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A Estátua do Mestre Divino

Meditação para o Dia 11 de Outubro

Santa Joana de Chantal sofria muito por sentir, quando orava, que sua alma ficava como que insensível, numa desoladora e triste aridez diante de Nosso Senhor. São Francisco de Sales consolou-a com a bela parábola da estátua.

“Minha filha, diz o santo, se uma estátua colocada dentro dum nicho, num salão, pudesse falar e se lhe perguntasse:

– Por que estás aí?

Porque, diria ela, o meu mestre aqui me colocou. Por que não te moves?

– Porque ele quer que eu permaneça imóvel.

– De que te serve isso? Que proveito tiras daí?

– Não é para meu proveito nem para me servir que estou aqui, mas para servir e obedecer à vontade de meu Senhor e Mestre.

– Mas tu não o vês!

– Pouco importa, responderia a estátua, ele me vê e fica satisfeito com minha permanência no lugar em que me pôs.

– Mas não desejarias ter movimento, ir para junto dele?

– Não, se ele não o ordenar.

– Nada desejas então?

– Não, porque estou onde meu Senhor e Mestre me colocou e sua vontade é a única alegria de meu ser.

– Minha filha, termina o santo, não é uma boa oração apegar-se unicamente à vontade de Deus?” (1)

Oh! Não vos desanimeis, pobres mortais, se vos sentirdes naquele estado de alma! Deixai que o Artista e Mestre Divino faça o que quiser da sua estátua. A oração humilde, submissa, vale mais do que os êxtases. Nosso Senhor disse uma vez à Santa Margarida Maria:

“Minha filha, a oração de submissão e de sacrifício Me é mais agradáveis do que a contemplação”

Referências:

(1) Mons. Bougaud – Iist. de St. Chantal – c. XVIII

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 306)