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Nossa Esperança

Meditação para o Dia 27 de Novembro

Há homens materializados, pagãos, sem esperança alguma além-túmulo. Julgam encontrar alívio no pensamento de uma aniquilação total da criatura humana após a morte. É a esperança pagã. A esperança dos gentios, diz Santo Ambrósio, é que a morte faça acabar todos os males. E, como tiveram uma vida estéril, assim, dizem, a morte será apenas o fim de uma carreira de sofrimentos a que estávamos presos. Quanto a nós, cristãos, mais generosos, pela esperança na recompensa, somos mais resignados, porque temos motivos de consolação. Não cremos ter perdido, mas apenas enviado um pouco antes de nós os que morreram, não como vítimas para a morte, mas como cidadãos para a Eternidade! Não julgueis assim com tanta crueldade os nossos mortos! Eles não são apenas esse barro vil, esse monturo de vermes que ali estão na sepultura. A bela e grande alma, que o Criador lhes deu, é imortal e vive e espera, talvez, a vossa piedade, a vossa oração, no Purgatório. Não, mil vezes não! Nem tudo acaba na morte! A morte nunca foi aquele aniquilamento estúpido que prega o materialismo. Seria um desespero passar assim pela vida, à espera só de um túmulo, de um monturo de vermes e um punhado de cinza! Deus não nos criou para o aniquilamento, mas para a Sua Glória e para o Seu Amor, isto é, para a felicidade eterna!

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 354)

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