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Um Sorriso na Dor

Meditação para o Dia 25 de Fevereiro

Aceitar a dor sem queixa é virtude e virtude sólida. Aceitá-la com sorriso, é heroísmo. Conheceis o clássico sorriso de Santa Teresinha? É um sorriso entre rosas, mas rosas de espinhos duros e penetrantes. Quando vem o sofrimento, é preciso recebê-lo bem, como quem recebe um hóspede querido. Pois assim fazia o Anjo do Carmelo. Uma noviça quis ter uma prova da virtude heroica da Santa.

“Dois meses antes da sua morte – diz a irmãzinha – fui fazer uma visita à Irmã Teresa e, como tinha ouvido elogiar muito a sua paciência, veio-me a vontade de a observar num momento de crise. E vejo logo o seu rosto revestir-se de um ar de alegria e repontar de seus lábios um sorriso celeste. Perguntando-lhe então a razão daquela mudança, respondeu:

– Por isso mesmo que sinto dores fortes, preciso amar o sofrimento e mostrar-lhe sempre boa cara” (1)

Custa muito um sorriso, quando se apresenta à nossa fraqueza a Irmã Dor. Custa, mas não é impossível. Havemos de recebê-la. É uma necessidade fazê-lo. Nosso Senhor a mandou. É mensageira do Céu. É a Vontade de Deus. Se, como Santa Teresinha, não pudermos recebê-la com sorriso doce e amável, sejamos delicados. Ela é boa, veio do Céu, veio curar-nos. Que entre sossegada a Irmã Dor e não repare a nossa grosseria se, por acaso, a recebermos sem um gesto amável e um bom sorriso!

Referência:
(1) “Conseils et souvenirs”

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(Brandão, Ascânio. Breviário da Confiança: Pensamentos para cada dia do ano. Oficinas Gráficas “Ave-Maria”, 1936, p. 66)