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Um Brado de Confiança

Meditação para o Dia 28 de Maio

O seráfico doutor São Boaventura é incomparável quando fala do Amor Divino e de Nossa Senhora. É dele este brado de confiança. O pecador miserável e pobre jamais poderá desesperar da salvação, se, penetrado de sentimentos de confiança, repetir, cheio de confiança e amor, o que diz o santo:

“Ainda que o Senhor me tivesse condenado, eu teria a certeza de que não recusaria a salvação a quem O ama e busca de coração. Eu O estreitaria em meus braços, cheio de amor, e enquanto não me abençoasse, não O deixaria. Se se retirasse, teria de levar-me consigo. Se outra coisa não pudesse fazer, esconder-me-ia nas suas Chagas e, nesse Asilo Sagrado, Ele não se há de separar de mim. Enfim, se o meu Redentor, por causa de meus pecados, atirasse-me longe de Si, lançar-me-ia aos pés de Sua Mãe e, prostrado, não me levantaria enquanto Ela não me obtivesse o perdão. Pois essa Mãe de Misericórdia não pode ser insensível às misérias de seus filhos, nem recusará atender aos infelizes que a Ela recorrem. E, se não por obrigação, ao menos por compaixão, Ela não deixaria de fazer violência ao Coração de Jesus para que me perdoe”

Que brado de confiança! É a linguagem autorizada de um teólogo e doutor da Igreja. Assim se exprimem São Pedro Damião, Santo Anselmo e, mil vezes, Santo Afonso, o apóstolo da confiança em Maria! Ó Maria, perpétuo socorro de minha perpétua miséria, tenho confiança em Vós!

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 163)

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