delas se extravia, não deixa as noventa e nove restantes na montanha e não corre a buscar a que se extraviou? (Mt 18, 12). Pelas noventa e nove ovelhas, os Santos Padres entendem os anjos que perseveraram, e pela ovelha perdida, entendem o gênero humano. Quão grande é, pois, o número dos anjos, posto que são comparados com as noventa e nove ovelhas.

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Amor ao próximo

Amor ao próximo, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é a caridade

A caridade não é outra coisa que a boa vontade, diz Santo Agostinho: Quid aliud est caritas quam bona voluntas? (De Morib.). Por sua essência, a caridade, diz São João Clímaco, tem tanta semelhança com Deus, quanto podem perceber os mortais. Por sua eficácia, é uma espécie de embriagues da alma; enfim, suas propriedades são ser o fundamento da fé e o sustento de uma alma paciente (Grado 5°).

Necessidade da caridade

Amareis ao Senhor vosso Deus com todo vosso coração, com toda a vossa alma e todo vosso espírito, disse Jesus Cristo em São Mateus. Este é o maior e primeiro dos mandamentos (Mt 22, 37-38). Porém, eis aqui um segundo, semelhante àquele: Amareis a vosso próximo como a vós mesmos: Diliges proximum tuum sicut te ipsum (Mt 22, 40).

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Amor a Deus

Amor a Deus, Tesouros de Cornélio à Lápide

Há dois amores

Há dois amores: o amor à concupiscência ou amor imperfeito; e o amor de pura caridade ou amor perfeito. Por meio do amor de concupiscência ou imperfeito, dedicamo-nos a agradar a Deus somente para que nos dê a recompensa da glória eterna. Este amor é bom, porém trata-se muito mais de um ato de esperança que de um ato de caridade. O amor perfeito, pelo qual nos esforçamos a agradar a Deus e queremos nos submeter à sua vontade, consiste em amar-lhe unicamente por ser Ele quem é, e não pela recompensa que aos bons promete. Este amor é propriamente a caridade perfeita.

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Ambição

Ambição, Tesouros de Cornélio à Lápide

A ambição é um veneno. Desgraças que a causam

A ambição, diz São Bernardo, é um mal sutil, um veneno secreto, uma enfermidade oculta; é um artefato fraudulento, a mãe da hipocrisia, o princípio das chagas profundas, a origem de todos os vícios, a traça da santidade, a cegueira dos corações; converte os remédios em veneno capaz de produzir enfermidades e sustentar seu incremento[1]. A ambição cega o homem e rouba-lhe a razão. A ambição é manancial das disputas, de todos os ódios, das guerras e das injustiças. É a mãe da pobreza e da indigência.

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Aflições

Aflições, Tesouros de Cornélio à Lápide

Excelências e vantagens das aflições

É muito melhor o sofrer por Jesus Cristo do que o ressuscitar mortos, diz São João Crisóstomo. Por meio deste, nós contraímos uma dívida com Deus. Por meio daquele, Jesus Cristo se converte em nosso devedor. Ó Maravilha! Jesus Cristo nos faz um obséquio, e por este obséquio ficará agradecido: Pati pro Christo, magis est quam suscitare mortos: hic enim debitor sum (Deo); illic autem debitorem habeo Christum. Ó rem admirandam! Et donat mihi, et super hoc, ipse debet mihi (Homil. IV in Epist. ad Philipp.). Santo Egídio, discípulo de São Francisco, dizia:

"Ainda que o Senhor fizesse cair pedras e rochas do céu, nenhum dano nos fariam se soubéssemos sofrer as aflições" (Ribaden, in ejus vita).

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Adulação e Elogio

Adulação e Elogio, Tesouros de Cornélio à Lápide

A adulação é um erro e uma mentira

Os nossos elogios, diz São Bernardo, são apenas mentiras; alegrar-se pelos elogios, é o que há de mais vão. Os amigos de “contar fábulas” são elogiados, e os que elogiam são mentirosos. Enganamos aos que elogiamos: os aduladores mentem. Laudamus mendaciter, delectamur inaniter; vaniloqui laudantur, et mendaces qui laudant. Alii adulantur, et ficti sunt; alii laudant, et falsi sunt (Epist. XVIII ad Petr.). Os aduladores são enganosos. Adulam-me com os lábios, diz o Salmista, e me maldizem com o coração: Ore suo benedicebant, et corde suo maledicebant (Sl 61, 5).

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Ações de Graças

Ações de Graças, Tesouros de Cornélio à Lápide

Necessidade da Ação de Graças

Graças sejam dadas a Deus que sempre nos faz triunfar em Jesus Cristo, diz o grande Apóstolo: Deo autem gratias, qui semper triumphat nos in Christo (2 Cor 2, 14). Louvado seja Deus, diz em outro lugar, por seu dom inefável: Gratias Deo super inenarrabili dono eius (2 Cor 9, 15). A ação de graças convém mais do que ditos indecentes, etc., escreve aos Efésios: Sed magis gratiarum actio (Ef 5, 4). Não esqueçais a ação de graças em todas as vossas coisas, diz aos Colossenses: Orationi instate, vigilantes in ea in gratiarum actione (Col 4, 2). Dai graças em tudo: In omnibus gratias agite (1 Ts 5, 18). Eu recomendo, pois, antes de tudo, escreve a Timóteo, que se façam pedidos, orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens: Obsecro igitur primo omnium fieri obsecrationes, orationes, postulationes, gratiarum actiones pro omnibus hominibus (1 Tm 1, 1). Eu te exaltarei, Senhor, diz o Rei Profeta, porque vós me haveis animado[1]. Somos vosso povo e as ovelhas de vossos passos; vos louvaremos, Senhor, por todos os séculos, e nossa posteridade publicará vossos benefícios[2]. Vossas obras, ó Deus meu, recordarão sempre vossos benefícios inumeráveis, e celebrarão vossa justiça[3]. Demos graças em todo o tempo e por todas as coisas a Deus Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, diz o grande Apóstolo: Gratias agentes semper pro omnibus, in nomine Domini nostri Iesu Christi, Deo et Patri (Ef 5, 20). Tudo quanto façais, seja por palavra ou por obra, fazei-o em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, dando graças por meio dele a Deus Pai: Omne quodcum que facitis in verbo, aut in opere, omnia in nomine Domini nostri Iesu Christi, gratias agentes Deo et Patri per ipsum (Col 3, 17). Crescei cada dia mais e mais em Jesus Cristo com contínuas ações de graças: Abundantes in illo in gratiarum actione (Col 2, 7).

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Abuso de Graças

Abuso de Graças, Tesouros de Cornélio à Lápide

O Abuso das Graças é um grande mal

Ó cidade ingrata, exclamava Jesus Cristo derramando lágrimas sobre Jerusalém que abusava de tantas graças! Ó cidade desgraçada! “Ah! Se neste dia também tu conhecesses a mensagem de paz! Agora, porém, isso está escondido a teus olhos” (Lc 19, 42); não queres ver os favores que te prodigalizei, para não ter que me agradecer por eles. Ó filha de Sião, a quem tanto amei, honrei, enriqueci e instrui! Não somente não queres me conhecer, senão que me rejeitas, me condenas, me persegues e me crucifixas!... Por ti desci do céu à terra; por ti nasci, vivi em contínuos trabalhos, nas dores e na pobreza; visitei-te, ensinei-te, insisti contigo; curei a teus leprosos, a teus enfermos, a teus possessos; dei vida a teus mortos: e tu foges de mim, me desprezas e me persegues por ódio! Olhem-se os cristãos infiéis e ingratos neste quadro: Não imitam aos judeus?...

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