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Catolicismo

Catolicismo

Estudos sobre a Fé e a Doutrina Católica por meio de documentos da Santa Igreja, livros de espiritualidade, videos e etc. Selecionados para aprofundarmos ainda mais em nosso amor a Jesus Cristo!

Introdução Geral aos Evangelhos

Lição 1: Generalidades

1. A palavra "Evangelho" vem do grego "evangélion", o que significa "Boa Notícia". Entre os cristãos, este vocábulo passou a designar a mensagem de Jesus Cristo, "aquilo que Jesus fez e disse" (At 1,1). Dai fez-se a expressão "Evangelho de Cristo", que significa o Evangelho pregado por Jesus Cristo e a mensagem que Ele nos trouxe da parte do Pai. O Evangelho, segundo a linguagem do Novo Testamento, é mais do que uma doutrina; é força renovadora do mundo e do homem; produz uma nova criação, como se deduz das palavras de Jesus:

"Ide e anunciai a João o que ouvistes e vistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados" (Mt 11,4­6)

O membro final da frase "os pobres são evangelizados" resume os antecedentes: o Evangelho, levado a todos os carentes, implica a instauração de nova ordem de coisas; o homem ferido pelo pecado é redimido deste e das conseqüências deste, das quais a mais grave é a morte (ver penúltimo membro da frase citada).

Interpretação do Texto

Lição 1: Livro humano e divino

Nas lições sobre a inspiração bíblica dizia-se que a Sagrada Escritura é, toda ela, Palavra de Deus feita palavra do homem. Disto se segue uma verdade muito importante: para entender a Escritura, duas etapas são necessárias: o reconhecimento da sua face humana, para que, depois, possa haver a percepção da sua mensagem divina. É impossível penetrarmos no conteúdo salvífico da Palavra bíblica se não nos aplicamos primeiramente à análise da roupagem humana de que ela se reveste. Isto quer dizer: não se pode abordar a Sagrada Escritura somente em nome da "mística", procurando ai proposições religiosas pré-concebidas; é preciso um pouco de preparo ou de iniciação humana para perceber o sentido religioso da Bíblia. Doutro lado, não se podem utilizar apenas os critérios científicos (lingüísticos, arqueológicos...) para entender a Bíblia; é necessário, depois do exame científico do texto, que o leitor procure o significado teológico do mesmo. Interpretação quer dizer "explicação, comentário" (Aurélio). Em grego a arte de interpretar é dita "HERMENÊUTICA".

Examinemos mais detidamente cada qual das duas etapas acima assinaladas.

História do Texto Sagrado

Lição 1: A Escrita Bíblica

Três são as línguas bíblicas:
  • O hebraico, no qual foram escritos todos os livros protocanônicos do Antigo Testamento;
  • O aramaico, língua vizinha do hebraico, falada pelos arameus, que eram bons comerciantes na Mesopotâmia, na Ásia Menor e nas costas do Mediterrâneo; por isto a sua língua se tornou o idioma comercial internacional como também a língua dos diplomatas e das chancelarias. Em aramaico foram redigidos trechos de livros protocanônicos do Antigo Testamento, como Esdr 4,8-6,18; 7,12-26; Dn 2,4-7,28; uma frase em Jr 10,11 e duas palavras em Gn 31,47; além disto, também o original de São Mateus (hoje perdido);
  • O grego, em que foram redigidos os livros do Novo Testamento (de Mt temos uma tradução grega antiga), Sb, 2Mc. Além disto, os livros e fragmentos deuterocanônicos do Antigo Testamento cujos originais se perderam, encontram- se em tradução grega: 1Mc, Jt, Tb, algumas secções de Daniel (Dn 3,24-90; 13­14) e os acréscimos de Ester recolhidos desordenadamente em Est 10,4-16,24 (da Vulgata Latina).

O Cânon Bíblico

Vimos no Módulo I sobre a Inspiração Bíblica que Deus quis falar aos homens, dando origem à S. Escritura. Perguntamos agora: quantos e quais são os livros sagrados? Qual é…

Inspiração Bíblica

Lição 1: Noção e Extensão Inspiração Bíblica: noção O estudo da Bíblia deve começar pela prerrogativa que cristãos e judeus reconhecem a este livro: é a Palavra de Deus inspirada.…

História da Igreja 6ª Época: Capítulo VII

Morte de Pio IX

Os transportes de alegria dos católicos pela ocorrência do XXV aniversário de pontificado de Pio IX, renovaram-se ao festejarem o quinquagésimo da celebração de sua primeira missa; porém o de seu Jubileu Episcopal excedeu a todos os demais acontecimentos da História Eclesiástica, e a tudo o que é possível legar à posteridade. Basta dizer que no ano de 1877, fiéis cristãos de toda idade e condição, partiam das mais longínquas regiões de terra para irem venerar ao chefe da Igreja e levar a seus pés quanto possuíam de mais precioso em trabalhos de arte, em ouro, em prata ou em trabalhos científicos. Mas a vida do homem é limitada. Pio IX, pela firmeza de sua fé, por sua caridade, por sua benevolência, por seus conselhos e por sua mansidão, tinha-se tornado a delícia do mundo, e dos corações. Os próprios heterodoxos o consideravam qual amigo, pai, irmão, e benfeitor.

História da Igreja 6ª Época: Capítulo VI

Beatificação dos Mártires do Japão

Será sempre de grata memória para os fiéis o dia 8 de junho de 1862, em que 26 heróis da fé, martirizados no Japão há cerca de três séculos, foram elevados à honra dos altares. Falamos, a seu tempo, da sanguinolenta perseguição de Taicosama e do grande número de cristãos que foram coroados com o martírio. Aqui tão somente acrescentaremos que, depois de terem sofrido muitos trabalhos nas prisões e nas viagens; depois de terem passado fome; sofrimentos e golpes de toda espécie, chegaram finalmente à cidade de Nagasaki lugar preparado para seu suplício. Querendo ensaiar ainda uma prova para lhes infundir temor, mostrou-se-lhes um outeiro sobre o qual se achavam preparadas 26 cruzes. Ao recordar, em presença desse espetáculo, que a cruz tinha trazido a salvação ao gênero humano, e que dentro em pouco abriria-lhes as portas do céu, encheram-se de grande alegria. Um deles chamado Antonio, falou no lugar do suplício a seus pais, que lhe faziam grandes promessas para excitá-lo a renegar a Jesus Cristo:
"Vós me prometeis bens terrenos, Jesus Cristo, bens celestiais aqueles duram breve tempo, estes são eternos”

História da Igreja 6ª Época: Capítulo V

A Imaculada Conceição

Logo que o Papa voltou à sua sede, chegaram-lhe de todas as partes do mundo os votos dos bispos atestando a crença geral de que Maria sempre tinha sido preservada do pecado original, e que era uma das maiores aspirações de seus diocesanos que se definisse dogmaticamente esta verdade. O pontífice estabeleceu então uma comissão de doutos teólogos e cardeais; mais tarde concedeu um jubileu de três meses, para excitar aos fiéis a dirigir a Deus ardentes votos, e convidou finalmente que fossem a Roma todos os bispos, que facilmente pudessem ir. Depois de uma discussão esmerada e profunda, se achou que era doutrina conforme às sagradas escrituras, constantemente manifestada pela tradição, isto é, na sagrada liturgia, nos escritos dos santos padres, nos decretos dos sumos pontífices, e no sentimento geral de todos os cristãos, que Maria tinha sido concebida sem mancha original, e que era coisa muito conveniente que se definisse essa doutrina como artigo de fé. Pio IX depois de novas súplicas, julgou que já tinha chegado o tempo de proceder à tão anelada definição; e assistido pelos cardeais, pelos patriarcas e por um grande número de arcebispos e bispos em presença de multidão imensa de sacerdotes e leigos, a 8 de dezembro de 1854, dia consagra­do a Maria Imaculada, antes de celebrar a santa Missa, pronunciou este decreto na basílica vaticana:
“É doutrina revelada por Deus que a Bem-aventurada Virgem Maria desde o primeiro instante de sua Conceição foi preservada de toda mancha da culpa original por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em consideração aos méritos de Jesus Cristo. Salvador do gênero humano; e por isso todos os fiéis devem crer nela firme e constante­mente”

História da Igreja 6ª Época: Capítulo IV

Eleição de Pio IX

Um dos maiores pontificados e dos mais esplêndidos, é sem dúvida alguma o de Pio IX. Nasceu em Sinigaglia no ano de 1792, da família dos condes Mastai Ferretti e se chamou João Maria. Jovem ainda, tinha ido a Roma para alistar-se no exército pontifício; porém sua abalada saúde impediu-lhe a realização de seu desígnio. Mas Deus que o chama para grandes coisas, o curou como temos visto, para que pudesse alistar-se na milícia sacerdotal. Desde jovem já brilhava em João todo gênero de virtudes; a devoção à Bem-aventurada Virgem formava todas as suas delícias. Digno ministro de Jesus Cristo prontamente conheceu a grande necessidade que tem a juventude de ser educada; e para este fim consagrou os primeiros trabalhos de seu grande ministério. Tomou conta em Roma da direção e administração de dois grandes institutos, conhecido um sob o nome de Tata Giovanni e outro de São Miguel em Ripagrande, onde se albergam centenas de meninos pobres. Uma difícil missão levada a cabo no Chile por comissão de Pio VIII demonstrou o grande talento e a rara habilidade que possuía no manejo dos grandes negócios. À sua volta do Chile foi nomeado bispo, e finalmente no ano 1840 criado cardeal. A morte de Gregório foi, quase, por unanimidade de votos, proclamado pontífice a 16 de junho de 1846 dois dias depois de terem entrado para o conclave os Cardeais, e tomou o nome de Pio IX. Para narrar devidamente os feitos deste incomparável pontífice seriam necessários muitos e avultados volumes; limitaremo-nos, pois, a indicar alguns.

História da Igreja 6ª Época: Capítulo III

Leão XII e Pio VIII

Sucedeu a Pio VII o cardeal Anibal de Genga, natural de Espoleto o qual tomou o nome de Leão XII. Seu pontificado durou cinco anos e cinco meses incompletos. Amava muito aos pobres e o mesmo dia em que o coroaram preparou-lhes um esplêndido jantar no Vaticano. Tomou muito a peito o cuidado dos institutos de beneficência pública, aos quais visitava com frequência e provia de todo o necessário. Ia às vezes visitar, sem aviso prévio as igrejas e os hospitais, para certificar-se se as pessoas ali empregadas cumpriam seus deveres com regularidade. No ano do jubileu (1825) beatificou a quatro servos de Deus, isto é: a Agostinho Juliano e a Angelo de Acri da ordem de São Francisco, a Afonso Rodriguez, jesuíta, e a Hipólito Galantini, fundador da Congregação da doutrina cristã. Certo dia, enquanto ainda gozava de boa saúde, disse a um de seus familiares:
"Daqui a alguns dias já não nos veremos mais"