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Bondade de Deus

Bondade de Deus, Tesouros de Cornélio à Lápide

Deus é a própria bondade por natureza

O próprio Deus é a bondade, é fazer o bem... Não é Deus quem nos impõe os males, e os suplícios que sofremos; somos nós quem os atraímos. São Paulo chama a Deus “Pai das Misericórdias”: Pater misericordiarum (2 Cor 1, 3). E o é com justiça, diz São Bernardo; porque Deus não e o Pai das condenações, e dos castigos. É Ele o Pai das Misericórdias, porque, por natureza, é causa e origem do bem. Os juízos severos e os castigos vêm de nós; nossos pecados no-los atraem (Serm. V, in Nativ. Dom.). Deus é o Pai das Misericórdias. Nossas misérias são tão grandes e multiplicadas, que o real profeta Davi não pede a Deus que nos trate segundo sua misericórdia, senão segundo a multidão de suas misericórdias: Secundum multitudinem miserationum tuarum, dele iniquitatem meam (Sl 4, 3). Eis que o Senhor sairá de sua morada, e descendo de seu trono atropela as grandezas da terra, diz o profeta Miqueias: Ecce Dominus egreditur de loco suo, et descendet, et calcabit super excelsa terrae (Mq 1, 3).

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Blasfêmia

Blasfêmia, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é a blasfêmia e sua atrocidade

A blasfêmia é uma palavra injuriosa feita a Deus, à Sagrada Virgem, aos Santos, ou às coisas santas. Não profaneis o nome do vosso Deus: Nec pollues nomem Dei tui (Lv 18, 21). Seja castigado com a pena de morte o blasfemo do nome do Senhor: Qui blasphemaverit nomem Domini, morte moriatur (Lv 24, 16). Sabeis, diz Isaías, de quem blasfemastes, e contra quem levantastes a voz? Contra o Santo de Israel: Quem blasphemasti, et super quem exaltasti vocem? Ad Sanctum Israel (Is 32, 23). Aqueles que blasfemam de Jesus Cristo que reina no céu não são menos pecadores que aqueles que O crucificaram na terra, diz Santo Agostinho[1].

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Batismo

Batismo, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é o Batismo?

O Batismo é o sacramento que apaga o pecado original, faz-nos filhos de Deus e da Igreja. O Batismo é a cruz de Jesus Cristo aplicada sobre nossos ombros. Por meio do Batismo, somos crucificados com Jesus Cristo. Mas a cruz é a morte e a destruição dos pecados.

Necessidade do Batismo

Em verdade eu te digo, ninguém, senão aquele que nasça de novo, poderá ver o Reino de Deus, disse Jesus Cristo a Nicodemos: Amen, amen, dico tibi, nisi quis renatus fuerit denuo, nom potest videre regnum Dei (Jo 3, 3). E para provar que fala aqui do Batismo e de sua necessidade, acrescenta: Em verdade, em verdade te digo, se alguém não renascer da água e do Espírito Santo, não poderá entrar no Reino de Deus (Jo 3, 5). Por este motivo deu aquela ordem a seus apóstolos: Ide, pois e ensinai a todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo: Euntes ergo docete omnes gentes, baptizantes eos in nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti (Mt 28, 19).

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Jejum e Abstinência

Jejum e Abstinência, Tesouros de Cornélio à Lápide

Necessidade do jejum e da abstinência

Seja na Antiga Lei, seja na Nova, Deus ordena o jejum. A Igreja faz dele um preceito. Tirai a lenha do fogo, se quereis que mingue a chama, diz um poeta: Subtrahe ligna foco, si vis restinguere flammam. Mas, a concupiscência é um fogo devorador; é, pois, preciso fazer a carne jejuar. Muito melhor é para vós, diz São Jerônimo, que padeça melhor vosso estômago que vossa alma; vale muito mais mandar sobre a carne do que lhe obedecer; vacilar com pé incerto e débil, que cair em impurezas. É com o rigor dos jejuns e das vigílias que se podem afastar os dardos envenenados do demônio: morto está aquele que vive em meio das delícias[1]. O mesmo Platão proibia comer carne duas vezes ao dia e saciar-se (Lib. de Legib.).

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Avareza

Avareza, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é avareza?

As riquezas, diz Santo Ambrósio, chamam-se assim porque dividem ou rasgam a alma: Dives dicta sunt, eo quod dividant, distrahantque mentem (Serm. V). A palavra avaro significa ávido de ouro, diz Santo Isidoro: Avarus, quasi auri avidus (Lib. X, Origine). Ser avaro, diz Santo Agostinho, não é somente amar o dinheiro, senão perseguir algo com imoderado ardor. Quem quer que deseje mais do que necessita, é avarento[1].

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Apóstolos

Apóstolos, Tesouros de Cornélio à Lápide

Porque os Apóstolos são em número de doze?

Jesus Cristo escolheu doze Apóstolos e tão somente doze, para representar aos doze Patriarcas, filhos de Jacó. E como os doze Patriarcas foram os pais do povo judaico, os doze Apóstolos foram os pais espirituais do povo cristão. Este número de doze, diz Santo Tomás (Caten. Aur.), estava significado pelos doze filhos de Jacó, pelos doze príncipes dos filhos de Israel, pelas doze fontes de Elim, pelas doze pedras do Efod, pelos doze pães da proposição, pelos doze espiões, pelas doze pedras tomadas no Jordão com as quais se construiu um altar, pelos doze bois que sustentavam a fonte de bronze, pelas doze estrelas que formam a coroa da Esposa de que nos fala o Apocalipse, pelos doze fundamentos da cidade celestial, pelas doze portas de Sião.

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Anjos

Anjos, Tesouros de Cornélio à Lápide

Há Anjos e eles existem em grande número

A Sagrada Escritura testemunha a existência dos anjos. Muitas passagens, tanto do Antigo, como do Novo Testamento, comprovam-no. O número dos anjos é muito grande. Se alguém tem cem ovelhas, diz Jesus Cristo, e uma delas se extravia, não deixa as noventa e nove restantes na montanha e não corre a buscar a que se extraviou? (Mt 18, 12). Pelas noventa e nove ovelhas, os Santos Padres entendem os anjos que perseveraram, e pela ovelha perdida, entendem o gênero humano. Quão grande é, pois, o número dos anjos, posto que são comparados com as noventa e nove ovelhas.

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Amor ao próximo

Amor ao próximo, Tesouros de Cornélio à Lápide

O que é a caridade

A caridade não é outra coisa que a boa vontade, diz Santo Agostinho: Quid aliud est caritas quam bona voluntas? (De Morib.). Por sua essência, a caridade, diz São João Clímaco, tem tanta semelhança com Deus, quanto podem perceber os mortais. Por sua eficácia, é uma espécie de embriagues da alma; enfim, suas propriedades são ser o fundamento da fé e o sustento de uma alma paciente (Grado 5°).

Necessidade da caridade

Amareis ao Senhor vosso Deus com todo vosso coração, com toda a vossa alma e todo vosso espírito, disse Jesus Cristo em São Mateus. Este é o maior e primeiro dos mandamentos (Mt 22, 37-38). Porém, eis aqui um segundo, semelhante àquele: Amareis a vosso próximo como a vós mesmos: Diliges proximum tuum sicut te ipsum (Mt 22, 40).

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Amor a Deus

Amor a Deus, Tesouros de Cornélio à Lápide

Há dois amores

Há dois amores: o amor à concupiscência ou amor imperfeito; e o amor de pura caridade ou amor perfeito. Por meio do amor de concupiscência ou imperfeito, dedicamo-nos a agradar a Deus somente para que nos dê a recompensa da glória eterna. Este amor é bom, porém trata-se muito mais de um ato de esperança que de um ato de caridade. O amor perfeito, pelo qual nos esforçamos a agradar a Deus e queremos nos submeter à sua vontade, consiste em amar-lhe unicamente por ser Ele quem é, e não pela recompensa que aos bons promete. Este amor é propriamente a caridade perfeita.

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Ambição

Ambição, Tesouros de Cornélio à Lápide

A ambição é um veneno. Desgraças que a causam

A ambição, diz São Bernardo, é um mal sutil, um veneno secreto, uma enfermidade oculta; é um artefato fraudulento, a mãe da hipocrisia, o princípio das chagas profundas, a origem de todos os vícios, a traça da santidade, a cegueira dos corações; converte os remédios em veneno capaz de produzir enfermidades e sustentar seu incremento[1]. A ambição cega o homem e rouba-lhe a razão. A ambição é manancial das disputas, de todos os ódios, das guerras e das injustiças. É a mãe da pobreza e da indigência.

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