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Juiz e Pai

Meditação para o Dia 23 de Abril

Deus nos há de julgar! Este pensamento, que aterroriza tantas almas, deveria consolar-nos. Como poderemos pensar sem tremer no juízo Divino, quando santos como São Bernardo e São Jerônimo tremiam só à meditação dessa verdade eterna? Quem nos vai julgar? Um Deus, sim, um Deus de justiça, que encontra imperfeições até nos seus Anjos! Mas esse Deus é nosso Pai e Pai por toda a eternidade, Pai das misericórdias – “Pater misericordiarum”. Deus é justo, sim, e por isso mesmo é que devemos ter confiança. Sendo justo, saberá levar em conta a nossa fraqueza, a nossa ignorância e miséria, verá a nossa boa vontade, a pureza de nossas intenções. Temê-Lo, por quê? Ele bem sabe de que barro somos feitos.

Portanto, confiança! Perguntaram a Santo Ambrósio, quando moribundo, se não temia os juízos de Deus.

“Ah! – respondeu o santo – temos um mestre tão bom!”…

“Tenha confiança em Nosso Senhor”, dizia o sacerdote a Frederico Ozanan.

“Ó meu padre – respondeu o servo de Deus, em agonia – como ter medo de Nosso Senhor? Amo-O tanto!”

Amemos o Coração de Jesus, fonte de misericórdia e perdão. É nosso Juiz, sim, mas também é nosso Pai.

“Como é doce morrer – dizia Santa Margarida Maria – para ser julgada por Aquele em cujo Coração vivemos!”

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 126)