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O Peregrino Louco

Meditação para o Dia 08 de Fevereiro

Tudo nos indica que aqui não temos moradia permanente. No dizer do Apóstolo: Non habemos hic manentem civitatem – Somos peregrinos, viajores, com destino ao porto da Eternidade e à morada do Céu.

A Igreja nos chama “viator”, viajante, caminhante. À Sagrada Eucaristia dá a São Tomás de Aquino o nome de “Pão dos Anjos” e “Pão dos Viajantes”.

Ecce panis angelorum factus cibus viatorum

Peregrinos em terra estranha, no exílio, longe da verdadeira pátria, que podemos esperar senão amarguras, desprezos e lágrimas? Pode alguém ser feliz no exílio? Na “Salve-Rainha” gememos:

“A Vós bradamos os degredados filhos de Eva”

Só depois do exílio é que Maria nos há de mostrar a Jesus, bendito fruto de seu ventre. Já que somos peregrinos, por que procurar loucamente, na terra, uma felicidade que não existe? Se um peregrino, em viagem para a sua pátria, onde o esperam os pais ricos e carinhosos, os amigos, a paz e a fortuna, se deixasse ficar pelas estradas e se metesse por estradas tortuosas, em busca de aventuras e tesouros fantásticos que só existem na imaginação e na lenda, não seria louco e não se perderia? Ah! Somos também assim. E nossa loucura é maior, porque se trata da verdadeira pátria e dos tesouros imperecíveis da Vida Eterna!

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 49)