Meditação para o Dia 24 de Março
Que faz uma criança quando ganha uma bolinha nova e graciosa? Alegra-se, toma-a, cheia de carinho, sorri, feliz brinca com seu pequenino tesouro. Depois, atira-a para um canto, onde fica muito tempo esquecida. Um belo dia toma de novo a sua bolinha e com ela brinca e se diverte. E, quando dela se farta, se encontra um alfinete, fura-a toda e acaba por despedaçá-la, curiosa. Fica assim o destino da bolinha sujeito aos caprichos da criança! Santa Teresinha, no seu adorável espírito infantil, acha isso uma das mais belas imagens da vida espiritual. A alma, como a bolinha, se faz o brinquedo do Menino Jesus.
Eu sou a bolinha do Menino Jesus – dizia a Santa da confiança e do abandono – que Ele faça de mim o que quiser. Brinque à vontade com a sua bolinha. Se me quiser atirar a um canto, abandonada, serei feliz, contanto que Ele o queira. Eu me ofereço ao Menino Jesus para ser o seu brinquedo, uma bolinha que Ele pode pisar, ferir, atirar ao canto ou apertar contra o coração. Enfim, eu quisera divertir o Menino Jesus e entregar-me aos seus caprichos infantis. (1)
Como isso é belo e heroico! Não quereis também, a exemplo de Santa Teresinha, ser a bolinha do Menino Jesus?
Referências:
(1) História de uma Alma, c. VI
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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 95)