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Coração Grande e Pequenino

Meditação para o Dia 17 de Setembro

Uma santa indiferença para com tudo que não seja Deus é o ideal da perfeição, que os autores da vida espiritual preconizam e nos incitam a conseguir. Santa Teresinha bem cedo o alcançou. Escrevia ela à Madre Inês:

“Se soubésseis até que ponto quero ser indiferente às coisas da terra! Que me importam as belezas criadas? Ter-me-ia como bem desgraçada se as possuísse! Ah! Como me parece grande, o coração em, relação aos bens deste mundo, pois todos juntos são para mim sem valia; mas como me parece ele pequenino quando considero a imensidade de Jesus” (1)

Nosso coração padece por ser grande, por ter proporções infinitas, criado como foi para o que é grande, imenso, infinito… Não haverá neste mundo o que o possa encher. No auge da glória, da riqueza, do prazer, o homem se sentirá sempre uma criatura infeliz. Salomão e Creso, porventura acharam paz na riqueza? Criados como fomos para Deus, fora de Deus seremos eternamente desgraçados. Só um caminho nos conduz à felicidade: Jesus! Ele é caminho, verdade e vida. Como, diante de Jesus, é pequenino e humilde o nosso coração, esse mesmo coração que foi criado para Ele, com tamanhas proporções que não o podem alegrar nem encher todas as ilusões do mundo e do pecado!

Referências:

(1) “Conseils et Souvenirs”

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 280)