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Rainha dos Mártires

Meditação para o Dia 05 de Maio

Não se pode contestar, afirma Santo Afonso, que Maria tenha sido mártir. Provam-no Dionísio Cartusiano, Perbalto, Catarino e muitos outros. Para o martírio, basta uma dor suficiente para dar a morte, ainda que, na realidade, não se venha a morrer. São João Evangelista tem as honras do martírio, embora não tenha morrido na caldeira de azeite fervente. A obediência faz mártires. Maria foi mártir, sem que tocassem os algozes em seu corpo virginal. Ela teve um martírio dos mais cruéis: o do coração. O nome de Maria tem, entre outras significações, a de mar, oceano. Toda a vida de Nossa Senhora foi um oceano de dores e Ela própria, uma Rosa de martírio. À semelhança da rosa que cresce entre os espinhos a Mãe de Deus – revelou o Anjo a Santa Brígida – crescia em anos no meio dos sofrimentos. E assim como, à medida que cresce a rosa, crescem os espinhos, assim também, quanto mais a Virgem, Rosa eleita do Senhor, crescia em idade, mais cresciam, para atormentá-la, os espinhos de seu martírio cruel. Nossa vida pode ser um martírio, martírio lento de pequeninos aborrecimentos quotidianos, martírio de enfermidades e reveses.

Um olhar à Rainha dos mártires! Coragem! Que o doce perfume da Rosa Mística suavize a dor das feridas que cada dia nos fazem os espinhos da vida!

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 140)