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Fecundidade do Sofrimento

Meditação para o Dia 29 de Dezembro

O sofrimento é fecundo.

“O sofrimento – escreve a admirável Elizabeth Leseur (1) – o sofrimento atua de um modo impetuoso em nós, primeiro, por uma espécie de renovamento íntimo, em outros também, talvez muito longe e sem que saibamos neste mundo o trabalho que fazemos por eles. O sofrimento é um ato. Cristo fez mais na cruz pela humanidade do que falando e trabalhando na Galileia ou em Jerusalém. O sofrimento faz a vida: ele transforma tudo o que toca e tudo o que atinge”

“O sofrimento é um ato”

Que fórmula impressionante! Convém guardá-la. Trabalha, quem sofre bem. Pode salvar almas como o apóstolo da palavra, como o sacerdote missionário mais ativo e ardente. A grande missionária dos últimos tempos, o Anjo do Carmelo de Lisieux, pôde dizer e experimentou o valor do sofrimento pela salvação das almas.

“Pelo sofrimento e a perseguição – disse ela (2) – muito mais que por brilhantes pregações, Deus quer firmar o Seu Reino nas almas…”

Nossos sacrifícios, nossos esforços e os mais obscuros de nossos atos não estão perdidos, é minha opinião absoluta: todos têm repercussão longínqua e profunda. Este pensamento não dá lugar ao desânimo e não permite a covardia.

“Somos pobres jornaleiros da vida”. Assim concluiu Elizabeth. Semeemos e Deus fará surgir a colheita.

Semeemos o bem na dor e na alegria, no Tabor e no Calvário, no “Fiat” do Getsêmani e nos Aleluias da Ressurreição.Porém, é mais fecundo o bem semeado na dor, no sofrimento, enfim, porque o sofrimento é um ato.

Referências:

(1) Jornal e pensamentos de cada dia
(2) 6me. lettre à des Missionaires

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 388)