Meditação para o Dia 29 de Abril
“Bem-aventurados, isto é, felizes – diz Nosso Senhor – “os que choram.”
Este mundo é o vale das lágrimas. Nosso Senhor também chorou. Chorou a ingratidão de Jerusalém, chorou na sepultura de Lázaro, no Horto das Oliveiras e, antes, havia chorado nas palhinhas da manjedoura de Belém. Oh! Lágrimas Divinas e redentoras, sois nosso conforto! E, para santificar nossa dor, Jesus abençoa nossas lágrimas do alto da Montanha. “Beati” – “Felizes…” Então será feliz quem chora? Sim, porque a lágrima salva, desafoga o coração. Lembremo-nos das lágrimas de Madalena e das do filho pródigo. Como é bom chorar de amor e de arrependimento! Santifiquemos nossas lágrimas na paciência e na resignação. Deus não nos proíbe chorar; quer, porém, que o nosso pranto seja, não como o de quem não tem esperança, mas o que suaviza, desafoga o coração, paga o tributo à natureza e se transforma depois em pérolas de abandono à Vontade Santíssima de Deus. No Céu, onde não haverá mais dores nem gemidos, Ele, Nosso Divino Consolador, enxugará nossas lágrimas.
“Como eu tenho sede do Céu – dizia Santa Teresinha, – dessa mansão bem-aventurada, onde amarei para sempre a Jesus! Mas… para chegar até lá, é preciso sofrer e chorar” (1)
Soframos, pois, choremos, resignados, nas trevas dessa noite da vida. Paciência! Logo há de raiar a madrugada do Céu!
Referências:
(1) Sme. lettre à Sr. Marie du Sacré Coeur.
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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 132)