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Tag: história eclesiástica

História da Igreja 3ª Época: Capítulo VII

Nono Concílio Ecumênico

O nono Concílio Ecumênico foi celebrado também em Roma, na Igreja de São João de Latrão; por isso chamou-se Lateranense. Convocou-o Calixto II no ano 1123 e intervieram nele mais de 300 bispos e mais de 600 abades, sob a presidência do mesmo pontífice. O fim principal deste concílio era restabelecer a paz e concórdia entre o sacerdócio e o império, perturbada pelas chamadas investiduras. Os imperadores da Alemanha pretendiam imiscuir-se nos assuntos religiosos, especialmente na eleição dos bispos e abades, e na adjudicação da dignidade episcopal ou abacial, o que se chamava investir. Acontecia frequentemente que, pela usurpação destes direitos, elegiam-se pessoas indignas e às vezes indigníssimas por sua ignorância e péssima conduta, com grande escândalo dos fieis. Os Papas tinham levantado várias vezes a voz contra estes abusos, porém em vão, pois os mesmos imperadores tomaram as armas e passaram a cometer violências contra eles. O Papa Calixto, cheio de zelo e valor, querendo a todo custo remediar tamanho mal, depois de ter trazido Henrique V a melhores sentimentos, reuniu o dito concílio.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo V

São Leão IX

São Leão, chamado antes Bruno, nasceu no ano 1002, de real família alsaciana. Fez tais progressos nas ciências, que na idade de vinte e quatro anos foi consagrado bispo de Toul. Para não perder um só momento de tempo, distribuía-o entre a oração, a leitura de bons livros, o estudo, a visita aos hospitais e a instru­ção aos pobres, método que seguiu toda sua vida. Tendo falecido o Papa Damaso II, foi eleito para substituí-lo sob o nome de Leão IX. Teve muito que trabalhar para combater a heresia de Berengário que negava a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia. São Leão, depois de tê-la condenado, foi em pessoa a Verceli para assistir a um concílio que esta cidade convocara. Condenou-se nele o herege e seus escritos, condenou-se também e foi lançado ao fogo um livro de João Scoto Erígenes, isto é, Holandês por estar cheio de erros contrários à fé. Depois de ter apaziguado estas turbulências, recebeu Leão uma carta do Patriarca de Constantinopla, chamado Miguel Cerulário, que acusava a Igreja romana porque celebrava a missa com pão ázimo, isto é, sem fermento: jejuava aos sábados, deixava o Alleluia desde a Septuagésima até a Páscoa.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo IV

Século Décimo

O décimo século da Igreja foi assinalado por muitos deploráveis acontecimentos, devidos à prepotência exercida em Roma pelo conde Adalberto e por suas filhas Marósia e Teodora. Estas duas ambiciosas mulheres intro­duziram no Pontificado, por meio da força, os de seu partido, sem Consideração alguma a sua vir­tude e doutrina. Por isso, muitas vezes, fizeram-­se eleições nas quais, homens de pouca ciência e de não muito bons costumes eram preferidos a ou­tros que por doutrina e santidade eram os únicos que mereciam ser eleitos. Deve-se por outra par­te notar, que muitas coisas que se referem aos papas desta época, têm sido exageradas por histo­riadores posteriores e pouco inclinados à Igreja. Um cuidadoso estudo da história deste século pôs em claro que a calúnia e a maldade levaram vá­rios escritores a falar mal de alguns Papas, que autores imparciais acharam dignos dos maiores elogios. Igualmente deve-se fazer sobressair a especial assistência que prestou Deus a sua Igreja, posto que neste século, não houvesse heresia ou cisma, contra o qual fosse necessário convocar um concilio universal.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo III

Carlos Magno

Entre os reis escolhidos pela Providência para beneficiar de um modo especial a humanidade e a Religião deve-se certamente contar Carlos Magno, filho de Pepino, rei de França. Tendo os Longobardos devastado a Itália, despojaram de seu patrimônio aos pontífices, fazendo-lhes vis insultos. Pelos fins do século oitavo, governando a Igreja São Leão III, chegaram as coisas a tal ponto, que dois miseráveis tiveram o atrevimento de atirar-se sobre o Papa, e fazer-lhe graves feridas. Carlos Magno tendo-se feito protetor da Igreja, dirigiu-se para a Itália à frente de poderoso exército; passou o monte Cenis, derrotou, a poucas milhas de Susa, ao rei Desidério, que queria impedir-lhe o passo, restabeleceu a observância das leis por onde passava, e chegou finalmente a Roma. Carlos Magno ignorava por certo a recepção esplêndida que aquela cidade estava-lhe preparando. Adiantaram-se para recebê-lo o Papa, os príncipes, os barões romanos e franceses e uma multidão imensa de povo. Era dia de Natal, e o Papa, enquanto celebrava a Missa, disse em voz alta:
"A Carlos piíssimo, augusto, coroado por Deus, grande e pacífico imperador, vida e vitória!"
Todos os presentes repetiram por três vezes em voz alta as mesmas palavras. Fora de si Carlos Magno por aquelas inesperadas aclamações, não sabia o que dizer nem fazer. Então o Pontífice o consagrou Rei e pôs-lhe na cabeça a coroa imperial. Ano 800.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo II

Os Iconoclastas

Logo que a Igreja acabava de condenar uma heresia, o demônio suscitava outra em menoscabo da fé. Aos monotelitas sucederam os Iconoclastas, isto é, quebradores das sagradas imagens. Diziam estes, como ainda hoje dizem os protestantes, que de nenhum modo se devem venerar as sagradas imagens, e conforme isto, não só as desprezavam, como também as quebravam quando podiam fazê-lo. Esta heresia deu ocasião a muitos males, porque foi protegida pelos imperadores Leão Isáurico, Constantino Coprônimo e Leão IV. Estes, para propagá-la mais, tornaram a usar contra os cristãos inauditas crueldades. Mas Deus vingou o ultraje feito a seus santos, ferindo, com morte infelicíssima os autores desta perseguição.

Sétimo Concílio Ecumênico

Ao subir ao trono a piedosa imperatriz Irene, animada pelo desejo de restabelecer o culto católico, pediu ao Papa Adriano I que convocasse um concílio.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo I

Maomé e sua religião

Nasceu este famoso impostor em Meca, cidade da Arábia, de família pobre, de pai gentio e mãe judia. Errando em busca de fortuna, encontrou-se com uma viúva negociante em Damasco, que o nomeou seu procurador e mais tarde casou-se com ele. Como era epilético, soube aproveitar-se desta enfermidade para provar a religião que tinha inventado e afirmava que suas quedas eram outros tantos êxtases, durante os quais falava com o arcanjo Gabriel. A religião que pregava era uma mistura de paganismo, judaísmo e cristianismo. Ainda que admita um só Deus, não reconhece a Jesus Cristo como filho de Deus, mas como seu profeta. Como dissesse com jactância que era superior ao divino Salvador, instavam com ele para que fizesse milagres como Jesus fazia; porém ele respondia que não tinha sido suscitado por Deus para fazer milagres, mas para restabelecer a verdadeira religião mediante a força.

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História da Igreja 2ª Época: Capítulo VIII

São Gregório o Grande

São Gregório I, chamado o Grande por sua extraordinária santidade, eloquência e sabedoria, nasceu em Roma de pais nobres e ricos. Por seu admirável talento ocupou os principais cargos do Estado: conhecendo porém que as ocupações mundanas lhe roubavam os afetos do coração, renunciou a todas as suas dignidades, vendeu a todos os bens, distribuiu o total entre os pobres e outras obras de caridade abraçando a vida monástica. Era tão grande sua humildade, que foi necessário obrigá-lo, para se ordenar sacerdote. Tendo falecido em uma peste o Papa Pelágio II, os Romanos unânimes elegeram a Gregório para suceder-lhe. Espantado este ao ouvir tal noticia, fugiu e foi esconder-se em um bosque; mas uma coluna de fogo descobriu ao po­vo romano, e por último se viu obrigado a aceitar a dignidade pontifícia. Ano 590.

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História da Igreja 2ª Época: Capítulo VII

São Bento e o monte Cassino

A vida monástica iniciada por São Paulo primeiro eremita e alentada, propagada e vinculada a determinadas regras por Santo Antão na Tebáida, aplicada ao clero por São Eusébio de Vercelli e espalhada na África por Santo Agostinho, recebeu por obra de São Bento na Itália e em toda a Europa ocidental, um regulamento fixo e uma difusão assombrosa. Este astro luminoso da Igreja nasceu em Núrcia no ducado de Spoleto. Enviado a Roma para seguir seus estudos encheu-se de tal espanto vendo a corrupção de seus companheiros, que na idade de quinze anos decidiu-se a abandonar o mundo e a retirar­-se em uma profunda caverna a quarenta milhas da cidade. Deus, porém, que o destinava para maiores coisas, permitiu que o encontrassem muitos de seus companheiros e condiscípulos que atraídos por sua virtudes e milagres, iam em grande número visitá-lo. As famílias romanas se consideravam ditosas em confiar-lhe a educação de seus filhos, e lhe consagravam tanto afeto que já não queriam separar-se dele; por isso teve de edificar doze mosteiros para os receber. (Ano 528). O mais célebre entre estes é o do Monte Cassino, no reino de Nápoles, centro da ordem de São Bento. Quando se estabeleceu ali o Santo, ainda existia sobre o monte um templo dedicado a Apolo, deus adorado pelos habitantes daqueles arredores. São Bento quebrou o ídolo e o altar e converteu aquele povo à verdadeira fé. Ano 529.

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História da Igreja 2ª Época: Capítulo VI

São Máximo de Turim

São Máximo bispo de Turim, é muito conhecido na história pela santidade de sua vida, por seus escritos e sobretudo por seus sermões, que constituem ainda agora um dos ornamentos do breviário romano. Combateu. com ardor os erros de Nestório e de Eutiques, e era tido em tão alta estima, que no Concílio romano, celebrado sob o Papa Hilário, sucessor de São Leão, ocupava o primeiro assento depois do Pontífice. Trabalhou muito para não permitir que a heresia invadisse o Piemonte, e para desarraigar a superstição dos pagãos, que ainda existiam em Turim, e lugares vizinhos. Era tão caritativo para com os pobres que, se algum estrangeiro perguntasse pela casa do bispo, respondiam-lhe que podia entrar com confiança na casa que visse rodeada de mendigos, pois essa seria certamente a casa do bispo. Sustentava e promovia uma terníssima devoção para com a Mãe de Deus e falava dela com muito zelo em seus sermões, afirmava que esta fora achada digna de ser morada do Filho de Deus antes por sua graça original do que por suas virtudes. Conta-se este santo entre os mais doutos escritores da Igreja. Descansou no Senhor no ano 474 mais ou menos.

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