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Tag: história da igreja

História da Igreja 4ª Época: Capítulo I

Quarto Concílio de Latrão

Inaugurou-se o século treze com o duodécimo concílio ecumênico, que é o quarto de Latrão. Este concílio, convocado pelo Papa Inocência III, reuniu-se em Roma no ano 1215, e intervieram nele 573 bispos e 800 abades. Os decretos que nele foram emanados tiveram tal importância, que se considerou a celebração deste concílio como um fato digno de assinalar época na história eclesiástica. A principal causa que o motivou foi a heresia dos Albigeneses, assim chamados porque começaram a difundir seus erros na província de Albi, em França. Esta heresia era um conjunto de todas as que tinham aparecido nos séculos anteriores, e ensinava, entre outras extravagâncias, como os Maniqueus" que existem dois princípios criadores, Deus e Satanás; que o primeiro criara as almas e o segundo os corpos. Repeliam a autoridade da Igreja e os Sacramentos, vomitavam blasfêmias contra Jesus Cristo e Maria Santíssima, e tinham, além disto, costumes muito relaxados.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo VIII

Frederico Barba-Roxa

O imperador da Alemanha, Frederico, chamado Barba-Roxa pela cor de sua barba, perturbou durante muitos anos a paz da Igreja. Depois de ter incendiado e reduzido a um monte de ruínas as cidades de Suza, Chieri, Asti e Milão, convocou um concílio e elevou à dignidade pontifícia um anti-Papa excomungado por Alexandre III. Cheio de ira contra o legítimo pontífice, resolveu marchar sobre Roma para vingar-se cruelmente; porém uma terrível epidemia que fez perecer a maior parte de seus soldados, obrigou-o a desistir da empresa. Então determinou dirigir suas armas contra Alexandria da Palha, cidade que o mesmo pontífice tinha mandado edificar para libertar a si e a Itália de suas iras. Sitiou a cidade e quis tomá-la de assalto, mas foram vãos todos os seus esforços. Derrotado pouco depois pelos confederados italianos, na memorável batalha de Lenhano, julgou conveniente humilhar-se e ir pedir perdão ao Papa. Este o recebeu com bondade e levantou-lhe a excomunhão. Frederico, em penitência de seus pecados, foi com seu exército para Palestina, a fim de reconquistar a Jerusalém, mas depois de muitas e gloriosas vitórias, morreu no ano 1199, em um rio da Cilícia, onde fora tomar banho.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo VII

Nono Concílio Ecumênico

O nono Concílio Ecumênico foi celebrado também em Roma, na Igreja de São João de Latrão; por isso chamou-se Lateranense. Convocou-o Calixto II no ano 1123 e intervieram nele mais de 300 bispos e mais de 600 abades, sob a presidência do mesmo pontífice. O fim principal deste concílio era restabelecer a paz e concórdia entre o sacerdócio e o império, perturbada pelas chamadas investiduras. Os imperadores da Alemanha pretendiam imiscuir-se nos assuntos religiosos, especialmente na eleição dos bispos e abades, e na adjudicação da dignidade episcopal ou abacial, o que se chamava investir. Acontecia frequentemente que, pela usurpação destes direitos, elegiam-se pessoas indignas e às vezes indigníssimas por sua ignorância e péssima conduta, com grande escândalo dos fieis. Os Papas tinham levantado várias vezes a voz contra estes abusos, porém em vão, pois os mesmos imperadores tomaram as armas e passaram a cometer violências contra eles. O Papa Calixto, cheio de zelo e valor, querendo a todo custo remediar tamanho mal, depois de ter trazido Henrique V a melhores sentimentos, reuniu o dito concílio.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo V

São Leão IX

São Leão, chamado antes Bruno, nasceu no ano 1002, de real família alsaciana. Fez tais progressos nas ciências, que na idade de vinte e quatro anos foi consagrado bispo de Toul. Para não perder um só momento de tempo, distribuía-o entre a oração, a leitura de bons livros, o estudo, a visita aos hospitais e a instru­ção aos pobres, método que seguiu toda sua vida. Tendo falecido o Papa Damaso II, foi eleito para substituí-lo sob o nome de Leão IX. Teve muito que trabalhar para combater a heresia de Berengário que negava a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia. São Leão, depois de tê-la condenado, foi em pessoa a Verceli para assistir a um concílio que esta cidade convocara. Condenou-se nele o herege e seus escritos, condenou-se também e foi lançado ao fogo um livro de João Scoto Erígenes, isto é, Holandês por estar cheio de erros contrários à fé. Depois de ter apaziguado estas turbulências, recebeu Leão uma carta do Patriarca de Constantinopla, chamado Miguel Cerulário, que acusava a Igreja romana porque celebrava a missa com pão ázimo, isto é, sem fermento: jejuava aos sábados, deixava o Alleluia desde a Septuagésima até a Páscoa.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo IV

Século Décimo

O décimo século da Igreja foi assinalado por muitos deploráveis acontecimentos, devidos à prepotência exercida em Roma pelo conde Adalberto e por suas filhas Marósia e Teodora. Estas duas ambiciosas mulheres intro­duziram no Pontificado, por meio da força, os de seu partido, sem Consideração alguma a sua vir­tude e doutrina. Por isso, muitas vezes, fizeram-­se eleições nas quais, homens de pouca ciência e de não muito bons costumes eram preferidos a ou­tros que por doutrina e santidade eram os únicos que mereciam ser eleitos. Deve-se por outra par­te notar, que muitas coisas que se referem aos papas desta época, têm sido exageradas por histo­riadores posteriores e pouco inclinados à Igreja. Um cuidadoso estudo da história deste século pôs em claro que a calúnia e a maldade levaram vá­rios escritores a falar mal de alguns Papas, que autores imparciais acharam dignos dos maiores elogios. Igualmente deve-se fazer sobressair a especial assistência que prestou Deus a sua Igreja, posto que neste século, não houvesse heresia ou cisma, contra o qual fosse necessário convocar um concilio universal.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo III

Carlos Magno

Entre os reis escolhidos pela Providência para beneficiar de um modo especial a humanidade e a Religião deve-se certamente contar Carlos Magno, filho de Pepino, rei de França. Tendo os Longobardos devastado a Itália, despojaram de seu patrimônio aos pontífices, fazendo-lhes vis insultos. Pelos fins do século oitavo, governando a Igreja São Leão III, chegaram as coisas a tal ponto, que dois miseráveis tiveram o atrevimento de atirar-se sobre o Papa, e fazer-lhe graves feridas. Carlos Magno tendo-se feito protetor da Igreja, dirigiu-se para a Itália à frente de poderoso exército; passou o monte Cenis, derrotou, a poucas milhas de Susa, ao rei Desidério, que queria impedir-lhe o passo, restabeleceu a observância das leis por onde passava, e chegou finalmente a Roma. Carlos Magno ignorava por certo a recepção esplêndida que aquela cidade estava-lhe preparando. Adiantaram-se para recebê-lo o Papa, os príncipes, os barões romanos e franceses e uma multidão imensa de povo. Era dia de Natal, e o Papa, enquanto celebrava a Missa, disse em voz alta:
"A Carlos piíssimo, augusto, coroado por Deus, grande e pacífico imperador, vida e vitória!"
Todos os presentes repetiram por três vezes em voz alta as mesmas palavras. Fora de si Carlos Magno por aquelas inesperadas aclamações, não sabia o que dizer nem fazer. Então o Pontífice o consagrou Rei e pôs-lhe na cabeça a coroa imperial. Ano 800.

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História da Igreja 3ª Época: Capítulo I

Maomé e sua religião

Nasceu este famoso impostor em Meca, cidade da Arábia, de família pobre, de pai gentio e mãe judia. Errando em busca de fortuna, encontrou-se com uma viúva negociante em Damasco, que o nomeou seu procurador e mais tarde casou-se com ele. Como era epilético, soube aproveitar-se desta enfermidade para provar a religião que tinha inventado e afirmava que suas quedas eram outros tantos êxtases, durante os quais falava com o arcanjo Gabriel. A religião que pregava era uma mistura de paganismo, judaísmo e cristianismo. Ainda que admita um só Deus, não reconhece a Jesus Cristo como filho de Deus, mas como seu profeta. Como dissesse com jactância que era superior ao divino Salvador, instavam com ele para que fizesse milagres como Jesus fazia; porém ele respondia que não tinha sido suscitado por Deus para fazer milagres, mas para restabelecer a verdadeira religião mediante a força.

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História da Igreja 2ª Época: Capítulo III

Concílio de Rimini

Constâncio filho e sucessor de Constantino no Oriente, favoreceu desgraçadamente o arianismo, e para fazê-lo triunfar, reuniu um concílio em Rimini: porém todos os bispos, a uma voz, pronunciaram anátema contra os arianos. Não satisfazendo isto ao imperador, mandou um oficial seu ao concílio, o qual com promessas e ameaças induziu a maior parte dos bispos a subscrever uma fórmula de fé, na qual não se achava a palavra consubstancial. Conquanto essa fórmula não fosse herética, não exprimia, entretanto, com suficiência, a fé de Nicéia. Os aranos se jactaram muito com isso, como se com essa fórmula se tivesse adotado sua heresia, porém os bispos que a tinham firmado quando conheceram o sentido perverso que lhe davam os hereges se opuseram a ela, e professaram seu apego à fé de Nicéia. O Papa Libério unido aos blspos de todo o mundo, levantou a voz contra este escândalo, não servindo desta maneira nem a violência, nem a astúcia para obscurecer a fé católica. Ano 359.

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História da Igreja 2ª Época: Capítulo II

São Brás, bispo de Sebaste

Após a morte de São Melquíades foi eleito São Silvestre romano de nascimento, para ocupar o lugar de São Pedro, como pastor da Igreja universal. Coube-lhe a sorte de tomar o governo da Igreja enquanto era protegida por Constantino; porém também teve a dor de ver perseguidos os cristãos pelo imperador Licinio que reinava no Oriente. Este tinha prometido a Constantino não os perseguir; porém faltou a sua palavra. A perseguição fez-se sentir especialmente em Sebaste, cidade cuja sede episcopal achava­se ocupada por São Brás, varão esclarecido por suas virtudes e milagres. Achava-se próximo ao martírio, quando se apresentou uma mãe aflita que pos a seus pés o filho único, próximo a morte, sufocado por ter-se-lhe atravessado na garganta uma espinha de peixe. Brás enternecido fez breve oração, e o menino ficou logo livre de todo tormento e perigo. Deste milagre se originou a devoção que os fiéis tem a São Brás contra males da garganta, como também a benção que estes invocam no dia de sua festa.

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