Meditação para o Dia 11 de Agosto
1. Nada é mais custoso do que amar a quem ofende. Rebela-se o interior, opõe-se o amor próprio, e o coração insiste em seu direito. Todavia, é preciso, e não há que fugir a este dever.
“Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos têm ódio e orai pelos que vos perseguem e caluniam”
Este amor e este perdão são como que uma condição do perdão divino:
“Perdoai-nos as nossas dividas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”
2. Em geral trata-se de ofensas pequeninas. Julgas estas bastantes para intrigar corações e semear inimizades? Não vês que é orgulho, amor próprio e ciúme o que tens por excitação justa e por defesa de tua dignidade e honra? Falas em afrontas. Se Deus fosse tão suscetível, se Ele tão dificilmente perdoasse, que seria de ti? Quantas vezes exiges misericórdia de Deus, negando-a ao próximo! Onde a tua humildade, se continuas a guardar aversão contra quem te melindrou? Que diferença entre ti e Jesus, o Filho de Deus! Lembra-te da morte e deixa de ser hostil. Perdoa, e a ti te será perdoado.
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(Sinzig, Frei Pedro. Breves Meditações para todos os Dias do Ano. 8ª Ed. Editora Vozes, 1944, p. 238)