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Catolicismo

Catolicismo

Estudos sobre a Fé e a Doutrina Católica por meio de documentos da Santa Igreja, livros de espiritualidade, videos e etc. Selecionados para aprofundarmos ainda mais em nosso amor a Jesus Cristo!

História da Igreja 4ª Época: Capítulo VI

Milagre do Santíssimo Sacramento em Turim

A história eclesiástica, como já vimos, conta muitos milagres, operados por Deus, confirmando a presença real de Jesus Cristo na Santíssima Eucaristia. Um destes aconteceu em Turim tão pública e solenemente, que mereceu esta cidade o título de Cidade do Sacramento. Ao anoitecer do dia 6 de junho de 1453, passavam por Turim alguns ladrões, que conduziam um jumento carregado de mercadorias. Vinham de Exilles, lugar perto de Susa, que por graves revezes ocasionados pela guerra, tinha sido saqueado. Atreveram-se a roubar até mesmo uma igreja e levaram até a custódia com a santa Hóstia, que com outros objetos, se achava sobre o jumento. Enquanto atravessavam aqueles ímpios a cidade de Turim, ao chegarem em frente da igreja de São Silvestre, empacou o animal, parou e caiu no chão. Os que o conduziam davam-lhe fortes pancadas para fazê-lo levantar e andar, porém debalde. Neste ínterim, rompem-se as ligaduras de um pequeno embrulho, levanta-se no ar o vaso sagrado, e aparece a Hóstia santa, mais resplandecente que o sol, em presença de todos os que se achavam ali reunidos. Avisado o bispo Ludovico, da família dos marqueses de Romagnano, acode com o clero com grande acompanhamento de povo e em sua presença, abre-se e cai a custódia, ficando radiante no ar a Hóstia Divina. Então de todas as partes ouve-se a multidão exclamar: Ficai conosco, ó Senhor! Novo prodígio! A Santa Hóstia, que até então tinha ficado elevada no ar, descendo pouco a pouco até o cálice que preparara o bispo, é levada solenemente à catedral. No lugar onde se deu esse prodígio foi levantada a igreja do Corpo de Deus. Eis donde teve origem a devoção dos Turineses ao Santíssimo Sacramento. Para conservar e aumentar esta devoção, o arcebispo Luiz Franzoni instituiu em Turim as Quarenta Horas perpétuas que se sucedem alternativamente em cada uma das igrejas da cidade, e nunca falta um núcleo de almas escolhidas que adore a Jesus Sacramentado exposto à veneração pública.

História da Igreja 4ª Época: Capítulo V

Residência dos Papas em Avignon

A antiga sede do romano pontífice, onde São Pedro, divinamente inspirado, colocou o centro de toda a Igreja e do orbe católico, é Roma. Desde São Pedro até o ano 1305 nun­ca saíram dela os Papas, senão obrigados pela violência ou pela perseguição. E nesse caso logo que se viam livres, voltavam à cidade que, pelos seus monumentos religiosos, pelos mártires nela sacrificados pelos santos que a ilustraram, e pelos milagres de que foi testemunha em todos os tempos, com justo título adquiriu o direito de ser a capital do mundo cristão. Neste ano (1305), porém, uma série de tristes acontecimentos obrigou ao Papa a se retirar de Itália e fixar sua residência em Avignon, cidade que se acha na parte da França, chamada condado Venosino. Foi causa principal disto o rei de França e de Nápoles, chamado Filipe o Belo, que muito bem merece o nome de açoite da Igreja. Este queria, como fica dito, imiscuir-se nas coisas da religião, mas como o pontífice se opunha a seus perversos desígnios, a fez sair de Roma. Queria que o Papa fixasse sua morada em França para depender dele, fazendo-se assim Filipe, de certo modo, dono da Igreja. A morte de Benedito XI a Santa Sé esteve vacante quase um ano, sendo depois eleito Clemente V, francês, que foi coroado em Lion no ano 1305. Como continuassem em Roma as discórdias e prepotências, e não estivesse ali segura a liberdade, nem a vida dos Papas e dos concidadãos, o novo pontífice julgou conveniente estabelecer sua residência em Avignon.

História da Igreja 4ª Época: Capítulo IV

Jubileu

Era tradição constante entre os cristãos que, indo a Roma no ano secular para visitar a Igreja de s. Pedro e as outras principais basílicas, ficavam perdoados todos os seus pecados. No ano 1300, foi tão grande o concurso, que pareceu se tivessem aberto ali as portas do céu. Muitos peregrinos por causa do aperto de tamanha multidão, pereciam esmagados ao passar a ponte de Sant'Angelo para ir ao Vaticano. Então o pa­pa Bonifácio VIII, reuniu todas as notícias ante­riores e publicou uma bula, em que, depois de indicar a origem e o fim do jubileu, concedeu indulgência plenária a todos os fiéis que confessados e arrependidos visitassem as quatros basílicas principais; indulgência que se devia renovar ca­da cem anos. Uma pintura, obra do célebre Giotto que vivia naquele tempo, e que ainda existe na basílica de Latrão, representa o Papa Bonifácio VIII no ato de publicar dita bula. Clemente VI querendo imitar o jubileu dos judeus, limitou o tempo a 50 anos para que participassem dele maior número de fiéis. Urbano IV considerando ainda que este prazo era demasiado longo, o reduziu a 33 anos. Mais tarde Xisto IV o diminuiu ainda mais, reduzindo-o a 25. Às vezes concedem os Papas jubileus por extraordinárias necessidades da Igreja. Em outros tempos, nas épocas de jubileu, acorria a Roma grande multidão de fiéis; mas agora, os sumos pontífices permitem aos católicos que gozem do jubileu em seus próprios países.

História da Igreja 4ª Época: Capítulo III

São Tomas de Aquino

Entre os santos que brilharam neste tempo por grande saber e virtu­de, merecem singular menção os doutores. São Boaventura, toscano, e Santo Tomas de Aquino. Este último, nascido, de nobre família napolitana aos cinco anos de idade entrou para ser educado no convento dos Beneditinos do Monte Cassino. Mais tarde, ao manifestar seus desejos de se consagrar a Deus na ordem dos Pregadores, os parentes para impedi-lo encerraram-no em um calabouço. Pessoas infames tentaram-no ali gravemente para ver se lhe faziam perder a pureza, porém saiu Tomas vencedor, afugentando-as com um tição aceso. Saindo do cárcere, foi a Paris, onde estudou teologia sob a direção do célebre Alberto Magno. Ainda que fizesse maravilhosos progressos nas Ciências e na piedade, sabia ocultar de tal sorte seu talento, que seu silêncio era julgado necessidade, pelo que seus condiscípulos chamavam-lhe boi mudo. Mas o mestre, que bem o conhecia, dizia aos que mofavam dele, que algum dia os sábios mugidos do boi mudo ressoariam em toda a terra. Aos 25 anos tomou a seu cargo a cadeira de filosofia e teologia na universidade de Paris. Os ouvintes que corriam para aprender em tão célebre mestre, apelidaram-no o Anjo das Escolas.

História da Igreja 4ª Época: Capítulo II

Santo Antonio de Pádua

Entre os primeiros discípulos de São Francisco sobressai Santo Antonio de Pádua, glória de sua ordem e esplendor de seu século. Nasceu em Lisboa, e aos quinze anos abraçou a ordem de santo Agostinho; porém chegando a Coimbra os corpos de cinco franciscanos, martirizados em Marrocos, sentiu-se arder em desejos de entrar na mesma ordem para conseguir mais facilmente a palma do martírio. Pondo-se em Viagem para ir pregar o Evangelho aos Sarracenos, so­breveio-lhe violenta enfermidade, que lhe fez tomar a resolução de voltar à Espanha. Mas Deus dispôs que fosse à Itália, e que depois passasse à cidade de Pádua, da qual tomou o nome. Começou a pregar ali e nos lugares circunvizinhos com tanta eficácia, que todos ficaram admirados do imenso poder de sua palavra. Conta-se que para ouvi-lo, saíam de noite os habitantes da cidade e iam apinhar-se na Igreja, e que os camponeses abandonavam seus campos, os empregados e trabalhadores suas ocupações para poderem ouvi-lo.

História da Igreja 4ª Época: Capítulo I

Quarto Concílio de Latrão

Inaugurou-se o século treze com o duodécimo concílio ecumênico, que é o quarto de Latrão. Este concílio, convocado pelo Papa Inocência III, reuniu-se em Roma no ano 1215, e intervieram nele 573 bispos e 800 abades. Os decretos que nele foram emanados tiveram tal importância, que se considerou a celebração deste concílio como um fato digno de assinalar época na história eclesiástica. A principal causa que o motivou foi a heresia dos Albigeneses, assim chamados porque começaram a difundir seus erros na província de Albi, em França. Esta heresia era um conjunto de todas as que tinham aparecido nos séculos anteriores, e ensinava, entre outras extravagâncias, como os Maniqueus" que existem dois princípios criadores, Deus e Satanás; que o primeiro criara as almas e o segundo os corpos. Repeliam a autoridade da Igreja e os Sacramentos, vomitavam blasfêmias contra Jesus Cristo e Maria Santíssima, e tinham, além disto, costumes muito relaxados.

História da Igreja 3ª Época: Capítulo VIII

Frederico Barba-Roxa

O imperador da Alemanha, Frederico, chamado Barba-Roxa pela cor de sua barba, perturbou durante muitos anos a paz da Igreja. Depois de ter incendiado e reduzido a um monte de ruínas as cidades de Suza, Chieri, Asti e Milão, convocou um concílio e elevou à dignidade pontifícia um anti-Papa excomungado por Alexandre III. Cheio de ira contra o legítimo pontífice, resolveu marchar sobre Roma para vingar-se cruelmente; porém uma terrível epidemia que fez perecer a maior parte de seus soldados, obrigou-o a desistir da empresa. Então determinou dirigir suas armas contra Alexandria da Palha, cidade que o mesmo pontífice tinha mandado edificar para libertar a si e a Itália de suas iras. Sitiou a cidade e quis tomá-la de assalto, mas foram vãos todos os seus esforços. Derrotado pouco depois pelos confederados italianos, na memorável batalha de Lenhano, julgou conveniente humilhar-se e ir pedir perdão ao Papa. Este o recebeu com bondade e levantou-lhe a excomunhão. Frederico, em penitência de seus pecados, foi com seu exército para Palestina, a fim de reconquistar a Jerusalém, mas depois de muitas e gloriosas vitórias, morreu no ano 1199, em um rio da Cilícia, onde fora tomar banho.

História da Igreja 3ª Época: Capítulo VII

Nono Concílio Ecumênico

O nono Concílio Ecumênico foi celebrado também em Roma, na Igreja de São João de Latrão; por isso chamou-se Lateranense. Convocou-o Calixto II no ano 1123 e intervieram nele mais de 300 bispos e mais de 600 abades, sob a presidência do mesmo pontífice. O fim principal deste concílio era restabelecer a paz e concórdia entre o sacerdócio e o império, perturbada pelas chamadas investiduras. Os imperadores da Alemanha pretendiam imiscuir-se nos assuntos religiosos, especialmente na eleição dos bispos e abades, e na adjudicação da dignidade episcopal ou abacial, o que se chamava investir. Acontecia frequentemente que, pela usurpação destes direitos, elegiam-se pessoas indignas e às vezes indigníssimas por sua ignorância e péssima conduta, com grande escândalo dos fieis. Os Papas tinham levantado várias vezes a voz contra estes abusos, porém em vão, pois os mesmos imperadores tomaram as armas e passaram a cometer violências contra eles. O Papa Calixto, cheio de zelo e valor, querendo a todo custo remediar tamanho mal, depois de ter trazido Henrique V a melhores sentimentos, reuniu o dito concílio.

História da Igreja 3ª Época: Capítulo V

São Leão IX

São Leão, chamado antes Bruno, nasceu no ano 1002, de real família alsaciana. Fez tais progressos nas ciências, que na idade de vinte e quatro anos foi consagrado bispo de Toul. Para não perder um só momento de tempo, distribuía-o entre a oração, a leitura de bons livros, o estudo, a visita aos hospitais e a instru­ção aos pobres, método que seguiu toda sua vida. Tendo falecido o Papa Damaso II, foi eleito para substituí-lo sob o nome de Leão IX. Teve muito que trabalhar para combater a heresia de Berengário que negava a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia. São Leão, depois de tê-la condenado, foi em pessoa a Verceli para assistir a um concílio que esta cidade convocara. Condenou-se nele o herege e seus escritos, condenou-se também e foi lançado ao fogo um livro de João Scoto Erígenes, isto é, Holandês por estar cheio de erros contrários à fé. Depois de ter apaziguado estas turbulências, recebeu Leão uma carta do Patriarca de Constantinopla, chamado Miguel Cerulário, que acusava a Igreja romana porque celebrava a missa com pão ázimo, isto é, sem fermento: jejuava aos sábados, deixava o Alleluia desde a Septuagésima até a Páscoa.