Meditação para Dia 16 de Janeiro
1. Jesus no presépio é objeto de inefável assombro. O Criador é alimentado e enfaixado por usa criatura. O Verbo eterno não fala, soltando apenas os vagidos próprios duma criança. Quem sustenta o mundo, tem os bracinhos fracos, as perninhas vacilantes. A Sabedoria incriada parece ignorante; a Onipotência divina – inerme; a Autoridade suprema – de extrema dependência. Poderá haver maior humildade?… Durante longos anos? E por quem tudo isso? Não te impõe deveres sagrados a gratidão?
2. Jesus, no presépio, trabalha por nossa salvação. Ligado com as faixas, apresenta-se vítima ao Pai. Reza; ao oitavo dia derrama seu sangue na circuncisão; sujeita-se à humilhante fuga para um país distante e de língua e costumes diferentes. Não satisfeito com estes sacrifícios, estende-se seu zelo, seu amor, sua satisfação por todos os países e por todos os séculos. Se Jesus tivesse vindo revestido de sua divina majestade, talvez tivesse inspirado temor. Vem, porém, criança, para que o amem. Passarás indiferente diante de tantas provas reais de amor?
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(Sinzig, Frei Pedro. Breves Meditações para todos os Dias do Ano. 8ª Ed. Editora Vozes, 1944, p. 30)