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Os Três Graus da Conformidade

Meditação para o Dia 07 de Janeiro

São três os graus da conformidade com a vontade de Deus. No primeiro grau, a alma sofre com paciência; mas preferiria não sofrer. Não é isento de queixa,embora acompanhada sempre do estribilho: Não pode ser!… Paciência! Deus assim quis! Seja feita a Vontade de Deus! Já é agradável a Nosso Senhor a alma assim resignada, mas ela se acha ainda na via do temor e da imperfeição. No segundo grau, o sofrimento é acolhido como um hóspede do Céu, sendo reconhecido o seu valor e as vantagens que traz para o nosso adiantamento. Mas há ainda alguma queixa. A natureza não pode ainda dominar-se inteiramente. Entretanto, a alma se conserva em paz e bendiz a Mão Divina que a fere. Já se apresenta mais perfeita. No terceiro grau é alcançado o ideal da perfeição, que consiste na santidade. Procura-se, ama-se o sofrimento. A alma se alegra porque sofre e pode dizer, como Santa Teresa: Sofro, porque não sofro. O anjo do Carmelo de Lisieux escrevia à sua irmã:

“Tenho necessidade de esquecer a terra. Aqui tudo me aborrece e só encontro uma alegria, a de sofrer, e essa alegria ultrapassa a toda alegria” (1)

É o ideal da perfeição. Os principiantes têm a resignação que vem do temor; os adiantados, a conformidade que vem da esperança; os perfeitos, o amor à cruz, que abraçam com ardor. Ah! Sejamos generosos e abracemos a cruz na perfeição do amor.

Referências:
(1) Lettres – Sainte Therèse de L’Enfant Jesus – 5.e lettre à Céline, (Cartas – Santa Teresa do Menino Jesus, Cartas à Celina)

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 16)