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O Monge Santo

Meditação para o Dia 19 de Fevereiro

Não há necessidade, para a perfeição, de austeridades espantosas nem de obras maravilhosas. É muito simples a virtude e nada tem de complicado. Um ato de conformidade, um sim perene ou renovado a cada instante ao que Deus quiser. Nada perturba a alma verdadeiramente abandonada à vontade de Deus. Tem o paraíso da terra! Cesário conta de um monge simples, de uma vida nada mais austera do que a de qualquer de seus irmãos, e que não obstante, operava milagres estupendos.

O abade não sabia explicar o fato, que causava admiração a todo o Mosteiro. O religioso, na sua vida monástica em nada se distinguia dos seus irmãos.

“Que devoções práticas, perguntou-lhe o abade, para que o Senhor te dê a graça de operar tantos prodígios?”

O pobre monge respondeu:

“Sou o mais imperfeito de meus irmãos e só procuro fazer uma coisa: conformar-me em tudo com a Vontade de Deus”

E tornou a perguntar o abade:

“Quando puseram fogo em nossas plantações e nos prejudicaram as terras, não te causaram tristeza a nossa penúria e tantas outras desgraças que nos sucederam?”
– “Oh! Não, meu Pai, replicou o monge, eu louvei a Deus e até fiquei contente. Deus tudo permitiu para nosso bem. Louvado seja Deus!”

O abade compreendeu logo que a santidade daquele monge estava no seu heroísmo em aceitar os males e golpes adversos e na sua conformidade, em tudo, com a Vontade de Deus!

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 60)