Meditação para o Dia 06 de Setembro
É tão pequeno o sacrifício e tão grande a recompensa! Uma felicidade eterna deveria custar – se isso fosse possível – um trabalho eterno. Entretanto, Nosso Senhor só nos pede um pouco de sacrifício, e este mesmo aligeirado no seu peso pelo amor! Ó misericórdia infinita! Era considerando essas verdades que o Apóstolo das gentes, apaixonado pela cruz, não achava bastante todo sofrimento pela glória eterna.
“Ao ver as recompensas eternas em tamanha desproporção com os ligeiros sacrifícios desta vida – escreve Santa Terezinha – quisera amar a Jesus, amá-Lo apaixonadamente, e dar-Lhe mil provas de minha ternura, enquanto me era dado fazê-lo” (1)
Todo sacrifício é pouco na conquista do Céu! E, se nesta vida, já é tão doce amar sofrendo, que não será então, na glória, amar o Amor? A vida passa e a eternidade se aproxima. Logo veremos a Deus e viveremos a verdadeira vida.Depois das amarguras deste mundo, mitigaremos a nossa sede ardente de felicidade na fonte eterna da doçura.
“Sim, minha irmã – escrevia Santa Teresinha a Celina (2) – a imagem deste mundo passa e não tardará que vejamos novos céus, um sol mais brilhante e esplendoroso, mares eternos e horizontes infinitos. Não seremos mais prisioneiros numa terra de exílio. Tudo se acabará!”
Ó meu Deus! Tão grande, a eterna recompensa, não será ainda bastante para tão pequeno sacrifício?! Oh! Sejamos um pouco mais generosos e não nos queixemos tanto na dor!
Referências:
(1) História de uma alma – c. V
(2) 5 me. lettre à sa soeur Céline
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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 269)