Meditação para o Dia 14 de Setembro
A venerável Mechtilde do Santíssimo Sacramento escreveu:
“A invenção da Santa Cruz é uma festa comum para todos os cristãos, pois o sofrer é coisa que todo dia nos sucede. A exaltação da Santa Cruz é, pelo contrário, uma festa muito rara, porque poucas são as almas que louvam e exaltam a cruz, com cuja imposição lhes manifesta Deus o poder da sua graça.”
A cruz será exaltada no dia do Juízo, naquele vale em que todos havemos de comparecer; essa cruz que será vista, com inefável alegria, pelo justo que ela salvou e redimiu! A cruz é inevitável. Porque não aceitá-la, pois, com amor? Vivamos numa perpétua exaltação da santa cruz. Exaltemos essa cruz tão desprezada e injuriada, essa cruz que tamanho horror causa à nossa extrema delicadeza e imensa sensualidade. O Apóstolo São Paulo dizia:
“Livre-me Deus de me gloriar de outra coisa que não seja a cruz de Jesus Cristo!”
Não nos assuste a cruz.
“O medo da cruz – disse o santo Cura D’Ars – é a nossa maior cruz.”
Exaltemos a cruz que Nosso Senhor nos destinou, manifeste-se ela por doença, morte, luto, calúnia, perseguição, provações interiores, pelo que for! Só pela cruz nos salvará Aquele que morreu na cruz! Santa Isabel de Turíngia fez este pedido a Nosso Senhor:
“Meu Deus, cruz por cruzes!”
E Jesus lhe respondeu:
“Minha filha, Amor por Amor!”
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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 277)