Meditação para o Dia 23 de Novembro
1. “Então lhe disse um da turba: Mestre, dize a meu irmão que divida comigo a herança“. O amor desordenado aos bens da terra muitas vezes é a causa de discórdias mesmo entre aqueles que mais se devem amar. Valem, na realidade, tanto? Aquele homem, que a Jesus devia ter pedido a herança eterna, preferiu pedir os bens passageiros da terra. Que triste cegueira! Qual é o principal objeto de tuas orações? Negócios e desejos temporais ou a maior perfeição cristã? Amando demasiadamente riquezas e honras deste mundo, estás em perigo de ser pobre e desprezado na eternidade.
2. Jesus não quis meter-se num litígio que as leis regulam e os tribunais julgam:
“Homem, quem me constituiu juiz ou partidor vosso?”
“Com razão“, diz Santo Agostinho, “quem veio do céu para adquirir-nos bens divinos, negou-se a imiscuir-se na partilha de bens terrestres“. Jesus, querendo desprender da terra os corações, acrescentou:
“Guardai-vos e acautelai-vos de toda a avareza”
O mundo chama feliz a quem muito possui e goza; Jesus, a quem por amor a Ele é pobre e sofre. Lembra-te que Jesus um dia te julgará segundo Suas máximas, não segundo as do mundo.
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(Sinzig, Frei Pedro. Breves Meditações para todos os Dias do Ano. 8ª Ed. Editora Vozes, 1944, p. 342)