Meditação para o Dia 21 de Outubro
Deus é Onipotente e, sendo Onipotente, é bom. Já meditamos um pouco essa verdade e estamos dela persuadidos? Em Deus une-se a bondade ao Poder Soberano. Não é uma razão, e das maiores, para que tenhamos confiança? A Liturgia sempre repete:
“Oh! Deus, sois bom e todo poderoso!”
É mister que tenhamos a persuasão firme, inabalável, de que Deus é a Bondade Onipotente. Diz o Padre Ravignan:
“Enquanto a alma não estiver firmemente persuadida da união desta bondade com o poder de Deus, não tem senão a metade da força e do amor, nem faz uma ideia perfeita do socorro Divino, do qual tudo devemos esperar. A fé, que nada teme, é sempre necessária às almas que querem imitar corajosamente a Jesus Cristo. Tenham elas a esperança de tudo conseguir!”
Deus é meu Pai. É o Pai que está nos Céus. É Pai Onipotente. Nem todo pais ocorre e protege o filho na medida que deseja, por falta de possibilidade. O meu Pai do Céu é, porém, Onipotente. E quer fazer-me todo bem, porque é naturalmente bom, porque é a própria Bondade. Deverei ter medo, afastar-me, transido de terror ante a Onipotência Divina? Oh! As pobres almas tímidas,escrupulosas e sem confiança, às quais tanto assustam a Justiça e Onipotência Divina, deveriam, antes encontrar nelas um incentivo para o amor. Deus é justo. Melhor do que eu sabe Ele, portanto, quanto sou miserável. Deus é onipotente e bom. Ele há de empregar, por certo, a Onipotência de sua Bondade para me salvar!
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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 316)