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Tag: esperança

A Esperança de Maria

Da fé nasce a esperança. Pois Deus nos ilumina com a fé, fazendo-nos conhecer sua bondade e suas promessas, para que nos elevemos pela esperança ao desejo de possuí-lo. Possuindo Maria a virtude da fé por excelência, teve também, por excelência, a virtude da esperança. Bem podia dizer com Davi: Para mim a felicidade é apegar-me a Deus, pôr no Senhor Deus a minha esperança (Sl 22,28). Maria foi a fiel esposa do Espírito Santo, aplaudida nos Cânticos: Quem é esta que sobe do deserto inundando delícias, e firmada sobre o seu amado? (8,5). Sobre o texto diz o Cardeal Algrino:
“Maria foi sempre e totalmente desapegada dos afetos do mundo, que lhe passava por um deserto. Não confiava nem nas criaturas, nem nos próprios merecimentos, mas só contava com a graça divina, na qual estava toda a sua confiança. E assim se adiantou cada vez mais no amor de seu Deus”

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Esperança nossa, Salve!

I. Maria é a esperança de todos os homens

Maria é realmente nossa esperança

Não suportam os hereges modernos que nós saudemos e chamemos a Maria nossa esperança. Dizem que só Deus é nossa esperança, e que ele amaldiçoa quem põe sua confiança na criatura. “Maldito o homem que confia no homem” (Jr 17,5). Maria é criatura, objetam eles; como, pois, uma criatura há de ser a nossa esperança? Isto dizem os hereges. Entretanto quer a Santa Igreja que cada dia todos os eclesiásticos e todos os religiosos em voz alta, e em nome de todos os fiéis, invoquem e chamem a Maria com este nome de esperança nossa. De dois modos, diz o Angélico Santo Tomás, podemos pôr nossa esperança numa pessoa, como causa principal ou como causa mediante. Quem deseja obter do rei uma graça, espera alcançá-la do rei como soberano senhor, e espera obtê-la do seu ministro ou valido, como intercessor. No último caso a graça concedida veio do rei, mas por intermédio do seu valido. - Portanto, quem pretende a graça com razão chama aquele seu intercessor a sua esperança. Por ser de infinita bondade, sumamente deseja o Rei do céu enriquecer-nos com as suas graças. Mas porque para tanto é necessária da nossa parte a confiança, deu- nos o Senhor, para aumentá-la, sua própria Mãe por advogada e intercessora, e concedeu-lhe plenos poderes a fim de nos valer. Por esta razão quer também que nela coloquemos a esperança de nossa salvação e de todo o nosso bem. Sem dúvida são amaldiçoados pelo Senhor, como diz Jeremias, aqueles que põem sua confiança na criatura unicamente. Tal é o procedimento dos pecadores que, em troca da amizade e dos préstimos de um homem, não se incomodam de ofender a Deus. São abençoados pelo Senhor e lhe são agradáveis, porém, os que esperam em Maria, tão poderosa como Mãe de Deus, para impetrar-lhe as graças e a vida eterna. Pois assim quer Deus ver honrada aquela excelsa criatura, que neste mundo o amou e honrou mais do que todos os anjos e homens juntos. É, portanto, com muita razão que chamamos à Virgem esperança nossa, porque, como diz S. Roberto Belarmino, cardeal, esperamos por sua intercessão obter o que não alcançaríamos só com nossas orações. Invocamo-la, observa Suárez, para que a dignidade da intercessora supra a nossa falta de méritos. De modo que, continua ele, invocar a Virgem com tal esperança não é desconfiar da misericórdia de Deus, senão temer pela própria indignidade. Motivo tem, pois, a Igreja em aplicar a Maria as palavras do Eclesiástico (24,24), com as quais vos chama a Mãe da santa esperança, Mãe que faz nascer em nós, não a esperança vã dos bens transitórios desta vida, mas a santa esperança dos bens imensos e eternos da vida bem-aventurada. Salve, esperança de minha alma, saudava-a Santo Efrém, salve, ó segura salvação dos cristãos, auxílio dos pecadores, defesa dos fiéis, salvação do mundo. Aqui pondera São Boaventura que, depois de Deus, outra esperança não temos senão Maria e por isso a invoca “como única esperança nossa depois de Deus”. Também é esta a convicção de Santo Efrém. Reflete o Santo sobre a presente ordem da Providência, com que Deus tem determinado (como diz São Bernardo e adiante nós demonstraremos largamente) que todos, que se hão de salvar, hajam de o conseguir por meio de Maria. E diz-lhe então: Senhora, não deixeis de guardar- nos e de proteger-nos sob vosso manto, j á que depois de Deus não temos outra esperança senão a vós. O mesmo diz São Tomás de Vlanova, para quem Maria é nosso único refúgio, socorro e asilo. S. Bernardo parece nos dar o motivo de tudo isso, quando diz:
“Considerai, ó homem, o desígnio de Deus, desígnio cuja finalidade é dispensar-nos mais profundamente sua misericórdia. Querendo ele remir o gênero humano, depositou o preço inteiro da redenção nas mãos de Maria para que o reparta à sua vontade”.
Ordenou o Senhor a Moisés que fizesse de ouro puríssimo o propiciatório, dizendo que daí lhe queria falar: Farás outrossim um propiciatório de finíssimo ouro... daí é que eu te darei minhas ordens e te falarei (Êx 25,17 e 22). Na opinião de Pacciucchelli, Maria é este propiciatório de onde o Senhor fala aos homens e concede-nos o perdão, a graça e todos os seus demais dons. Por isso foi que o Verbo Divino, antes de encarnar-se no seio de Maria, mandou o arcanjo pedir-lhe o consentimento; pois Deus queria que a ela ficasse o mundo devendo o mistério da Encarnação. Assim discorre Santo Ireneu. Por este motivo diz o Abade de Celes: Todos os bens, todas as graças, os auxílios todos que jamais receberam ou até ao fim do mundo receberão os homens, lhes têm vindo e hão de vir por intermédio de Maria. É, portanto, mui justa a exclamação do piedoso Blósio: Ó Maria, sois tão amável e agradecida para com os que vos amam; quem será tão louco ou infeliz que não vos ame? Nas dúvidas e confusões ilustrais o entendimento daqueles que a vós recorrem nas suas aflições. Consolais nos perigos aqueles que em vós confiam. Acudis a quem por vós chama; vós, depois do vosso divino Filho, sois a segura salvação de vossos fiéis servos. Salve, pois, ó esperança dos desesperados, ó refúgio dos abandonados. Sois onipotente, ó Maria, visto que vosso Filho quer vos honrar, fazendo sem demora tudo quanto vós quereis.

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As condições da oração

Capítulo III

I - Por quem e o que devemos pedir

1. As condições da oração

Jesus Cristo fez-nos a seguinte promessa:

“Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa a meu Pai, em meu nome, Ele vo-la dará” (Jo 16, 23)

Muitos, diz São Tiago, pedem e não recebem, porque pedem mal:

“Pedis e não recebeis porque pedis mal” (Tg 4, 3)

São Basílio, explicando as palavras do Apóstolo, diz:

“Pedes e não recebes, porque tua oração foi mal feita ou sem fé, sem devoção ou desejo: ou porque pediste coisa que não se referia à tua salvação eterna, ou pediste sem perseverança”

Por isso Santo Tomás reduziu a quatro as condições requeridas na oração, para que obtenham o seu fruto: isto é, que o homem peça para si, coisas necessárias à salvação, com devoção e com perseverança.

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Colóquio espiritual, com que Jesus Cristo conforta a alma pecadora, que deseja emendar-se

Capítulo 5. Colóquio espiritual, com que Jesus Cristo conforta a alma pecadora, que deseja emendar-se - Bálsamo Espiritual Amo os que me amam, minhas delícias consistem em estar com os homens. Amei tanto o mundo que por ele dei minha vida, para que os que cressem em mim não se condenassem e alcançassem a vida eterna. Minha filha, por ti trabalhei, padeci fome, sede, fui ultrajado e perseguido, por teus pecados fui chagado, oprimido, angustiado, sofri a morte, para tua justificação ressuscitei, o amor com que te adotei como filha, me decidi a padecer assim: faze, pois penitência de tuas culpas volta-te para mim, lava-te no sangue das minhas chagas; adorna-te com os merecimentos da minha vida: tudo te dou com boa vontade, e por ti os ofereço; como Pai amante, com os braços abertos saio ao teu encontro a receber-te nas minhas entranhas; para que, me ames como te amo, vem a mim para eu te santificar, só quero teu coração.

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Não se há de temer demasiadamente a morte

Capítulo 3. Não se há de temer demasiadamente a morte - Bálsamo Espiritual Levando seus pais o Menino Jesus ao Templo, Simeão esclarecido pelo Espírito Santo, de que não havia de morrer antes de ver Jesus Cristo, com inefável gozo o recebeu nos braços e disse: Agora deixa teu servo partir em paz, como se a necessidade e não à vontade o detivera no mundo; quebram-se nossas cadeias e a alma se liberta quando deixa a companhia do seu corpo, e isenta-se das terrenas tribulações. Para os justos a morte é porto de descanso, ficando livres da carga e embaraço do corpo, que os inclinava para os vícios, sua alma voa para as alturas habitar com o imortal e sumo Bem! Eis o destino dos que buscam praticar virtudes, obedecer a Deus. Não nos assuste, pois com demasia o fim destinado a todos os homens, anelemos sem temor pela presença do nosso Redentor, companhia dos Santos, e congregação dos Justos: aí veremos os mestres da nossa fé; embora não tenhamos feito muitas obras boas, havemos de reunir-nos a Abraão, Isaac, Jacó; lá também jubila o bom ladrão, companheiro dos cortesões da celeste Corte complexo de gozos, onde não há neves, trovões, relâmpagos, tempestades, trevas nem inferno. Não há frio, chuva, o sol atual, estrelas, pois só o resplendor de Deus lá fulgura; quando estivermos para morrer, recorramos com amorosa devoção a Jesus, Senhor nosso, abracemos Seus divinos pés, e O adoremos com as santas mulheres a quem apareceu no dia da Sua ressurreição, para que também nos diga:

Alegrai-vos desvanecei o temor dos pecados, pois Sou o perdão deles, não vos assustem as trevas, pois Sou a luz, nem a morte porque Sou a vida, e quem recorre a Mim não sofrerá a morte eterna.

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Consolação para o homem que no fim da vida sinceramente se emenda

Capítulo 2. Consolação para o homem que no fim da vida sinceramente-se emenda - Bálsamo Espiritual Tu que na velhice ou no fim da vida começastes a seguir o caminho da virtude, deixando as torpezas dos vícios e culpas, e que já é homem de vontade reta, para que te assustas e te domina a tristeza, como se não tivesses esperança de salvação? Recorda-te de teu misericordioso e dulcíssimo Redentor, que veio ao mundo salvar pecadores; por eles encarnou, trabalhou, padeceu terrível Paixão, derramou Seu sangue, morreu!

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Compaixão

Compaixão, Tesouros de Cornélio à Lápide

É preciso ter compaixão

Sede um ‘Deus’ para o desvalido, diz São Gregório Nazianzeno: Esto calamitoso Deus (De curapaup.). Não deixei, dia e noite, de advertir a cada um de vós com lágrimas nos olhos, diz São Paulo: Nocte et die non cessavi com lacrymis monens unumquemque vestrum (At 20, 31). E agora, encomendo-vos a Deus e à palavra de sua graça: Àquele que é poderoso para terminar o edifício da vossa salvação e fazer-vos participar de sua herança com todos os santos (At 20, 32). Quem está enfermo que eu não esteja enfermo com ele?, pergunta aquele grande Apóstolo aos Coríntios: Quis infirmatur, et ego non infirmor? (2 Cor 2, 29). Se um membro padece, todos os membros se compadecem: Si quid patitur unum membrum, compatiuntur omnia membra (1 Cor 12, 26). Sede todos, diz São Pedro, de um mesmo coração, compassivos, amorosos para com todos os irmãos, misericordiosos, modestos, humildes, não pagando mal com mal, nem maldição com maldição, antes, pelo contrário, bens ou bênçãos, porque a isto sois chamados, a fim de que possuais a herança da benção celestial (1 Pd 3, 8-9).

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A Trindade, encanto da Esperança e do Amor

Meditação para a Segunda-feira da Trindade. A Trindade, encanto da Esperança e do Amor

Meditação para a Segunda-feira da Trindade

SUMARIO

Consideraremos o Mistério da Santíssima Trindade: 1.° Como o encanto da esperança; 2.° Como o encanto do amor. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De repetirmos muitas vezes durante o dia esta aspiração: A Deus, um só em três Pessoas confiança e amor, e de acompanharmos todas as nossas orações deste dúplice sentimento, que tão bem merecem o Pai, o Filho e o Espírito Santo; 2.° De servirmos a Deus e de fazermos todas as nossas ações, não por espírito de temor, que é próprio dos escravos, mas por espírito de confiança e de amor, que convêm aos filhos. O nosso ramalhete espiritual será a palavra do Apóstolo:

"Deus não nos deu um espírito de pusilanimidade, mas de amor" - Non debit nobis Deus spiritum timoris, sed... dilectionis (2Tm 1, 7)

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A Ascensão

Meditação para a Quinta-feira. A Ascensão

Meditação para a Quinta-feira

SUMARIO

Na solenidade de hoje, tomaremos para os dois pontos da nossa meditação dois artigos do Símbolo: 1.º Jesus Cristo subiu ao céu; 2.° Está sentado na mão direita de Deus Pai Todo-Poderoso; E veremos, que em um e outro mistério Jesus Cristo é, como sempre, todo amor por nós. — Tomaremos depois a resolução: 1.° De elevarmos os nossos pensamentos e afetos ao céu, onde está Jesus Cristo, nosso advogado, nosso pontífice, nosso chefe; de não termos apego à terra e de só vivermos para o céu; 2.° De pormos toda a confiança no nosso medianeiro, que está nos céus. O nosso ramalhete espiritual será a palavra da Igreja:

"Os corações para o alto!" - Sursum corda!

E estas outras palavras do Apóstolo:

"Desejo ser desatado da carne e estar com Jesus Cristo" - Disiderium habens dissolvi, et esse cum Christo (Fl 1, 23)

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Maria Santíssima nossa Esperança

Compre o livro Um Mês com Nossa Senhora na Editora Rumo à Santidade!
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Meditação para o dia 25 de Maio. Maria Santíssima nossa Esperança

Meditação para o dia 25 de Maio

Motivo tem a Igreja em aplicar a Maria as palavras do Eclesiástico (24, 24), com as quais lhe chama a Mãe da santa esperança, Mãe que faz nascer em nós, não a esperança vã dos bens transitórios desta vida, mas a santa esperança dos bens imensos e eternos da vida bem-aventurada. Salve, esperança de minha alma, saudava-a Santo Efrém, salve, ó segura salvação dos cristãos, auxílio dos pecadores, defesa dos fiéis, salvação do mundo. Aqui pondera São Boaventura que, depois de Deus, outra esperança não temos senão Maria e por isso a invoca “como única esperança nossa depois de Deus”. Também é esta a convicção de Santo Efrém. Reflete o Santo sobre a presente ordem da Providência, com que Deus tem determinado (como diz São Bernardo e adiante nós demonstraremos largamente) que todos, que se hão de salvar, hajam de consegui-lo por meio de Maria. E diz-lhe então:

"Senhora não deixe de guardar-nos e de proteger-nos sob vosso manto, já que depois de Deus não temos outra esperança senão a vós"

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