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Author page: Gabriel

Evangelho segundo Lucas

Lição l: Lucas, autor do 3º Evangelho

1. São Lucas não era judeu, mas gentio de Antioquia da Síria; cf.-Cl 4,10­14. Era homem culto e formado em medicina. Não se pode dizer com segurança quando se converteu ao Cristianismo. Associou-se a São Paulo em trechos da segunda e da terceira viagens missionárias; cf. At 16,10-37; 20,5-21,18. Em 60 embarcou com Paulo para Roma (At 27,1-28,16), permanecendo-lhe fiel durante o primeiro cativeiro (cf. Cl 4,14; Fm 24): Acompanhou o Apóstolo também no segundo cativeiro romano; cf. 2Tm 4,11. 2. A este discípulo a Tradição atribui o 3º Evangelho. Eis o testemunho de um dos prólogos latinos anteposto ao 3º Evangelho em fins do séc. II:
'Lucas foi sírio de Antioquia, de profissão médica, discípulo dos Apóstolos; mais tarde seguiu Paulo até a confissão (martírio) deste, servindo irrepreensivelmente ao Senhor. Nunca teve esposa nem filhos; com oitenta e quatro anos morreu na Bitínia, cheio do Espírito Santo. Já tendo sido escritos os Evangelhos de Mateus, na Bitínia, e de Marcos, na Itália, impelido pelo Espírito Santo, redigiu este Evangelho nas regiões da Acaia, dando a saber logo no inicio que os outros (Evangelhos) já haviam sido escritos”.
Estes dizeres, simples e claros, resumem os principais dados da Tradição sobre o assunto.

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Evangelho segundo Marcos

Lição 1: Marcos, autor do 2 o Evangelho

1. Marcos não foi um dos doze apóstolos, mas discípulo destes, especialmente de Pedro, que o chama seu filho (1 Pd 5,13), talvez porque o tenha batizado. São Marcos foi companheiro de São Paulo no começo de sua primeira viagem missionária (cf. At 13,5), mas não prosseguiu até o fim (cf. At 13,13). Por isto o Apóstolo não o quis levar em sua segunda expedição missionária (cf. 15,37-40). Todavia Marcos reaparece como colaborador de São Paulo no primeiro cativeiro romano do Apóstolo (cf. Cl 4,10; Fm 23s); no fim da vida, São Paulo lhe faz um elogio: "é-me útil no ministério” (2Tm 4,11). Há quem veja em Mc 14,51 uma alusão ao próprio Marcos. A tradição lhe atribui a redação do segundo Evangelho. A propósito o testemunho mais importante é o de Pápias (t 135), bispo de Hierápolis (Ásia Menor), de grande autoridade:
"Marcos, intérprete de Pedro, escreveu com exatidão, mas sem ordem, tudo aquilo que recordava das palavras e das ações do Senhor; não tinha ouvido nem seguido o Senhor, mas, mais tarde..., Pedro. Ora, como Pedro ensinava adaptando-se às várias necessidades dos ouvintes, sem se preocupar com oferecer composição ordenada das sentenças do Senhor, Marcos não nos enganou escrevendo conforme se recordava; tinha somente esta preocupação: nada negligenciar do que tinha ouvido, e nada dizer de falso" (cf. Eusébio, História Eclesiástica III, 39,15).

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Quanta coisa não entendemos!

Na linda natureza de Deus Há em redor de mim uma infinidade de coisas que não compreendo e que, apesar disso acredito. Apresento um exemplo mui comum. Na química moderna calcula-se continuamente com a milionésima parte de uma grama: o “Gama”. No entanto já viram a milionésima parte da grama? Nenhuma vista humana jamais o alcançou. E todavia, na balança analítica é possível pesar um “Gama”, depois de estafante trabalho e cálculos de ¾ de hora. Que é o “mícron”? É a milésima parte do milímetro. Entenda-se bem: a milésima parte do milímetro que para nós já é incrivelmente pequeno! O éter é 500 bilhões de vezes mais leve do que o ar. Para que produza a cor violeta, são imprescindíveis 758 bilhões de vibrações por segundo. Pode-se “compreender” isso? “Saber” o que significa? Como se poderia sabê-lo? Apenas se pode crê-lo. Toma-se mesmo necessária uma fé bem sólida!

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Evangelho segundo Mateus

Lição 1: Mateus, autor do 1° Evangelho

1. Mateus, também dito Levi, era publicano ou cobrador de impostos. Chamado por Jesus, logo deixou tudo; cf. Mt 9,9-13; Mc 2,14-17; Lc 5,27-32. Nada mais nos dizem os Evangelhos sobre Mateus. Afirmam outras fontes que, após a Ascensão de Jesus, se dedicou ao apostolado entre os judeus; depois, terá pregado aos pagãos da Etiópia, onde deve ter morrido mártir. 2. A tradição atribui a Mateus a redação do primeiro Evangelho. Tenha-se em vista o mais antigo testemunho, que é o de Pápias, bispo na Frigia, datado de 130 aproximadamente:

"Mateus, por sua parte, pôs em ordem os logia (dizeres) na língua hebraica, e cada um depois os traduziu (ou interpretou) como pôde" (ver Eusébio, História da Igreja III 39,16).

Neste texto Pápias designa o primeiro Evangelho como dizeres, "logia", visto que realmente nesse livro chamam a atenção os discursos de Jesus, dispostos de maneira ordenada ou sistemática. Este Evangelho, escrito em língua hebraica ou, melhor, aramaica (já que o hebraico cairá em desuso no séc. VI a. C.), foi logo por diversos pregadores traduzido para o grego, já que o hebraico só era usual na terra de Israel. Vê-se, pois, que Mateus escreveu no próprio país de Jesus, tendo em vista leitores cristãos convertidos do judaísmo.

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E se tivéssemos mais sentidos?

Na linda natureza de Deus Vamos mais adiante.

“Creio apenas o que posso perceber com meus cinco sentidos!”

Todavia, não poderíamos ter dez sentidos em vez dos cinco que temos agora? Por que não? Deus bem nos poderia ter criado assim. E então, quanta coisa seria possível ver! Que maravilhosa magnificência deste nosso mundo! Ora, há animais que possuem, além dos nossos cinco sentidos, ainda outros, o que verificamos diariamente em casos de fazer pasmar. Um morcego foi privado da vista e solto numa sala, atravessada, a torto e a direito, por fios, munidos de campainhas. O morcego cegado voou durante horas, para cá e para lá, para cima e para baixo, sem que tocasse em um único fio. Um morcego sem vista! Com que percebeu por onde devia voar? Por meio dum sentido de que não temos idéia. Sim, isto nos faz embasbacar!

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Se tivéssemos sentidos mais apurados!

Na linda natureza de DeusNão creio senão no que posso perceber pelos sentidos!” dizem alguns. Nossos cinco sentidos! Como nos orgulhamos deles! No entanto, como são fracos e limitados os sentidos do homem! Estava eu certa vez, a meio dia, num campo. Bem alto lá acima, uma águia descrevia seus círculos ... Repentinamente encolheu as asas, e como um raio se lançou à terra, perto de mim. Um segundo depois, já se alçava de novo às alturas — em seu bico levava a presa: um rato. Toda a cena se_ desenrolou ante meus olhos. O rato mantinha-se escondido perto de mim; a pesar da proximidade, não o percebi. A águia, porém, de altura vertiginosa o enxergou. E eu não quero crer senão naquilo que vejo? As formigas vêem os raios ultravioletas, imperceptíveis à vista humana...

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Introdução Geral aos Evangelhos

Lição 1: Generalidades

1. A palavra "Evangelho" vem do grego "evangélion", o que significa "Boa Notícia". Entre os cristãos, este vocábulo passou a designar a mensagem de Jesus Cristo, "aquilo que Jesus fez e disse" (At 1,1). Dai fez-se a expressão "Evangelho de Cristo", que significa o Evangelho pregado por Jesus Cristo e a mensagem que Ele nos trouxe da parte do Pai. O Evangelho, segundo a linguagem do Novo Testamento, é mais do que uma doutrina; é força renovadora do mundo e do homem; produz uma nova criação, como se deduz das palavras de Jesus:

"Ide e anunciai a João o que ouvistes e vistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados" (Mt 11,4­6)

O membro final da frase "os pobres são evangelizados" resume os antecedentes: o Evangelho, levado a todos os carentes, implica a instauração de nova ordem de coisas; o homem ferido pelo pecado é redimido deste e das conseqüências deste, das quais a mais grave é a morte (ver penúltimo membro da frase citada).

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Quanto coisa cremos?

Na linda natureza de Deus Até nas chamadas ciências exatas, na matemática, geometria e física, há muitos assuntos, coisas básicas, que não podem ser provados, cuja exatidão deve ser simplesmente admitida, isto é, devem ser cridos! “Não sabia disso”, me reparam “que até na matemática e física se deve crer”. No entanto assim é! Vejamos primeiro a matemática:
“Aqui, certamente, não entra nenhuma fé! Com lógica férrea, com clara consequência e dedução, tudo é “demonstrado” e não “acreditado”. Tudo se correlaciona, como um elo de cadeia com outro! Uma coisa prende outra!”

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Interpretação do Texto

Lição 1: Livro humano e divino

Nas lições sobre a inspiração bíblica dizia-se que a Sagrada Escritura é, toda ela, Palavra de Deus feita palavra do homem. Disto se segue uma verdade muito importante: para entender a Escritura, duas etapas são necessárias: o reconhecimento da sua face humana, para que, depois, possa haver a percepção da sua mensagem divina. É impossível penetrarmos no conteúdo salvífico da Palavra bíblica se não nos aplicamos primeiramente à análise da roupagem humana de que ela se reveste. Isto quer dizer: não se pode abordar a Sagrada Escritura somente em nome da "mística", procurando ai proposições religiosas pré-concebidas; é preciso um pouco de preparo ou de iniciação humana para perceber o sentido religioso da Bíblia. Doutro lado, não se podem utilizar apenas os critérios científicos (lingüísticos, arqueológicos...) para entender a Bíblia; é necessário, depois do exame científico do texto, que o leitor procure o significado teológico do mesmo. Interpretação quer dizer "explicação, comentário" (Aurélio). Em grego a arte de interpretar é dita "HERMENÊUTICA".

Examinemos mais detidamente cada qual das duas etapas acima assinaladas.

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