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Magna Lumen

Qual lâmpada do Sacrário eu quero ficar a esperar pela volta do meu Senhor. Quisera eu pudesse ser como a frágil, trêmula e persistente luz, que noite e dia, ilumina o tabernáculo do Senhor. Sempre rodeado por flores perfumadas, a vista de todos, santos e pecadores, que diante de Deus vão fazer-se contritos.

A lâmpada do Sacrário representa a esperança de tantos, que dia e noite, confiam suas preces ao Senhor. Diante dela o sábio dos sábios curva-se e os maiores dos homens ajoelham-se. Qual luz que iluminou o sepulcro onde repousou o Senhor por três dias, é hoje o indicativo de que Cristo vive e ali está presente.

A função da lâmpada nada mais é que a de iluminar, de clarear as trevas da inteligência humana, a escuridão da alma e trazer vida a noite escura. Mostrar que em meio às trevas da incerteza, há a Luz de Cristo a iluminar, a mostrar-nos o caminho que nos leva ao Pai.

A chama da luz do Sacrário é frágil, pois representa a humanidade com suas imperfeições e debilidades. Suas quedas, quando vem um vento forte e reerguimento quando vem a bonança. A vida é um eterno lutar contra os ímpetos dos ventos para manter-se aceso.

Entre as demais lâmpadas que nos iluminam, não pode haver maior que aquela que passa a eternidade a iluminar seu Senhor, que se gasta e consome-se para indicar a existência de Deus. Para dizer com seu brilho: “Ele está aqui”. É magna, porque indica a presença de Deus, é luz porque traz um brilho de esperança aos corações dos homens.

Pudera também eu, ficar ali, há esperar o dia tão ansiado em que meu Senhor retornará, e soprando sobre mim o hálito da vida me consumirá. E assim, Ele e eu, seremos uma só chama de amor.

Ir. André Luiz Oliveira – C.Ss.R.
Mariólogo e escritor