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Author page: Gabriel

Necessidade de Trabalhar para a Salvação da Alma

1º Domingo do Advento - I. Necessidade de Trabalhar para a Salvação da Alma

I. Sermão para o 1º Domingo do Advento

Pregado a 29 de novembro de 1665, com a assistência do rei e da corte.

SUMÁRIO

Exordio. A Igreja fala-nos no juízo final com o fim de nos excitar a trabalhar para a nossa salvação e a velar por todas as nossas disposições e ações. Proposição e divisão. Eu hei de combater o sono, que nos insensibiliza para o trabalho da nossa salvação, e a languidez que, além de nos tornar indolentes, não nos deixando agir, ainda nos conduz de novo ao sono. 1.° Ponto — Adormecermos na indiferença a respeito da grande obra da salvação, é cometer o crime de ateísmo, porque, aqueles que não creem em Deus, também não admitem que outros creiam verdadeiramente nele. Deus não dá logo o castigo porque é misericordioso e eterno. O sono letárgico dos pecadores já é um castigo terrível. Ai de ti, pecador indiferente: Thesaurisas tibi iram. 2.º Ponto — Nós devemos consagrar à grande obra da nossa salvação todos os instantes porque a morte há de arrebatar-nos como se fosse um rapinante. A juventude, em vez de ser um tempo de dissipação e de desregramento deve, pelo contrário, ser um tempo de colheita. Peroração — Receai a insensibilidade e praticai a vigilância contínua. Real Senhor, de que vos serviriam as vossas conquistas e a vossa grandeza, se não trabalhásseis em obras que merecem ser escritas no livro da vida. Deus compõe um diário da nossa vida, e nós devemos nos esforçar por embelezá-lo.

Hora est jam nos de somno surgere Já é tempo de despertarmos do nosso sono (Rm 13, 11)

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Misericórdia para os Misericordiosos

Meditação para o Dia 04 de Novembro

Deus, que julgará “as justiças da terra”, no dizer do salmista, há de, também, usar de misericórdia para com os misericordiosos. É da Escritura, que a caridade cobre a multidão dos pecados, isto é, que ela cobre, não alguns pecados, apenas, mas “a multidão dos pecados” (1Pd 4,8). Que motivo de confiança na misericórdia Divina terá todo aquele que neste mundo usar de misericórdia para com seu próximo! A caridade faz milagres. A esmola redime, sobe ao Trono Divino e faz descer sobre o coração generoso de quem a deu todas as bênçãos do Céu.

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Ressurreição Final

Ressurreição Final - Sermões de Bossuet

III. Sermão da Ressurreição Final - Dia de Finados

SUMÁRIO

Exordio. A morte é obra do pecado e do demônio. Jesus Cristo, destruindo o pecado, triunfa da morte. Proposição, divisão. Nós devemos concorrer para a operação da graça que nos ressuscita pela palavra, pelo corpo e pelo espírito de Jesus Cristo. 1.° Ponto — Dirigem-se duas palavras aos mortos, porque há duas partes no homem e ambas têm a sua morte: assim como o corpo morre quando perde a sua alma, assim o espírito morre quando perde o seu Deus. Deus há de reconstituir o corpo que serviu a alma e há de reuni-los tomo o requer a sua sabedoria. 2.° Ponto — O corpo de Jesus Cristo é o modelo, o penhor e o princípio da ressurreição do nosso corpo. 3.° Ponto — O Espírito Santo habita em nossas almas. Há como que um sagrado enlace entre o nosso espírito e o espírito de Deus. Nesta união o corpo acompanha a alma como sendo uma parte do seu dote. O espírito que ressuscitou Jesus Cristo há de ressuscitar-nos também. Peroração — Desprendamo-nos da vida, da saúde e da vaidade, e morreremos sem aflição para ressuscitar com glória.

Novissima inimica destruetur mors O último inimigo a ser destruído há de ser a morte (1 Cor 15, 26)

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Os Esquecidos

Meditação para o Dia 03 de Novembro

Quando morremos, vamos para aquela região que o salmista denomina Terra Oblivionis - “Terra do Esquecimento”. Já Santo Agostinho dizia, com mágoa:

“Oh! Como nos esquecemos dos nossos mortos!”

E São Francisco de Sales acrescentou:

“Não nos lembramos bastante dos nossos mortos; tanto é assim que não falamos muito deles. Fugimos do assunto como de uma coisa funesta”

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Deus será tudo em todos

II. Deus será tudo em todos

II. Sermão para a Festa de Todos os Santos

SUMÁRIO

Exordio. Desenvolvimento do texto. Deus é tudo pela imensidade da sua essência, está em todos pela incompreensível fecundidade com que se comunica. Proposição e divisão. Para tornar o homem feliz, devemos dar-lhe a verdade, a alegria e a paz. No céu teremos: 1.° A presença de Deus, o verdadeiro e mais nobre exercício do nosso espirito; Neste 1.º Ponto - Os bem-aventurados possuem pela presença de Deus a verdade sem erro, sem dúvidas, sem fadigas. Felizes, os que têm o coração puro, porque verão a Deus devendo purificar-se neste mundo. 2.° No gozo de Deus, a perfeita alegria dos nossos corações; Neste 2.º Ponto - As alegrias do mundo não passam de ilusões. No céu, a nossa alma flutuará eternamente na mais nobre e perfeita alegria. Aspiremos a essa alegria. 3.° Na tranquila posse de Deus, a imutável firmeza do nosso repouso. Neste 3.º Ponto - No céu eternos repousos. A nossa paz não será perturbada como neste mundo. Peroração. Meditemos esta felicidade. Votos pela glória e pela felicidade do rei neste mundo e no outro.

Ut sit Deus omnia in omnibus. Deus será tudo em todos. (I Cor 15, 28)

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Pensamentos Consoladores do Purgatório

Meditação para o Dia 02 de Novembro

Segundo um dos biógrafos de São Francisco de Sales, o santo dizia e sempre repetia que, em sua opinião, devemos tirar mais consolação do que temor do pensamento do Purgatório. Verdade é que, naquele lugar de expiação, são tão grandes os tormentos que não se lhes podem comparar as maiores dores desta vida. Mas também as alegrias interiores são lá de forma tal que não há neste mundo prosperidade nem alegria que as igualem. E quereis saber por que consola o pensamento do Purgatório?

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Bem-aventurança dos Santos

I. Bem-aventurança dos Santos. Realização da Obra de Deus

I. Sermão para a Festa de Todos os Santos

SUMÁRIO

Bem-aventurança dos santos, realização da obra de Deus. Glória de Jesus Cristo e o amor de Deus Pai a iluminá-los. Ego claritatem quam dedisti mihi, dedi eis (Jo17, 22). Dilectio qua dilexisti me in ipsis sit, et ego in eis ( Jo 17, 26) Deus ampliará as almas para que possam ter uma felicidade, suprema e uma alegria sobrenatural. Advocabit cœlum desursum et terram discernere populum suum (Sl 49, 4)

Omnia vestra sunt, vos autem Christi Tudo é vosso e vós sois de Jesus Cristo, diz São Paulo falando aos justos. (I Cor. 3, 22-23)

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O Céu! O Céu!

Meditação para o Dia 01 de Novembro

Como nos faz bem o pensamento do Céu! Ajuda-nos a sofrer e nos enche de esperança! Escrevia Santa Teresinha à sua irmã:

“Tenho sede do Céu, dessa mansão bem-aventurada, onde se amará Jesus sem restrições! Mas, para lá chegar, é preciso sofrer e chorar; pois bem! Quero sofrer tudo o que aprouver ao meu Bem-Amado, quero deixar que Ele faça de sua bolinha o que quiser!” (1)

Logo estaremos na eternidade e veremos plenamente realizado, conforme nosso ardente desejo, o nosso sonho de eterna felicidade! Não nos impacientemos! “A figura deste mundo passa” – diz o profeta Isaías (Is 64, 4) –, e passa depressa.

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A Oração dos Enfermos

Meditação para o Dia 31 de Outubro

O enfermo se purifica no sofrimento. Por oração lhe bastam estas palavras, muitas vezes repetidas:

“Meu Deus! Meu Pai! Faça-se a Vossa Santíssima Vontade!”

Basta que as recite mentalmente, se não o puder fazer com os lábios. O essencial é que saiam do coração. Aliás, o sofrimento já é em si uma oração. Que fazer a criatura se lhe tirar Deus a saúde e a reduzir a um estado penoso e difícil de inação? Blasfemar? Não, mas, pelo contrário, recitar esta jaculatória de amor resignado e confiante:

“Bendito seja Deus!”

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Servir por Amor

Meditação para o Dia 30 de Outubro

O filho serve ao pai como filho e não como escravo, sem temer o castigo nem esperar recompensa. Quer agradar ao pai e dar-lhe prova de amor filial. Amor por amor! Para o coração verdadeiramente amante, a única recompensa para o amoré o próprio amor. É com afeto filial que devemos servir a Deus. Para nos provar que esse dom de piedade filial nos é dado pelo Divino Espírito Santo, diz São Paulo na epístola aos Romanos:

“Não recebemos o espírito de temor e de escravidão, mas o de adoção de filhos de Deus, em virtude de que O chamamos de Pai”

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