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O Crucifixo

Meditação para o Dia 29 de Maio

Santa Maria Madalena de Pazzi sofria horrorosamente numa enfermidade cruel. As dores atrozes não a deixavam um só instante. E ela, calma e sorridente.

– “Donde vos vem tanta força para suportardes tantos sofrimentos sem uma queixa? – perguntam-lhe. “Vede, responde a santa, mostrando um crucifixo na parede, – vede o que o Amor infinito de Deus fez pela minha salvação. Isto é que me sustenta!”

O crucifixo é um bom companheiro e melhor dos mestres no sofrimento. Muito se aprende no Calvário. São Tomás de Aquino perguntou a São Boaventura onde ia buscar os tesouros de doutrina que difundia em seus escritos. E São Boaventura mostrou-lhe o crucifixo. Outro santo e doutor, Afonso de Ligório, nos instantes de agonia, abraçava e beijava amorosamente o crucifixo.

“Oh! – Exclamava ele, como é bom morrer abraçado à cruz!”

Tenhamos o hábito piedoso de trazer conosco um crucifixo e contemplar e meditar as Chagas Divinas, ouvindo as lições da cruz.

Na cruz, a paz e a salvação! São Francisco Xavier teve notícia, nas índias, de que um vulcão enorme em erupção ameaçava o povo das missões.

– “Levem a cruz ao vulcão”, ordena o santo. Assim fizeram. Apagaram-se maravilhosamente as chamas. Extinguiu-se o vulcão.

No vulcão de nossa alma, agitada pelas paixões e pela revolta contra a dor, lancemos o Crucifixo. Ele tudo acalma! Ele nos salvará!

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 164)