Meditação para o Dia 23 de Junho
1. Puro é quem sujeita a carne ao espírito, subtraindo ao serviço das baixas inclinações a imaginação, a memória, o pensar, querer e sentir, olhos, ouvidos, boca e mãos. Virtude tão estimável é um vaso precioso, mas muito quebradiço. Não há nada para onde a natureza corrupta se incline, sem cessar, com tanta veemência, como para o lado dos prazeres sensuais. Talvez passem anos sem graves combates; de repente, desencadeia-se verdadeiro furacão. Além disto outros perigos ameaçam a santa pureza: o impetuoso combate do mundo, as más companhias, o próprio anjo impuro. Quantos cuidados por isso são precisos!
2. A santa pureza deve ser apoiada pelo baluarte do temor de Deus, para que seja preservada de insolentes assaltos e para que cresça. Este temor de Deus em momento de tentações faz exclamar:
“Como poderia eu cometer tamanha maldade e pecar contra meu Deus, diante de seus olhos!”
Esse temor, em horas críticas, apresentará exemplos positivos dos castigos da justiça divina e fará dizer:
“Antes morrer do que pecar! Passageiro é o gozo, mas o castigo, eterno. Se a morte me surpreender, qual será a minha sorte?”
Luta, pois, sem cansar. O prêmio eterno é indescritivelmente grande.
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(Sinzig, Frei Pedro. Breves Meditações para todos os Dias do Ano. 8ª Ed. Editora Vozes, 1944, p. 189)