Dos Escritos de Santo Anselmo de Cantuária (1033-1109), monge, bispo e doutor da Igreja
Ó bom Mestre Jesus Cristo, estava eu sem amparo, não pedia nada, nem sequer pensava nisso, e a Tua luz iluminou a minha noite.
Afastaste de mim a carga que me esmagava, afastaste os que me assaltavam, chamaste-me com um novo nome (Cf. Ap 2,17), emprestando-me o Teu, o nome de cristão.
Sentia-me oprimido e Tu reergueste-me. Tu disseste-me:
«Tem confiança, Eu resgatei-te, dei a Minha vida por ti. Se quiseres unir-te a Mim, escaparás ao mal e ao abismo para onde corres, e conduzir-te-ei ao Meu Reino.»
Sim, Senhor, fizeste tudo por mim!
Estava nas trevas e não sabia nada, descia para o abismo da injustiça, tinha caído na miséria dos tempos para descer ainda mais baixo.
Quando me encontrava desamparado, iluminaste-me. Sem eu Te ter pedido, iluminaste-me. Na Tua luz, vi quem eram os outros e aquilo que eu sou; deste-me confiança e a salvação, Tu que deste a Tua vida por mim.
Reconheço-o, ó Cristo, entrego-me inteiramente ao Teu amor!