Meditação para o Dia 12 de Novembro
“Nosso Senhor Jesus Cristo – escreve o piedoso autor das Palhetas de ouro, – para nossa consolação, quis experimentar as amarguras que causa ao coração humano a perda daqueles a quem ama. Lázaro era apenas seu amigo, conforme diz Mpns. de Segur, e, todavia, Jesus, que ia ressuscitá-lo, quis sofrer, para santificá-las, as dolorosas emoções da separação. Quis chorar”
Nada santifica mais do que as lágrimas, quando elas são vivificadas pelo amor Divino. Como nos é dolorosa a morte das pessoas que amamos! No seu esquife mortuário vai um pedaço de nosso coração, se não toda a nossa vida. Alma cristã, coragem! Para essas torturas, para tais dores, só há uma consolação, a que o Senhor nos dá, cheio de misericórdia! Na verdade, somente Vós, ó meu Deus, sois o consolador! Junto de Vós, de Vossa Mão Paternal, que fere e cura, acha o pobre coração humano a paz e felicidade, não deste mundo, mas do Céu. Que vale ser feliz neste mundo? Esta vida é toda de ilusão, de desenganos cruéis, traições,abandono de tudo e de todos! Só não é infeliz quem tem a graça e a fé. Apeguemo-nos à tábua de salvação que nos oferece a Religião, à doce esperança cristã. Um olhar para o Céu! Vamos! Coragem! Choremos, como Jesus na sepultura de Lázaro, mas esperemos, confiantes, o dia da ressurreição e da vida eterna. Não choremos como os que não creem na imortalidade!
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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 339)