Meditação para o Dia 18 de Dezembro
Um religioso da Ordem de São Domingos, ao exorcizar um possesso, perguntou ao demônio em que lugar queria ele habitar. O demônio respondeu pela boca do possesso:
“Quisera estar no Céu, para gozar a visão de Deus. Eu só vi um instante a Sua Face Adorável e, para obter segunda vez esse favor e gozar ainda, um instante só, a mesma felicidade, aceitaria tudo, tudo o que sofreram todos os demônios reunidos, desde o começo e até o último dia do Juízo”
Pediu o religioso ao demônio que fizesse uma descrição da Beleza Divina.
“O pedido que me fazes – responde o espírito infernal – é insensato, porque a Beleza de Deus não se pode descrever nem representar. Ainda que se reunissem todas as belezas criadas, tudo o que há de encanto e perfeição na terra e no Céu, todos os encantos das flores, o brilho dos astros e das pedrarias, as magnificências do sol e das estrelas, tudo seria nada comparado à Beleza Divina, ou, melhor, seria noite escura em presença de um sol brilhante” (1)
Oh! Essa Beleza Eterna nos é destinada. E a veremos! “Videbimus!” Que maravilha e que benefício! Que prodígio de Amor! Oh! Bondade de meu Deus! Imensa e Divina Ternura! Tinha razão o Santo Profeta Davi para cantar extasiado:
“Oh! Senhor, quão grande é a multidão das Vossas Misericórdias, da Vossa Doçura, que reservais aos que Vos temem!” – Quam magna multitudo dulcedinis Tuae, Domine, quam abascondisti timentibus Te!
Paciência, alma sofredora! Vale a pena sofrer um pouco. “Videbimus!” – Veremos a felicidade!
Referências:
(1) Herota “in Promptuario”
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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 377)