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Catolicismo

Catolicismo

Estudos sobre a Fé e a Doutrina Católica por meio de documentos da Santa Igreja, livros de espiritualidade, videos e etc. Selecionados para aprofundarmos ainda mais em nosso amor a Jesus Cristo!

História da Igreja 1ª Época: Capítulo XVII

Origenes

Origenes

O célebre Origenes nasceu em Alexandria do Egito. Leonidas seu pai, cristão muito fervoroso, o educou com solicitude no santo temor de Deus, e desde a mais tenra idade o iniciou no estudo das divinas Escrituras. Tinha talvez dezessete anos quando seu pai, no império de Sétimio Severo, foi preso pela fé. Sabendo-o Origenes, queria a todo o custo ir ao martírio com ele, e era tal seu ardor, que sua mãe para impedir viu-se obrigada a esconder suas roupas, pondo-o assim na necessidade de desistir de seu propósito. Escreveu, não obstante, a seu pai uma carta formosíssima exortando-o a dar de bom grado sua vida pela fé, sem se deixar intimidar nem afligir-se por coisa alguma. Morto Leonidas, foram confiscados seus bens conforme costume, deixando sua família na miséria. Então Origenes, jovem como era, começou a dar lições de gramática e de literatura, para sustentar sua mãe e seus irmãos. Mais tarde o bispo de Alexandria ofereceu um campo vasto ao seu grande engenho, confiando-lhe a cadeira de Catequista naquela famosa escola do cristianismo, contando ele apenas dezoito anos.

História da Igreja 1ª Época: Capítulo XVI

maximino

Sexta perseguição

A tolerância de Alexandre para com os cristãos, foi um motivo para que Maximino, seu assassino e sucessor, os odiasse com mais escarnecimento. Com o fim de ter um pretexto para persegui-los, lhes atribuía a derrota de seus exércitos, a peste, a carestia, os terremotos e outras coisas que naqueles tempos desolavam o império romano, como se esses males fossem o efeito da cólera dos deuses pela tolerância que se tinha para com os fiéis de Cristo. Porém o fato que mais excitou a indignação do imperador, foi o santo valor de um de seus soldados. Quando Maximino foi proclamado imperador fez, conforme se costumava então alguns presentes a seus soldados. Todos os homens que compunham o exército, deviam aparecer perante ele, para receber aqueles dons, com uma coroa de louro na cabeça; mas um dos soldados, suspeitando que essa prática, naquelas circunstâncias, importava um sinal de idolatria, levou a coroa na mãos.

História da Igreja 1ª Época: Capítulo XV

Papa São Urbano

São Urbano e Santa Cecilia

A São Calixto sucedeu São Urbano que pertencia a uma rica e nobre família romana. Desde simples sacerdote tinha trabalhado com zelo pela fé durante o pontificado de seus três antecessores. Acusaram-no várias vezes como cristão; levaram-no ao cárcere e perante os juízes; porém sempre venceu todos os sofrimentos, confessando intrepidamente a Jesus Cristo. Sua eleição para o pontificado teve lugar no ano 227. Enquanto se achava empenhado em ordenar a disciplina da Igreja, voltou a tomar vulto a perseguição de Alexandre Severo. Urbano prevendo o grave perigo que corria se continuasse cumprindo publicamente o sagrado ministério, escondeu-se nas catacumbas onde viveu ignorado dos perseguidores, porém conhecido dos Cristãos, que podiam recorrer a ele em todas as suas necessidades.

O misterioso e fecundo Espírito Santo

Este texto é do grande teólogo São Basílio Magno, Bispo do século IV, que muitíssimo ajudou a Igreja a compreender a divindade do Espírito Santo. A cada trecho, encontramos a observação de Dom Henrique Soares da Costa, Bispo de Palmares.
Qual é o homem que, ao ouvir os nomes com os quais é designado o Espírito Santo, não eleva seu ânimo e o seu pensamento para a natureza divina? É chamado Espírito de Deus, Espírito da verdade que procede do Pai, Espírito de retidão, Espírito principal, e como nome próprio e peculiar, Espírito Santo.
Comentário de Dom Henrique: A palavra “espírito”, “pneuma” em grego, ar, sopro, vento, indica movimento, liberdade, mistério. O “Espírito” evoca o misterioso, o invisível, o incontrolável, soberano e surpreendente em Deus. Afirmar que este Espírito é Santo é afirmar que Ele é divino, pois só Deus é Santo! Interessante o título de “Espírito Principal” significando que o Espírito é “princípio” de todos os bens, de todos dons e carismas. É com este título que o Espírito é invocado sobre o que vai ser ordenado Bispo na Igreja: o Espírito de principalidade, que faz do Bispo "príncipe" [princeps], isto é, princípio na sua Igreja diocesana seja da distribuição dos ministérios e atividades como no discernimento dos carismas: este é o seu serviço episcopal, a ser realizado com o mesmo Espírito Daquele que veio para servir e não ser servido - portanto, nada a ver com o sentido de "príncipe" enquanto pompa ou poder político.

A Santa, Indivisa e Consubstancial Trindade – Parte 3

Santíssima Trindade. The Holy Trinity (Nicoletto Semitecolo)
Santíssima Trindade. The Holy Trinity (Nicoletto Semitecolo)
Por Dom Henrique Soares da Costa Vimos, nos tópicos passados desta série de meditações, que Javé (Adonai) é o Deus eterno, o Deus de Israel; mas Ele, o Deus Único, o Indivisível, o Imultiplicável, o Simples, o Infinito fora do Qual nada há nem pode haver, Ele não é um Deus solitário: Ele é o Pai eterno do eterno Filho, que é Deus com Ele e como Ele! E mais: com o Pai e o Filho existe, ou melhor, é eternamente o Santo Espírito, Deus como o Pai, Deus como o Filho! Na Páscoa, o Pai ressuscitou o Filho, divinizando-O, glorificando-O, na potência divina que é o Santo Espírito!

A questão de Deus

Deus Por Dom Henrique Soares da Costa Apesar do ateísmo prático que vemos presente em tantos níveis e ambientes de nossa sociedade ocidental, apesar da enganosa sensação difusa de emancipação e euforia, o problema da fé em Deus não pode ser tranquila e pacificamente descartado pelo homem; trata-se, ao invés, de uma questão que coloca em questão o próprio homem, a existência de cada um de nós!

A Santa, Indivisa e Consubstancial Trindade – Parte 2

Trindade Santa Por Dom Henrique Soares da Costa Vimos, no tópico passado, que nem o Antigo Testamento nem ninguém na época de Jesus suspeitava que Deus fosse trino, que o Filho e o Santo Espírito fossem Deus! O Deus de Israel chamava-se Javé (Jeová é uma tradução errada do nome de Deus) e basta! Vimos também que Jesus Se apresentou e agiu como “filho de Deus"... Mas, na mentalidade dos judeus, “filho de Deus” não significava que Ele era igual a Deus, que Ele era Deus! Finalmente, vimos que Jesus agia e falava com uma autoridade que deixava os Seus contemporâneos espantados: “Sendo apenas homem, Tu Te fazes Deus!” (Jo 10,33) Ficamos, no tópico passado, com uma pergunta: Como, então, a Igreja apostólica descobriu que Deus era trino? Foi no Dia da Ressurreição! Quando, naquele primeiro dia depois do sábado, o Ressuscitado veio ao encontro dos discípulos, eles foram surpreendidos. Não somente porque Jesus estava vivo, mas, sobretudo porque estava ressuscitado, quer dizer, completamente transfigurado: Seu corpo estava totalmente transformado; era o mesmo Jesus, trazia ainda as marcas da paixão, mas estava de tal modo glorificado que mal os discípulos conseguiam reconhecê-Lo! Antes, só O reconheciam porque Ele mesmo Se dava a conhecer (cf. Lc 24,15s.30s; 24,36ss; Jo 20,11ss; 20,26ss; 21,4ss).

A Santa, Indivisa e Consubstancial Trindade – Parte 1

trindade Por Dom Henrique Soares da Costa O Deus dos cristãos é diferente de todos os outros: é único, original. Nossa fé professa que Ele é uno e trino - Triuno -, um só Deus na Trindade das Pessoas divinas. E, no entanto, na prática, os cristãos não compreendem bem o que isto significa nem percebem o quanto isto é importante, fundamental, para a nossa fé. Basta dizer que sem a Trindade, se Deus não fosse trino, a criação não seria possível, a salvação não existiria e não haveria esperança para a história humana nem para o universo!Como?” – perguntam os cristãos, admirados com tais afirmações... Todas estas assertivas podem parecer exageradas. Se for assim, se para você tais afirmações são muito radicais, então é porque você é um desses, que não compreenderam ainda o quanto é fundamental, essencial mesmo, que Deus seja uno e trino. É para que, juntos, possamos aprofundar nossa compreensão deste que é o Mistério central da fé cristã, vou apresentar algumas meditações sobre a Santa Trindade. E vou logo afirmando que nosso encontro com a Trindade Santa começou num Primeiro Dia da semana, que chamamos agora de Domingo. Isto mesmo: tudo começou num Domingo!

Estudo bíblico-catequético para a Solenidade de Pentecostes

Espírito Santo Por Dom Henrique Soares da Costa

1. O dom do Espírito Santo é fruto da Páscoa de Cristo

Morto como homem, Ele foi ressuscitado pelo Pai na força do Espírito Santo derramado sobre Ele enquanto homem composto de corpo e alma (cf. 1Tm 3,16; Rm 1,4). O Espírito torna-Se a própria Energia divina que sustenta e vivifica a natureza humana de Jesus; São Paulo chega a dizer que o Senhor Jesus é o Espírito (cf. 2Cor 3,18), pois Nele, agora, "habita corporalmente toda a plenitude da Divindade" (Cl 2,9). Assim sendo, o Senhor Jesus torna-Se doador do Espírito Santo: “Exaltado pela Direita de Deus, Ele (Jesus) recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e O derramou” (At 2,33).

O Espírito, Água viva

Veni! Veni Pater pauperum. Veni dator manerum. veni lumen cordium Por Dom Henrique Soares da Costa Caro Amigo, estamos na semana final do Tempo da Páscoa. Esta semana litúrgica é caracterizada pela intensa preparação para a solenidade de Pentecostes. Aqui vai - com meus comentários - uma belíssima Catequese de São Cirilo de Jerusalém, bispo do século IV; dizem-se coisas sublimes sobre o Espírito Santo.
"A água que Eu lhe der se tornará nele fonte de água viva que jorra para a Vida eterna" (Jo 4,14). Água diferente, esta que vive e jorra; mas jorra apenas sobre os que são dignos dela.