Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

Tag: história eclesiástica

História da Igreja 1ª Época: Capítulo XIII

São Vitor e Tertuliano

São Vitor I, Áfricano, sucedeu a São Eleutério no ano de 193. Em princípios de seu pontificado foi a Roma Tertuliano, homem de grande engenho, conhecido já pelos seus escritos cheios de profunda doutrina, benemérito da religião cristã por tê-la defendido vigorosamente contra os idólatras e os hereges, e por ter cientificamente exposto algumas de suas doutrinas. Porém quer porque São Vitor não lhe desse o bispado de Cartago, que segundo parece ele desejava, quer porque o mesmo romano pontífice condenasse, a heresia de Montano, para o qual ele já começava a inclinar-se, o certo é que saiu de Roma irritado, e voltando à sua pátria declarou-se abertamente contra a Igreja. Tremamos pela queda de Tertuliano, e nos persuadamos de que não é a ciência que faz os santos, porém sua humildade e submissão aos nossos legítimos superiores, especialmente ao vigário de Jesus Cristo. Achando-se Tertuliano despido destas duas virtudes, caiu em heresia e morreu, quanto é possível conjeturar, sem dar sinais de arrependimento.
Papa São Vitor I
Papa São Vitor I

Read more

História da Igreja 1ª Época: Capítulo IX

Santo Alexandre 1º em presença de Aureliano

A Santo Anacleto sucedeu o Papa São Evaristo, natural de Belém, que ocupou o trono pontifício cerca de nove anos, sendo martirizado no ano de 121. A este sucedeu Santo Alexandre que, ainda muito jovem, pregava com tal eficácia que chegou a converter o prefeito de Roma, chamado Hermetes, sua família e 1250 criados seus. Chegada a notícia aos ouvidos do imperador, este irritou-se muitíssimo com ele, e desde a cidade de Selêucia, onde se achava então, mandou a Roma o conde Aureliano para que condenasse à morte todos os cristãos que descobrisse. Os primeiros encarcerados foram o prefeito e o Pontífice. Fizeram-lhes minuciosíssimos, longos e violentos interrogatórios; experimentou-se o cárcere, a fome, a sede, o ferro e o fogo, porém em vão; antes a pregação e os milagres que em todas as partes fazia o santo Pontífice contribuíam para trazer novas almas à fé.
Papa Santo Alexandre I
Papa Santo Alexandre I

Read more

História da Igreja 1ª Época: Capítulo VII

São Cleto, Segunda Perseguição

Os cristãos gozavam de alguma tranquilidade no reinado de Tito e de Vespasiano, posto que ainda não tivessem sido revogados os sangrentos decretos de Nero pelos quais todo aquele que tinha alguma autoridade podia perseguir, a seu capricho, os fiéis de Jesus Cristo. Domiciano, a quem a história apelida de segundo Nero, ordenou que vigorassem novamente, e com maior rigor as leis de perseguição. No seu reinado São Cleto governou a Igreja doze anos. Este Pontífice nasceu em Roma, e ali o instruiu São Pedro na fé; trabalhou muito durante o pontificado deste e o de São Lino. Entre as obras que se lhe atribuem, acha-se a divisão da cidade de Roma em 25 quartéis ou seções; em cada uma das seções estabeleceu um sacerdote ou na sua falta um diácono, para que cuidasse das necessidades espirituais e temporais dos fiéis. Achava-se ocupado em propagar o Evangelho dentro e fora da cidade de Roma, quando Domiciano ordenou que se buscasse o chefe dos cristãos e que se lhe desse a morte. A impaciência do tirano em dar-lhe a morte poupo-lhe muitos e grandes suplícios; martirizaram-no no ano de 93. Autores dignos de fé dizem que São Cleto foi o primeiro que usou a fórmula: <<Saúde e benção apostólica>>, com que os Papas soem começar suas cartas.

Read more

História da Igreja 1ª Época: Capítulo VI

São Lino Papa

Devendo a Igreja de Jesus Cristo durar até a consumação dos séculos e receber em seu seio materno todos os que quisessem se abrigar nele, também devia ter em todos os tempos um chefe visível que visivelmente a governasse, por isso alguém devia substituir São Pedro no governo da Igreja Universal! O primeiro sucessor de São Pedro foi São Lino, de Volterra, cidade da Toscana. Enviado a Roma por seus pais para cultivar os estudos, teve a felicidade de ouvir São Pedro que nesse tempo tinha começado a pregar o Evangelho naquela cidade. Instruído na fé por mestre tão distinto, tornou-se muito depressa fervoroso cristão. A virtude, a ciência e o zelo do discípulo influíram para que São Pedro o consagrasse sacerdote e o escolhesse para companheiro nas suas apostólicas peregrinações.

Read more

História da Igreja 1ª Época: Capítulo V

Separação dos Apóstolos e seu Símbolo de Fé

Os Apóstolos começaram a pregar o Evangelho na Judéia, não separando-se muito uns dos outros; porém quando reconheceram que tinha chegado o tempo de levar a luz da verdade a todas as nações, determinaram, separar-se, repartindo-se o mundo, por assim dizer, escolhendo uma parte cada um para exercer o ministério apostólico. Antes porém de fazê-lo, reuniram-se e de comum acordo fizeram um compêndio da Religião Cristã, que chegou até nós sob o nome de Símbolo dos Apóstolos e se chama comumente o CREDO. Depois de feito isto, separaram-se para levar o Evangelho a todas as nações. São Pedro ficou cerca de três anos em Jerusalém, e obrigado pela perseguição, transladou-se para a Antioquia, que era então a capital do Oriente. Nesta cidade cresceu tanto o número dos fiéis, que para distingui-los dos outros começaram a chamá-los cristãos, que quer dizer sequazes de Jesus Cristo. Desde Antioquia São Pedro ia pregar nas cidades e povoações vizinhas e depois de sete anos, isto é, no ano 42 da era cristã, foi a Roma.

Read more

História da Igreja 1ª Época: Capítulo IV

São Paulo e sua conversão

Com a morte de Herodes cessou por algum tempo a perseguição de Jerusalém. Por este mesmo tempo realizou-se a conversão de São Paulo um dos mais cruéis perseguidores dos cristãos, conhecido até então pelo nome Saulo. Era ele natural de Tarso, capital da Cilícia; seus pais eram judeus da tribo de Benjamin. Dotado de engenho preclaro e de um caráter ardente e empreendedor, foi enviado a Jerusalém para seguir seus estudos sob a direção de um célebre doutor da lei chamado Gamaliel. Este era Fariseu, isto é, pertencia àquela seita de judeus que se dedicavam especialmente à observância e ao estudo profundo da lei, enquanto que sua piedade não era mais do que uma simples exterioridade. São Paulo teve parte na morte de Santo Estevão, pois que ele guardava as roupas dos que o apedrejavam; por isto, como observa Santo Agostinho, era de certo modo tão culpável quanto os que apedrejaram. Mas Santo Estevão morrendo rogara por ele, e Deus, que é dono dos corações, e querendo pode transformar um Tigre feroz num mansíssimo cordeiro, ouviu a oração do primeiro mártir e obrou aquele grande milagre da conversão de Saulo.

Read more