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Tag: esperança

Da perseverança

São Dionísio Cartusiano
São Dionísio Cartusiano

Confira as importantes advertências de Santo Afonso para bem aproveitar esta obra!

CONSIDERAÇÃO XXXI

Qui perseveraverit usque in finem, hic salvus erit - "Aquele que perseverar até ao fim, este será salvo" (Mt 24, 13)

PONTO I

Disse São Jerônimo que muitos começam bem, mas poucos são os que perseveram. Um Saul, um Judas, um Tertuliano, começaram bem, mas acabaram mal, porque não perseveraram como deviam.
“Nos cristãos não se procura o princípio, mas o fim”
O Senhor — prossegue o mesmo Santo — não exige somente o começo da boa vida, quer também seu bom termo; o fim é que alcançará a recompensa. É por isso que São Lourenço Justiniano chama a perseverança de porta do céu. Quem não der com essa porta, não poderá entrar na glória. Tu, meu irmão, que abandonaste o pecado e esperas, com razão, que tenham sido perdoadas as tuas culpas, gozas da amizade de Deus; todavia ainda não estás salvo, nem o estarás enquanto não tiveres perseverado até ao fim (Mt 10,22). Começaste bem e santamente a vida. Agradece mil vezes a Deus; mas adverte que, segundo disse São Bernardo, não é ao que começa que se oferece o prêmio, mas sim, unicamente, ao que persevera. Não basta correr no estádio; mas impende prosseguir até alcançar a coroa, conforme a expressão do apóstolo (1Cor 9,24).

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Comemoração dos Fiéis Defuntos

Por Dom Henrique Soares da Costa Hoje, a Igreja recolhe-se em oração pelos seus filhos que já partiram desta vida. Para os cristãos, não se trata de um simples dia de saudade, mas de oração pelos fieis de Cristo que já partiram para a Casa do Pai na firme esperança da ressurreição. Vêm à nossa mente e ao nosso coração tantas perguntas: Que é a morte? Que é a vida que termina com a morte? O que há após a morte? São interrogações que devemos responder à luz da fé, à luz do Cristo, nosso Deus e nossa Vida! Num mundo que já não crê e não tem quase nada a dizer sobre a vida e sobre a morte, a Palavra de Deus nos ilumina:
“Irmãos, não queremos que ignoreis o que se refere aos mortos, para não ficardes tristes como os outros, que não têm esperança” (1Ts 4,13).
O cristão não pode encarar a morte como os pagãos; nós temos uma esperança, e ela se chama Jesus Cristo, Aquele que disse “Eu sou a Ressurreição, Eu sou a Vida” (Jo 11,25)!

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Nossa vida: um tempo feito de tempos…

Por Dom Henrique Soares da Costa Assim diz o Eclesiastes (cf. 3,1-11):
“Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para tudo o que acontece debaixo do céu. Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher a planta. Tempo de matar e tempo de salvar; tempo de destruir e tempo de construir. Tempo de chorar e tempo de rir; tempo de lamentar e tempo de dançar. Tempo de atirar pedras e tempo de as amontoar; tempo de abraçar e tempo de separar. Tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de esbanjar. Tempo de rasgar e tempo de costurar; tempo de calar e tempo de falar. Tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz. Que proveito tira o trabalhador de seu esforço? Observei a tarefa que Deus impôs aos homens, para que nela se ocupassem. As coisas que Ele fez são todas boas no tempo oportuno. Além disso, Ele dispôs que fossem permanentes; no entanto o homem jamais chega a conhecer o princípio e o fim da ação que Deus realiza”.

Que significam estas palavras?

O Autor sagrado, de coração apertado, procurando o sentido das coisas e da própria vida... Ele observa que nossa existência é feita de tempos: nascimento e morte, sorriso e pranto, paz e conflito, chegada e partida, princípio e fim... Tudo tão passageiro, tão vaidade...

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Salve, ó cruz, única esperança!

Santa Cruz Por Dom Henrique Soares da Costa É uma festa antiga, a Exaltação da Santa Cruz. Em 335, no dia 13 de setembro, foram dedicadas duas grandes basílicas, construídas pelo Imperador dos romanos, Constantino Magno: uma no Gólgota e outra, no Santo Sepulcro. No dia seguinte, hoje, foram expostos ao povo, com imensa piedade, os restos da cruz do Senhor. Daí a esta hodierna, em honra da Cruz do Senhor. O mistério da cruz! Glória, suplício e tentação de escândalo para os cristãos; loucura inaceitável, insanidade deplorável para o mundo! Na Sexta-feira Santa, durante a solene celebração da Paixão do Senhor, há um rito impressionante, comovente: o diácono, igreja adentro, traz uma cruz velada... e três vezes, descobrindo-a pouco a pouco, proclama, cantando:

“Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo!”

Frase estupenda, escandalosa, impressionante: no absurdo da cruz, na derrota da cruz, a Igreja proclama, que brotou a Vida do mundo! Como pode ser? Naquela celebração, o povo, de joelhos, responde ao diácono:

“Vinde, adoremos!”

É belo, este rito; é comovente! Mas, como é difícil, como é dolorosa, na nossa vida e na vida do mundo, a realidade que ele exprime – o mistério da cruz, de uma humanidade crucificada, de um mundo crucificado!

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Será que Te escondes para não ver?!

Por Dom Henrique Soares da Costa A Sagrada Escritura é uma fonte inexaurível de vida, um fortíssimo facho de luz na escuridão desta nossa existência! Tome como exemplo do Salmo 10. Aí, o autor sagrado aparece escandalizado, como nós, tantas vezes:
“Senhor, por que estás tão longe e Te escondes no tempo da angústia?”
Por que, Senhor, és um Deus fugidio? Por que parece que não ligas para nossas angústias, para o sofrimento dos Teus, para o grito dos oprimidos desta vida? Tu não és amor? Não és providência? Não és piedade e compaixão? Por que, então fazes assim? Por que parece até que não existes, que fugiste deste nosso tempo de dores, impiedades e descrença?

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Maria Santíssima é a esperança de todos

Maria, nossa doce esperança

In me omnis spes vitae et virtutis - “Em mim há toda a esperança da vida e da virtude” (eclo 24, 25)

Sumário. O Rei do céu deseja sumamente enriquecer-nos das suas graças; mas como da nossa parte é necessária a confiança, afim de aumentá-la em nós, nos deu por Mãe e Advogada a sua própria Mãe, a quem deu todo o poder para nos ajudar. Por isso quer o Senhor que nela ponhamos a esperança de nossa salvação e de todo o nosso bem. Qual não deve, pois, ser nossa gratidão para com a bondade divina! Qual a confiança que devemos ter em Maria!

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Cristo, razão e esperança da Igreja

Por Dom Henrique Soares da Costa Diante de algumas situações da Igreja atual, estava eu pensando nos cristãos das origens, nos católicos dos primeiros séculos, nossos antepassados: de fora, perseguições do Império Romano; de dentro, as divisões e as decepções com irmãos que, perseguidos, renegavam a fé... Isto mesmo: a Igreja sempre viverá em meio a tribulações, a fracassos, a perseguições e escândalos. Nunca terá na terra o que terá somente no Céu: a paz da fidelidade perene de seus filhos e do gozo eterno da Glória... Pensei, então: Os verdadeiros católicos não são católicos por causa da Igreja, mas por causa do Cristo fidelíssimo, que nos amou até a cruz e nos deu a Sua Igreja como Mãe e canal de Sua graça. Certamente que os escândalos, o relativismo, o mundanismo, a crise de fé de tantos ministros ordenados e religiosos, o mau exemplo de quem deveria ser presença viva de Cristo – tudo isto nos entristece; no entanto, se compreendermos bem o que é a Igreja, se tivermos os olhos e o coração fixos no Cristo, então todas essas realidades negativas em nada tirarão a nossa paz...

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Meditação para o Domingo 07/08/16

Pequeno Rebanho

Reflexão do Evangelho de São Lucas 12, 32-48

Por Dom Henrique Soares da Costa

Quando o Evangelho não nos é exigente? Quando a Palavra de Deus não nos questiona? A Escritura diz que:
“a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais penetrante do qualquer espada de dois gumes; penetra até dividir alma e espírito, junturas e medulas. Ele julga as disposições e intenções do coração” (Hb 4,12)
A cada Domingo, fazemos experiência dessa exigência viva e eficaz da Palavra do Senhor em nossa vida. É o caso também deste hoje. Comecemos com a advertência consoladora e carinhosa do Senhor Jesus:
"Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do vosso Pai dar-vos o Reino”.
Tão atual e necessária esta palavra!

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