Meditação para o Dia 01 de Julho
Encontramos Jesus no Evangelho. Saboreamos toda a infinita doçura da Sua palavra. Quando o coração, este nosso pobre coração, sentir-se mal, desconfiado e triste, vamos ao Evangelho. Uma página do Evangelho consola mais do que os mais belos e sublimes tratados saídos das mãos dos homens. E um olhar ao Crucifixo, o livro querido dos santos. À Santa Teresa disse Jesus: “Eu te darei um livro vivo”, era a cruz. “Dai-me o meu livro”, dizia São Felipe Benício. Apresentaram-lhe um Breviário e uma Imitação. Faz ele um gesto e mostra o Crucifixo. Era o seu livro querido. Com meu Evangelho e meu Crucifixo, que não suportarei? Dois livros inseparáveis. O Evangelho contém a lição do sofrimento e o Crucifixo nos mostra a prática do sofrimento. Bom amigo, bom conselheiro e bom mestre é meu Crucifixo. “A Cruz é uma escola”, dizia Santo Agostinho. E que se aprende nessa escola? A sofrer pacientemente, a perdoar e a suportar o peso da vida. Olhando a Cruz, minha alma reza, perdoa, espera, confia, abandona-se. A um pobre leigo de convento, humilde e analfabeto, perguntou-se onde aprendera tanta ciência das coisas espirituais, incrível num ignorante como ele. Respondeu:
“Aprendi num livro de cinco letras vermelhas”
Referia-se ao Crucifixo, com suas Chagas abertas. Meu Crucifixo! Nunca te deixarei, mestre querido de minha alma!
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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 200)