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Viver de Amor no Calvário

Meditação para o Dia 21 de Setembro

Cantava, numa de suas poesias, o Serafim de Lisieux (1):

“Viver de amor não é, neste degredo,
Fixar-se no Tabor: é, com Jesus,
Subir pelo Calvário, sem ter medo,
E olhar, como o maior tesouro, a Cruz.
Hei de viver, hei de gozar lá no Empíreo,
Então terá fugido, enfim, a dor,
Mas, cá na terra, quero, em meu martírio,
Viver de amor.”

Teresa, que sempre viveu de amor, jamais se afastou do Calvário. Dois meses antes de morrer, escreveu a certo sacerdote, um de seus irmãos espirituais:

“Não aspiro libertar-me das penas do exílio, porque a única coisa que me apraz neste vale de lágrimas é o sofrimento, unido ao amor. Amar ao pé da cruz é mais belo e heroico do que amar nos esplendores do Tabor. É ali que se prova o verdadeiro amor”

E a Santinha, sentindo a nossa fraqueza, ensina-nos a sofrer, até mesmo quando, para tanto, falta-nos coragem.

“Soframos – diz ela – ainda que com amargura e sem coragem. Também Jesus sofreu com tristeza. Por acaso teria a alma possibilidade de sofrer sem tristeza? Pura ilusão é, pois, queremos sofrer generosamente, heroicamente…”

Sim, a nossa fraqueza é enorme, sendo,pois, raro e difícil, senão impossível, haver quem, como alguns santos, seja capaz de sofrer com generosidade e heroísmo. Nem por isso deixa, porém, de ser meritório nosso sofrimento; desde que o saibamos aproveitar e humildemente nos abandonemos, resignados, nas Mãos de Deus, procurando, como Teresa, VIVER DE AMOR NO CALVÁRIO.

Referências:

(1) Saint Therèse de L’Enfant Jesus – Poésies

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 284)