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Tag: Sagrada Escritura

Os Atos dos Apóstolos

Lição 1: Conteúdo dos Atos dos Apóstolos

O livro dos Atos refere a história da Igreja, que nasceu em Jerusalém e se propagou até Roma, ilustrando de certo modo as palavras do Senhor em At 1,8:

"O Espírito Santo descerá sobre vós e dele recebereis força. Sereis então minhas testemunhas em Jerusalém e Samaria, e até os confins da terra".

Com outras palavras: tem-se a história da igreja que passa dos judeus para os gentios, sob o impulso do Espírito Santo. Por isto Teofilacto († após 1078) dizia:

"Os Evangelhos apresentam os feitos do Filho, ao passo que os Atos descrevem os feitos do Espírito Santo".

Na verdade os Atos registram com freqüência a ação propulsora do Espírito: 2,4; 4,8.31; 6,3; 7,55; 8,29; 13,2.4.52; 15,28; 16,6...

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Evangelho segundo São João

Lição 1: O autor do IV Evangelho

Nos últimos dois séculos discutiu-se muito a autoria do IV Evangelho: tocaria a João, filho de Zebedeu e Salomé (cf. Mc 15,40; Mt 27,50; Mt 20,20), irmão de Tiago o maior (cf. Mc 1,16-20)? Depois de calorosamente debater o assunto, a crítica hoje aceita a autoria de João Apóstolo, baseada nas seguintes verificações, tiradas do texto do próprio Evangelho: 1) O autor do IV Evangelho é judeu da Palestina1. Conhecia bem a geografia da Palestina: Caná (2,1); Enom, junto a Salim (3,23); Sicar (4,5); sinagoga de Cafarnaum (6,59); Efraim (11,54); Cedron e Horto das Oliveiras (18,1); Gábata ou Litóstrotos (19,13), Betânia da Transjordânia e Betânia de Lázaro (1,28 e 11,18).

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Evangelho segundo Lucas

Lição l: Lucas, autor do 3º Evangelho

1. São Lucas não era judeu, mas gentio de Antioquia da Síria; cf.-Cl 4,10­14. Era homem culto e formado em medicina. Não se pode dizer com segurança quando se converteu ao Cristianismo. Associou-se a São Paulo em trechos da segunda e da terceira viagens missionárias; cf. At 16,10-37; 20,5-21,18. Em 60 embarcou com Paulo para Roma (At 27,1-28,16), permanecendo-lhe fiel durante o primeiro cativeiro (cf. Cl 4,14; Fm 24): Acompanhou o Apóstolo também no segundo cativeiro romano; cf. 2Tm 4,11. 2. A este discípulo a Tradição atribui o 3º Evangelho. Eis o testemunho de um dos prólogos latinos anteposto ao 3º Evangelho em fins do séc. II:
'Lucas foi sírio de Antioquia, de profissão médica, discípulo dos Apóstolos; mais tarde seguiu Paulo até a confissão (martírio) deste, servindo irrepreensivelmente ao Senhor. Nunca teve esposa nem filhos; com oitenta e quatro anos morreu na Bitínia, cheio do Espírito Santo. Já tendo sido escritos os Evangelhos de Mateus, na Bitínia, e de Marcos, na Itália, impelido pelo Espírito Santo, redigiu este Evangelho nas regiões da Acaia, dando a saber logo no inicio que os outros (Evangelhos) já haviam sido escritos”.
Estes dizeres, simples e claros, resumem os principais dados da Tradição sobre o assunto.

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Evangelho segundo Marcos

Lição 1: Marcos, autor do 2 o Evangelho

1. Marcos não foi um dos doze apóstolos, mas discípulo destes, especialmente de Pedro, que o chama seu filho (1 Pd 5,13), talvez porque o tenha batizado. São Marcos foi companheiro de São Paulo no começo de sua primeira viagem missionária (cf. At 13,5), mas não prosseguiu até o fim (cf. At 13,13). Por isto o Apóstolo não o quis levar em sua segunda expedição missionária (cf. 15,37-40). Todavia Marcos reaparece como colaborador de São Paulo no primeiro cativeiro romano do Apóstolo (cf. Cl 4,10; Fm 23s); no fim da vida, São Paulo lhe faz um elogio: "é-me útil no ministério” (2Tm 4,11). Há quem veja em Mc 14,51 uma alusão ao próprio Marcos. A tradição lhe atribui a redação do segundo Evangelho. A propósito o testemunho mais importante é o de Pápias (t 135), bispo de Hierápolis (Ásia Menor), de grande autoridade:
"Marcos, intérprete de Pedro, escreveu com exatidão, mas sem ordem, tudo aquilo que recordava das palavras e das ações do Senhor; não tinha ouvido nem seguido o Senhor, mas, mais tarde..., Pedro. Ora, como Pedro ensinava adaptando-se às várias necessidades dos ouvintes, sem se preocupar com oferecer composição ordenada das sentenças do Senhor, Marcos não nos enganou escrevendo conforme se recordava; tinha somente esta preocupação: nada negligenciar do que tinha ouvido, e nada dizer de falso" (cf. Eusébio, História Eclesiástica III, 39,15).

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Evangelho segundo Mateus

Lição 1: Mateus, autor do 1° Evangelho

1. Mateus, também dito Levi, era publicano ou cobrador de impostos. Chamado por Jesus, logo deixou tudo; cf. Mt 9,9-13; Mc 2,14-17; Lc 5,27-32. Nada mais nos dizem os Evangelhos sobre Mateus. Afirmam outras fontes que, após a Ascensão de Jesus, se dedicou ao apostolado entre os judeus; depois, terá pregado aos pagãos da Etiópia, onde deve ter morrido mártir. 2. A tradição atribui a Mateus a redação do primeiro Evangelho. Tenha-se em vista o mais antigo testemunho, que é o de Pápias, bispo na Frigia, datado de 130 aproximadamente:

"Mateus, por sua parte, pôs em ordem os logia (dizeres) na língua hebraica, e cada um depois os traduziu (ou interpretou) como pôde" (ver Eusébio, História da Igreja III 39,16).

Neste texto Pápias designa o primeiro Evangelho como dizeres, "logia", visto que realmente nesse livro chamam a atenção os discursos de Jesus, dispostos de maneira ordenada ou sistemática. Este Evangelho, escrito em língua hebraica ou, melhor, aramaica (já que o hebraico cairá em desuso no séc. VI a. C.), foi logo por diversos pregadores traduzido para o grego, já que o hebraico só era usual na terra de Israel. Vê-se, pois, que Mateus escreveu no próprio país de Jesus, tendo em vista leitores cristãos convertidos do judaísmo.

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Introdução Geral aos Evangelhos

Lição 1: Generalidades

1. A palavra "Evangelho" vem do grego "evangélion", o que significa "Boa Notícia". Entre os cristãos, este vocábulo passou a designar a mensagem de Jesus Cristo, "aquilo que Jesus fez e disse" (At 1,1). Dai fez-se a expressão "Evangelho de Cristo", que significa o Evangelho pregado por Jesus Cristo e a mensagem que Ele nos trouxe da parte do Pai. O Evangelho, segundo a linguagem do Novo Testamento, é mais do que uma doutrina; é força renovadora do mundo e do homem; produz uma nova criação, como se deduz das palavras de Jesus:

"Ide e anunciai a João o que ouvistes e vistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados" (Mt 11,4­6)

O membro final da frase "os pobres são evangelizados" resume os antecedentes: o Evangelho, levado a todos os carentes, implica a instauração de nova ordem de coisas; o homem ferido pelo pecado é redimido deste e das conseqüências deste, das quais a mais grave é a morte (ver penúltimo membro da frase citada).

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Interpretação do Texto

Lição 1: Livro humano e divino

Nas lições sobre a inspiração bíblica dizia-se que a Sagrada Escritura é, toda ela, Palavra de Deus feita palavra do homem. Disto se segue uma verdade muito importante: para entender a Escritura, duas etapas são necessárias: o reconhecimento da sua face humana, para que, depois, possa haver a percepção da sua mensagem divina. É impossível penetrarmos no conteúdo salvífico da Palavra bíblica se não nos aplicamos primeiramente à análise da roupagem humana de que ela se reveste. Isto quer dizer: não se pode abordar a Sagrada Escritura somente em nome da "mística", procurando ai proposições religiosas pré-concebidas; é preciso um pouco de preparo ou de iniciação humana para perceber o sentido religioso da Bíblia. Doutro lado, não se podem utilizar apenas os critérios científicos (lingüísticos, arqueológicos...) para entender a Bíblia; é necessário, depois do exame científico do texto, que o leitor procure o significado teológico do mesmo. Interpretação quer dizer "explicação, comentário" (Aurélio). Em grego a arte de interpretar é dita "HERMENÊUTICA".

Examinemos mais detidamente cada qual das duas etapas acima assinaladas.

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As Santas Escrituras segundo a fé da Igreja de Cristo

Dom Henrique Soares da Costa

Por Dom Henrique Soares da Costa

Amigo, vai aqui um pouco de catequese para que nossas ideias sejam realmente católicas, fieis à constante Tradição Apostólica presente na Igreja de Cristo: A Bíblia não é um livro único; é uma coleção de 73 escritos, produzidos num arco de cerca de 1.300 anos. Neles, nesses livros, está contida a Palavra de Deus, porque foi o próprio Espírito do Senhor quem, misteriosamente, como só Ele sabe fazer, inspirou tudo quanto os autores sagrados escreveram. É um incrível e admirável mistério: por trás das palavras humanas dos autores daqueles textos está a Palavra única do próprio Deus!

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