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Author page: Gabriel

A Mãe das Almas do Purgatório

Meditação para o Dia 29 de Novembro

Maria Santíssima não é só na terra a consoladora dos aflitos. O amor de tão doce e santa Mãe se estende até as chamas expiatórias do Purgatório. Que mãe ficaria insensível vendo um filho num braseiro ardente, a sofrer? Nossa Senhora, a mais terna das mães, não é insensível ao padecimento horroroso de seus filhos. Sobre o fogo vingador da Justiça Eterna, derrama a Santíssima Virgem a chuva benfazeja do seu carinho Materno.

“Oh! Como é boa Maria, exclama São Vicente Ferrer, para os seus filhos que gemem no Purgatório! Por sua intercessão, a todo momento, são consolados e socorridos”

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Sermão da Penitência

1º Domingo da Quaresma - Sermão da Penitência

Sermão para o 1º Domingo da Quaresma

SUMÁRIO ESCRITO POR BOSSUET

Exordio. — Tempo. — Sua perda. — Três dificuldades que atrasam a sua conversão. 1.º Ponto. — Espírito do homem sempre extremo. — Da presunção do perdão ao desespero do mesmo perdão: Spe desperati. Do fato da misericórdia e da justiça serem infinitos resulta de serem aparentemente compatíveis. Qual é a misericórdia divina? Justiça na graça. A remissão dos pecados. Cada um deve fazer uma confissão sincera, e não procurar meios vis para se eximir das culpas. Devemos alegar defesa perante um juiz, e confessarmo-nos na presença dum padre. Maneira diferente de alegar defesa perante um e outro. 2.º Ponto. — Não há coisa que mais se deixe subjugar do que a vontade individual. Força do temperamento e do hábito. Muro impassibilitatis, Santo Agostinho. Um e outro podem vencer-se pelo temor. A penitência demanda sacrifício. Exemplo de Davi: Motiva poenitendi, Santo Agostinho. Penitência com sacrifício, porque é um ato de geração: In dolore paries filios tuos (G 3, 16). Geração própria. 3.º Ponto. — Do tempo, Dies mali, São Paulo. O tempo é uma ilusão. A vida ora nos parece longa, ora nos parece curta. A ciência do tempo constitui um dos segredos de Deus. O homem deseja penetrar nessa ciência. Nec filius hominis. Contra os que aguardam o último momento. Tempo dos Testamentos: São João Crisóstomo, São Gregório Nazianzeno. Exortação a uma rápida penitência.

Adjuvantes autem exhortamur ne in vacuum gratiam Dei recipiatis E nós, como cooperadores, vos exortamos que não recebais a graça de Deus em vão (2Cor 6, 1)

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Nossa Esperança

Meditação para o Dia 27 de Novembro

Há homens materializados, pagãos, sem esperança alguma além-túmulo. Julgam encontrar alívio no pensamento de uma aniquilação total da criatura humana após a morte. É a esperança pagã. A esperança dos gentios, diz Santo Ambrósio, é que a morte faça acabar todos os males. E, como tiveram uma vida estéril, assim, dizem, a morte será apenas o fim de uma carreira de sofrimentos a que estávamos presos. Quanto a nós, cristãos, mais generosos, pela esperança na recompensa, somos mais resignados, porque temos motivos de consolação. Não cremos ter perdido, mas apenas enviado um pouco antes de nós os que morreram, não como vítimas para a morte, mas como cidadãos para a Eternidade!

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Sermão sobre a Lei de Deus

Domingo da Quinquagésima - Sermão sobre a Lei de Deus

Domingo da Quinquagésima

Pode ver-se na edição de Gandar, p. 92, alguns fragmentos duma nova redação do mesmo sermão, pregado em Paris, numa casa religiosa, pelo ano de 1661. - Ms. Tomo XI, p. 416 - Déforis, IV, 572 - Lachat, VIII, 463 - Gandar, p. 49

Pregado em Metz, entre os anos de 1653 e 1656.

SUMÁRIO ESCRITO POR BOSSUET

Cogitam vias meas. Exordio. — Diversidade de ações entre os homens. Animais de maior uniformidade. Ocupações servis, ou inúteis, ou estultas, ou criminosas. Um guia para as minhas culpas, uma norma para os meus desvarios e um repouso para as minhas inconstâncias. 1.º Ponto. — Ignorância humana. Nós não sabemos o que nos convém. Concilium meum justificationes tuae — Intellectum dat parvulis — Super senes intellexi. O acaso dirige os negócios. Aproximemo-nos de Jesus Cristo para recebermos os Seus ensinamentos. 2.º Ponto.Ordinatione tua perseverat dies... Nisi quod lex tua... Grande coisa é ser dirigido pela sabedoria divina. 3.º Ponto. — Perturbação da vista. Esperança falaz. Repouso em Deus. Peroração. — Carnaval. 2ª redação. — A natureza deu por limites: a fraqueza às crianças, e a razão aos homens. O mau: Robustus puer — Posse quod velis... Velle quod oportet.

«Os homens sentem maior prazer com o que alcançam do que com o que já possuem»

Cogitavi vias meas, et converti pedes meos in testimonia tua Estudei os meus caminhos, e finalmente segui aquele que me foi indicado pelos vossos testemunhos (Sl 118, 59)

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A Paz na Dor

Meditação para o Dia 26 de Novembro

Nas grandes dores do coração e de nossa alma, nada podem os homens sem Deus. Só Deus, que envia o sofrimento, é de uma doçura inefável.

“O mundo vê a cruz – diz São Bernardo – mas não vê a unção”

Louis Veuillot, esse homem de uma fé viva e ardente, consolava-se, na morte de seus filhos, dizendo:

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“Sursum Corda!”

Meditação para o Dia 25 de Novembro

Deus separa agora o que Ele uniu, mas para reunir tudo depois numa vida melhor e eterna. Logo se há de romper o véu que nos encobre a visão Divina, e no Senhor veremos os que choramos saudosos. Que pensamento consolador!

“Fico sempre comovido – escreveu Lamenais – quando leio, na Escritura Sagrada, aquelas histórias ingênuas dos dias antigos, no tempo dos patriarcas. Tempo feliz em que os homens viviam e morriam com tanta calma, como quem dorme depois de um dia fatigante e laborioso”

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O Amante da Cruz

Meditação para o Dia 24 de Novembro

São João da Cruz foi uma imagem viva de Jesus Crucificado. A Igreja o proclama “exímio amante da cruz”. Sofria ele um contínuo martírio. No corpo, longas e dolorosas enfermidades. No coração, golpes de desprezo e ingratidões de amigos e beneficiados seus. Quantas calúnias, insultos e desprezos não suportou em toda a vida! E, corajoso, alegre, por se assemelhar ao Divino Mestre Crucificado! Ouvi estas palavras de tão grande mestre:

“Desejais gozar neste mundo. Se soubésseis como é glorioso para Deus e útil para vós sofrer; nunca havíeis de procurar em parte alguma o gozo, as alegrias desta vida. Ao invés, olharíeis a cruz que Deus vos põe aos ombros como de todas as graças a maior”

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Deus tomou o que lhe Pertencia!

Meditação para o Dia 23 de Novembro

Morreu-nos algum ente querido. Sentimo-lo, e isto é natural. Mas, sem grave injustiça, não podemos revoltar-nos contra Deus. Cabem-nos, respeitosamente, nos lábios, um grito de dor, os gemidos que o golpe nos obriga a dar. A blasfêmia, nunca! Deus tem direito ao que lhe pertence. Viemos de Deus e para Ele voltaremos. É a ordem da criação. Os que morreram voltaram para o seu Senhor. Por mais que os amássemos aqui, não nos pertenciam.

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Domingo da Septuagésima

Domingo da Septuagésima - Sermão sobre a eminente dignidade dos pobres na Igreja Sermão sobre a eminente Dignidade dos Pobres na Igreja

Este discurso, que é um Sermão de Caridade em toda a extensão do termo, não conclui, como poderá ver-se, pela Ave-Maria tradicional. Os editores são unânimes em afirmar com Floquet que este sermão foi pregado no Seminário das Filhas da Providência, estabelecimento situado junto do Val-de-Grace. Lachat, afirmativo sempre, menciona os nomes de senhoras ilustres, na presença das das quais falou Bossuet. A data deste discurso não pode precisar-se ao certo, nem o lugar onde Bossuet o pronunciou é rigorosamente o seminário das Filhas da Providência. No verso de duas cartas que vieram de Sedan para Metz, e que foram remetidas de Metz para Paris, acham-se escritas duas páginas deste sermão. O sinete duma dessas cartas tanto pode ser o da famílias de Bouillon, como o dos Schombergm, como até o do marechal Fabert. (Gazier) - Ms. Tomo XI, pag. 269 - Déforis, IV, 536. - Lachat, VIII, 125. - Gandar, pag. 161.

Pregado em Paris, em fevereiro de 1659.

SUMÁRIO

Exordio. — A subversão das condições que o Salvador nos anuncia na passagem do Evangelho, que serve de tema a Bossuet, começou já nesta vida. Proposição e divisão. — O orador desenvolve três pensamentos que se opõem ao que decorre no mundo e na Igreja, que é o reino de Jesus Cristo. No 1° prova que a maior grandeza pertence aos pobres, que são os primogênitos da Igreja, os seus verdadeiros filhos; no 2° que os ricos são os servos dos pobres; e no 3° que são os pobres que têm as graças e as bênçãos do céu, e só por intervenção deles é que as podem ter os ricos. 1.º Ponto. — A Igreja é realmente a cidade dos pobres, por que nos seus princípios só foi edificada para eles. Difere, portanto, da Sinagoga na ausência das riquezas e da abundância que são as partilhas desta. É isto o que nos faz compreender o Salvador, quando diz: Beati pauperes, quia vetrum est regnum Dei. Deve-se, pois, amar e respeitar os pobres, ainda mesmo quando se lhes faz uma esmola, porque são eles os primogênitos da família de Jesus Cristo. 2.º Ponto. — Jesus Cristo não necessita para Si dos favores dos ricos, mas necessita deles para os Seus pobres, de quem serve de medianeiro junto dos grandes deste mundo. Portanto, os ricos devem considerar uma honra o fato de serem os servos dos pobres; porém, valendo-lhes nas suas misérias, valem ao próprio Jesus Cristo. Além disso, devem servi-los com grande prazer e gratidão, pois aliviam assim o fardo das suas riquezas, que, aliás, os arrastaria ao abismo. 3.º Ponto. — Em todos os reinos há privilegiados. Os privilegiados do reino de Jesus Cristo são os pobres, porque é na pobreza que reside a magnificência desse reino. Todos os benefícios são prometidos aos pobres; aos ricos só cabem maldições: Vae vobis divitibus. Peroração. — Posto isto, será necessário que os ricos procurem o meio de que os pobres se interessem por eles? E como? Por meio de esmolas: Peccata tua eleemosynis redime.

Erunt novissimi primi, et primi novissimi Os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos (Mc 20, 16)

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