Meditação para o Dia 16 de Outubro
1. “Não queirais ajuntar para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e a traça os consomem e onde os ladrões os desenterram e roubam“. Jesus, ao exortar-nos para não ajuntar tesouros na terra, quer o nosso proveito. Na terra não existe o que possa saciar a sede de felicidade do coração. Os bens da terra são ilusórios; todos são breves e limitados, muito perigosos, outros diretamente nocivos. Se esta noite te pedissem tua alma, o que te valiam todos os prazeres desfrutados hoje, ontem e nos outros dias do passado, todas as honras gozadas, todos os bens acumulados?
2. a) “Mas ajuntai para vós tesouros no céu“. O céu é a tua pátria; para lá tens de caminhar. Negar-te-ão, porém, entrada, se não enviares para lá, de antemão, tesouros eternos, isto é, obras boas. Na eternidade é impossível adquirir alguma coisa; o tempo atual e, portanto, precioso.
b) Algumas moedas ainda não formam um tesouro; o mesmo se dá com as boas obras. Não deves ajuntar algumas, mas tantas que formem um tesouro, no rigor da palavra, e digno de figurar entre os tesouros dos Santos.
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(Sinzig, Frei Pedro. Breves Meditações para todos os Dias do Ano. 8ª Ed. Editora Vozes, 1944, p. 304)