Meditação para o Dia 07 de Novembro
Que criança encantadora! Era o raio de sol de um lar feliz. De repente, a mão gelada e inexorável da morte vem ceifar a florzinha ainda não desabrochada de todo para a vida! Quem pode avaliar a dor imensa de um coração materno, feridona sua corda mais sensível e delicada? Chorai, mãe cristã! É tão natural o vosso pranto e tão necessário para o desafogo do coração! Mas não vos desespereis! Vosso filhinho, tão belo, tão puro, não deveria ficar mais na terra, porque a vontade de Deus o queria no Céu. Ora, vamos! Coragem!
“Eis o vosso filhinho no Céu – diz São Francisco de Sales – com os santos e anjos inocentes. Ele conhece bem agora o trabalho que com ele tivestes durante o pouco tempo em que dele cuidastes e se recorda das orações que por ele recitastes. Em troca, roga por vós a Deus e pede-Lhe que abençoe sua mamãezinha querida, que, no mundo, chora, saudosa, e que lhe dê bastante conformidade com a vontade do Senhor. Oh! Como foi ele feliz em ter voado para o Céu sem haver conhecido a malícia do mundo!”
Já não tendes sobre os ombros a responsabilidade da educação e da salvação eterna de um filho. E como as lágrimas de saudade que verteis pela morte do anjinho, que roga por vós no Céu, são diferentes das que derramam tantas mães desventuradas, que por aí assistem à ruína moral de seus filhos! Deveis agradecer a Nosso Senhor que, livrando-vos de tamanha responsabilidade, deu-vos um anjinho e um protetor no Céu!
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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 334)