- Jansênio
- Novas crueldades no Japão
- Castigo dos perseguidores
- São José Calazans e as Escolas pias
- São Vicente de Paulo e os Lazaristas
- Reforma dos Trapistas
- História do Galicanismo
- Progresso do Evangelho no Novo Mundo
- Henrique IV
- São Filipe Neri
- O venerável Ancina
- Perseguição no Japão
- O pequeno Pedro, mártir
- Cesar de Bus e os Doutrinários
- São Camilo e os ministros dos enfermos
- Santa Rosa de Lima
- São Francisco de Sales e o Chablais
Henrique IV
O calvinismo tinha feito rápidos progressos em França, especialmente por culpa de seus reis; e até tentou, por meio de Henrique IV, sucessor de seu cunhado Henrique III, e chefe da facção calvinista, sentar-se no trono para infeccionar e corromper toda a nação. Porém, Deus preservou a França de semelhante desgraça, que teria sido a mais deplorável de todas, fazendo com que Henrique conhecesse e abraçasse a verdadeira religião. Este, primeiramente se instruiu bem nos dogmas que ensina a santa Igreja Católica, depois mandou comparecer à sua presença os ministros protestantes e perguntou-lhes se acreditavam que ele podia salvar-se na Igreja romana. Estes, depois de refletir seriamente, responderam-lhe que sim."Pois então, disse ele muito sabiamente, porque vós a abandonastes? Se os católicos afirmam que ninguém pode salvar-se em vossa seita; e vós afirmais que na deles pode-se conseguir a salvação, parece-me mais conforme à razão seguir o caminho mais seguro, e preferir aquela religião em que, segundo o sentir comum, eu posso salvar-me"Dessa maneira o rei abjurou solenemente o calvinismo, recebeu do Papa a absolvição das censuras em que tinha incorrido, e trabalhou para fazer florescer a Religião em seus estados. Ano 1593.
Concílio Tridentino (Concílio de Trento)
A guerra encarniçada que os protestantes tinham declarado a Igreja, e a necessidade urgente de reanimar no clero e no povo a santidade dos costumes, tornavam necessária a convocação de um concílio ecumênico. Convocou-o, efetivamente, o Papa Paulo III, em Trento, cidade do Tirol italiano, donde, tomou o nome de Concílio Tridentino. Este é o décimo nono concílio ecumênico. Durou mais de dezoito anos, por ter sido interrompido diversas vezes, por causa da epidemia ou das guerras. Abriu o concílio o Papa Paulo III, no ano 1545; foi continuado sob Júlio III, e levado a feliz termo, no ano 1563, no pontificado de Pio IV, graças ao zelo do infatigável São Carlos Borromeu.- Novas Ordens Religiosas
- Santo Inácio de Loyola
- Adoração das Quarenta Horas
- Fim de Lutero
- Carlostadio
- O imperador Carlos V
Novas Ordens Religiosas
Enquanto os hereges se esforçavam para destruir a Igreja, a Divina Providência suscitava novas sociedades de religiosos e uma multidão de doutores, que com suas fadigas apostólicas, com sua santidade e com suas obras cheias de erudição cristã fizeram-na florescer em todas as partes do mundo. A Ordem dos Teatinos, a dos Barnabitas, dos Capuchinhos, dos Somascos, dos Fate-bene fratelli, e muitas outras congregações religiosas, a instituição das quarenta horas, a celebração do Concílio de Trento, São Caetano, São Jerônimo Emiliano, São João de Deus, São Tomas de Vilanova, Santo Inácio de Loiola, São Francisco Xavier, São Pedro de Alcântara, São Filipe Neri, São Pio V, Santa Teresa, São Carlos Borromeu, São Francisco de Sales e muitos outros repararam gloriosamente os danos causados a religião.Sobre a Quinta Época
Nesta época foi a Igreja tão fortemente combatida, que parecia já tivesse chegado o tempo do Anticristo; porém, não obstante isto, conseguiu novos triunfos. Acomete-a um dilúvio de hereges, e muitos de seus ministros, em vez de defendê-la, se rebelam contra ela e abrem-lhe profundas feridas. Unem-se a estes os Príncipes seculares que a oprimem com o ferro, com a devastação e o sangue. O demônio se esconde debaixo do manto de sociedades secretas e de uma filosofia mundana e sedutora, mas falsa e corruptora: excita rebeliões, e suscita perseguições sanguinolentas. Deus porem, desvanece os esforços do inferno e os faz servir para sua glória. Novas ordens religiosas, missionários incansáveis, pontífices grandes pela santidade, zelo e sabedoria, unidos todos em um só coração e em uma só mente, e fortalecidos pelo braço do Todo Poderoso defendem heroicamente a verdade e levam a luz do Evangelho até os últimos limites da terra, conseguindo a Igreja novas conquistas e ainda mais gloriosas vitórias.- Milagre do Santíssimo Sacramento em Turim
- Maomé II
- Descobrimento do novo mundo
- São Francisco de Paula
- Décimo Oitavo Concílio Ecumênico
- Leis Disciplinares da Quarta Época
Milagre do Santíssimo Sacramento em Turim
A história eclesiástica, como já vimos, conta muitos milagres, operados por Deus, confirmando a presença real de Jesus Cristo na Santíssima Eucaristia. Um destes aconteceu em Turim tão pública e solenemente, que mereceu esta cidade o título de Cidade do Sacramento. Ao anoitecer do dia 6 de junho de 1453, passavam por Turim alguns ladrões, que conduziam um jumento carregado de mercadorias. Vinham de Exilles, lugar perto de Susa, que por graves revezes ocasionados pela guerra, tinha sido saqueado. Atreveram-se a roubar até mesmo uma igreja e levaram até a custódia com a santa Hóstia, que com outros objetos, se achava sobre o jumento. Enquanto atravessavam aqueles ímpios a cidade de Turim, ao chegarem em frente da igreja de São Silvestre, empacou o animal, parou e caiu no chão. Os que o conduziam davam-lhe fortes pancadas para fazê-lo levantar e andar, porém debalde. Neste ínterim, rompem-se as ligaduras de um pequeno embrulho, levanta-se no ar o vaso sagrado, e aparece a Hóstia santa, mais resplandecente que o sol, em presença de todos os que se achavam ali reunidos. Avisado o bispo Ludovico, da família dos marqueses de Romagnano, acode com o clero com grande acompanhamento de povo e em sua presença, abre-se e cai a custódia, ficando radiante no ar a Hóstia Divina. Então de todas as partes ouve-se a multidão exclamar: Ficai conosco, ó Senhor! Novo prodígio! A Santa Hóstia, que até então tinha ficado elevada no ar, descendo pouco a pouco até o cálice que preparara o bispo, é levada solenemente à catedral. No lugar onde se deu esse prodígio foi levantada a igreja do Corpo de Deus. Eis donde teve origem a devoção dos Turineses ao Santíssimo Sacramento. Para conservar e aumentar esta devoção, o arcebispo Luiz Franzoni instituiu em Turim as Quarenta Horas perpétuas que se sucedem alternativamente em cada uma das igrejas da cidade, e nunca falta um núcleo de almas escolhidas que adore a Jesus Sacramentado exposto à veneração pública.- Residência dos Papas em Avignon
- Grande cisma do Ocidente
- O imperador Wenceslau e São João Nepomuceno
- Décimo sétimo Concílio Ecumênico
Residência dos Papas em Avignon
A antiga sede do romano pontífice, onde São Pedro, divinamente inspirado, colocou o centro de toda a Igreja e do orbe católico, é Roma. Desde São Pedro até o ano 1305 nunca saíram dela os Papas, senão obrigados pela violência ou pela perseguição. E nesse caso logo que se viam livres, voltavam à cidade que, pelos seus monumentos religiosos, pelos mártires nela sacrificados pelos santos que a ilustraram, e pelos milagres de que foi testemunha em todos os tempos, com justo título adquiriu o direito de ser a capital do mundo cristão. Neste ano (1305), porém, uma série de tristes acontecimentos obrigou ao Papa a se retirar de Itália e fixar sua residência em Avignon, cidade que se acha na parte da França, chamada condado Venosino. Foi causa principal disto o rei de França e de Nápoles, chamado Filipe o Belo, que muito bem merece o nome de açoite da Igreja. Este queria, como fica dito, imiscuir-se nas coisas da religião, mas como o pontífice se opunha a seus perversos desígnios, a fez sair de Roma. Queria que o Papa fixasse sua morada em França para depender dele, fazendo-se assim Filipe, de certo modo, dono da Igreja. A morte de Benedito XI a Santa Sé esteve vacante quase um ano, sendo depois eleito Clemente V, francês, que foi coroado em Lion no ano 1305. Como continuassem em Roma as discórdias e prepotências, e não estivesse ali segura a liberdade, nem a vida dos Papas e dos concidadãos, o novo pontífice julgou conveniente estabelecer sua residência em Avignon.Jubileu
Era tradição constante entre os cristãos que, indo a Roma no ano secular para visitar a Igreja de s. Pedro e as outras principais basílicas, ficavam perdoados todos os seus pecados. No ano 1300, foi tão grande o concurso, que pareceu se tivessem aberto ali as portas do céu. Muitos peregrinos por causa do aperto de tamanha multidão, pereciam esmagados ao passar a ponte de Sant'Angelo para ir ao Vaticano. Então o papa Bonifácio VIII, reuniu todas as notícias anteriores e publicou uma bula, em que, depois de indicar a origem e o fim do jubileu, concedeu indulgência plenária a todos os fiéis que confessados e arrependidos visitassem as quatros basílicas principais; indulgência que se devia renovar cada cem anos. Uma pintura, obra do célebre Giotto que vivia naquele tempo, e que ainda existe na basílica de Latrão, representa o Papa Bonifácio VIII no ato de publicar dita bula. Clemente VI querendo imitar o jubileu dos judeus, limitou o tempo a 50 anos para que participassem dele maior número de fiéis. Urbano IV considerando ainda que este prazo era demasiado longo, o reduziu a 33 anos. Mais tarde Xisto IV o diminuiu ainda mais, reduzindo-o a 25. Às vezes concedem os Papas jubileus por extraordinárias necessidades da Igreja. Em outros tempos, nas épocas de jubileu, acorria a Roma grande multidão de fiéis; mas agora, os sumos pontífices permitem aos católicos que gozem do jubileu em seus próprios países.São Tomas de Aquino
Entre os santos que brilharam neste tempo por grande saber e virtude, merecem singular menção os doutores. São Boaventura, toscano, e Santo Tomas de Aquino. Este último, nascido, de nobre família napolitana aos cinco anos de idade entrou para ser educado no convento dos Beneditinos do Monte Cassino. Mais tarde, ao manifestar seus desejos de se consagrar a Deus na ordem dos Pregadores, os parentes para impedi-lo encerraram-no em um calabouço. Pessoas infames tentaram-no ali gravemente para ver se lhe faziam perder a pureza, porém saiu Tomas vencedor, afugentando-as com um tição aceso. Saindo do cárcere, foi a Paris, onde estudou teologia sob a direção do célebre Alberto Magno. Ainda que fizesse maravilhosos progressos nas Ciências e na piedade, sabia ocultar de tal sorte seu talento, que seu silêncio era julgado necessidade, pelo que seus condiscípulos chamavam-lhe boi mudo. Mas o mestre, que bem o conhecia, dizia aos que mofavam dele, que algum dia os sábios mugidos do boi mudo ressoariam em toda a terra. Aos 25 anos tomou a seu cargo a cadeira de filosofia e teologia na universidade de Paris. Os ouvintes que corriam para aprender em tão célebre mestre, apelidaram-no o Anjo das Escolas.- Santo Antonio de Pádua
- Os Servos de Maria
- Décimo terceiro Concílio Ecumênico
- São Luiz, rei de França
- Festa do Corpo de Deus