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Tag: virtudes

A Visitação da Santíssima Virgem

Compre o livro Flores a Maria! Maria faz brilhar neste mistério

Fervor admirável

Apenas a bem-aventurada Virgem concebeu o Verbo Eterno, abrasada toda no fogo sagrado que Ele veio trazer à terra, parte apressadamente para o país das montanhas, onde morava sua prima Santa Isabel. Vede com que docilidade e ardor esta Virgem admirável obedece às inspirações da graça, às impressões do divino amor que transporta seu coração! A distância dos lugares, a fadiga da jornada, a certeza dos perigos, nada a suspende: as dificuldades não fazem mais do que animar o seu fervor e coragem. Logo que conhece a vontade de Deus, põe-se a caminho; não cuida senão em obedecer à voz d’Aquele que a chama, e em cumprir um dever de caridade para com a mãe do Santo Precursor. Eis aqui a imagem de uma alma fervorosa no serviço de Deus, de uma alma em que habita o Espírito Santo. Dócil às inspirações da graça, serve ao Senhor com santa alegria, caminha com empenho pelas veredas da justiça; enquanto a alma tíbia, não faz mais do que arrastar-se pelo caminho do céu, não se presta ao que é do serviço de Deus, senão com deplorável negligência. Examinemos em que estado nos achamos diante de Deus, e tremamos, se em nós sentirmos os tristes sinais da tibieza. Nada há mais perigoso para a salvação.

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Virtudes que a Santíssima Virgem pratica no mistério da Encarnação

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Antes do complemento deste mistério

A Bem-aventurada Virgem, consagrada ao Altíssimo desde a mais tenra infância, vivia na prática de todas as virtudes. Deus se comprazia, vendo esta admirável Virgem elevar-se à mais alta perfeição, e a enriquecia todos os instantes de novas graças para a dispôr a ser um dia a Mãe de seu Filho. E cada vez ela se tornava mais digna desta sublime dignidade, pela pureza virginal e inviolada de que fizera voto; pela profunda humildade com que se aniquilava no acatamento divino, e pela elevação constante do seu espírito, rogando com fervorosa instância ao Senhor que acelerasse os felizes dias da Redenção. Em nossas orações, em nossos exercícios de piedade, sentimos por ventura os vivos afetos e ardentes desejos de que era animada a Santíssima Virgem? Ai! Que distrações, que negligência, que tibieza! Procuremos emendar-nos propondo-nos por exemplar o maravilhoso fervor de Maria Santíssima.

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Os desposórios de Maria Santíssima

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Conveniência de Maria Santíssima ter um esposo

Transportemo-nos hoje em espírito ao templo de Jerusalém para presenciarmos um espetáculo em que a Virgem Maria não se mostra menos admirável, nem nos oferece instruções menos úteis, do que na sua Apresentação. Entrava nos desígnios de Deus que esta Virgem incomparável, escolhida desde toda a eternidade para ser Mãe do divino Redentor dos homens, mostrasse em sua pessoa o modelo completo de todas as virtudes nas diferentes condições da vida. Foi, portanto, sábia disposições da Providência que Maria, havendo de conceber milagrosamente e dar à luz, sem quebra de sua integridade, o Verbo Encarnado, tivesse uma testemunha e guarda, fiel de sua pureza, e fosse ao mesmo tempo o pai putativo e aio do Homem-Deus. Admiremos os segredos da divina sabedoria! Quão perfeita e retamente ordenados são todos os seus planos! Como ela sabe dispor tudo com força e suavidade para o complemento dos Seus desígnios!

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A Vida da Santíssima Virgem no Templo

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Vivia só para Deus

Vejamos esta bendita menina sepultada no seu retiro, e admiremos a vida santa que ali passa. Considera-se no templo como em uma casa unicamente consagrada ao serviço do Senhor; sabe que neste sagrado lugar não deve viver senão para Deus, nem pensar, senão em tornar-se cada vez mais agradável a Seus olhos pela prática de todas as virtudes. Semelhante à aurora que sempre cresce em luz, Maria sempre cresce em santidade e perfeição. Todos os dias brilhavam nela com maior esplendor as mais excelentes virtudes, a caridade, a humildade, a mortificação e a doçura. Aproveitemo-nos de tão admirável exemplo, e aprendamos desta Virgem Santíssima o ardor com que devemos trabalhar em nossa santificação. É verdade que Deus não exige de todos os cristãos, que à imitação de Maria se liguem com voto ao seu serviço; é este o destino feliz de algumas almas privilegiadas que Ele retira do mundo, para as consagrar a Si de um modo especial: mas em qualquer estado que nos encontremos, Deus exige de nós, que sigamos uma vida verdadeiramente cristã, uma vida penitente e mortificada, e que façamos todos os dias novos esforços por adiantar-nos no caminho da salvação. Tal é o resumo do Evangelho, tais as sagradas obrigações que contraímos, recebendo o Batismo. Ah! De que modo as temos cumprido até hoje?

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A Predestinação da Santíssima Virgem

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Maria foi predestinada para a dignidade mais eminente

Tendo Deus resolvido desde toda a eternidade salvar o mundo pelo mistério inefável da Encarnação, dignou-se escolher a Maria, de preferência a todas as outras filhas de Adão, para ser mãe de seu Filho. Por esta escolha gloriosa foi ela destinada para a mais alta dignidade, que se pode imaginar. Tudo o que há de grande no céu e na terra é nada em comparação desta dignidade sublime. Maria será mãe do Verbo Encarnado, e nesta qualidade será Mãe dos cristãos, Rainha dos anjos, Mediadora de intercessão entre Deus e os homens. Rendamos mil ações de graças a Deus por tanto elevar a nossa amável Mãe, e por haver sido o seu amor para conosco quem o moveu a exaltá-la a tão eminente dignidade. Prostemo-nos ante o trono desta Augusta Rainha, e tributemos-lhe as profundas homenagens. devidas a tamanhas grandezas.

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Do último fruto da última palavra

Capítulo 36: Do último fruto da última palavra Resta o último fruto, que se colhe da consideração, da obediência, manifestada nas ultimas palavras e mesmo na morte de Cristo, pois o que o Apóstolo diz:

"Humilhou-se até morte, e morte de Cruz" (Fl 2)

Cumpriu-se principalmente, quando o Senhor, proferidas aquelas palavras

"Meu Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito"

Imediatamente expirou. Será, porém conveniente ir buscar mais no seu começo o que pode e deve dizer-se da obediência de Cristo, para colhermos um fruto preciosíssimo da árvore da Santa Cruz, pois Cristo, Mestre e Senhor de todas as virtudes, prestou a seu Pai uma obediência tal, que não pode mesmo imaginar-se outra maior.

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Do quinto fruto da quarta palavra

Capítulo 18: Do quinto fruto da quarta palavra Nas primeiras palavras nos recomendou Cristo, nosso Mestre, três excelentes virtudes: caridade com os nossos inimigos, compaixão com os infelizes, e acatamento a nossos pais. Nas quatro seguintes nos recomenda quatro não mais excelentes que aquelas, mas não menos necessárias para nosso bem: a humildade, a paciência, a perseverança , a obediência. A humildade que propriamente se pode dizer virtude de Cristo, pois nenhuma ideia dela nos dão os escritos dos sábios deste mundo, não só Ele a praticou em todo o decurso da Sua vida; mas, além disto, se declarou por termos, nada equívocos, mestre desta virtude, dizendo:

"Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração" (Mt 11)

Nunca tão declaradamente, porém nos recomendou esta virtude, e juntamente a da paciência, que dela é inseparável, como, quando disse:

"Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?"

Pois com esta expressão nos mostra o Senhor, que por permissão de Deus toda a Sua glória e primazia se tinha obscurecido na presença dos homens, o que também queriam dizer aquelas trevas, nem o Senhor pôde, sem a mais rendida humildade e paciência sujeitar-Se aquele abatimento.

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Do primeiro fruto da quarta palavra

Capítulo 14: Do primeiro fruto da quarta palavra Explicamos brevemente o que, quanto à Historia, diz respeito à quarta palavra. Agora a primeira consideração, que se nos oferece, para da árvore da cruz colhermos alguns frutos, é a de ter Cristo querido esgotar o cálice da Paixão completamente todo até a última gota. Tinha de estar na Cruz três horas, da 6ª até à 9ª, nela esteve três horas inteiras completas e mais que completas; pois foi crucificado antes da 6ª e expirou depois da 9ª, como se prova com o seguinte argumento: O eclipse começou à hora 6ª, como dizem três Evangelistas, São Mateus, São Marcos, e São Lucas; e expressamente São Marcos:

"E chegada a hora de Sexta, se cobriu toda a Terra de trevas até a hora de Nona" (Mc 15)

E três das sete palavras do Senhor, proferidas na cruz, foram-no antes de começarem as trevas, e antes da hora sexta; e as quatro últimas, depois das trevas e por isso mesmo depois da hora 9ª. São Marcos, porém, ainda com mais clareza explica tudo, dizendo:

"Era a hora de Terça, quando o crucificaram"

E depois acrescenta:

"E chegada a hora de Sexta converteu-se o dia em trevas"

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A Virtude da Paciência, a Abnegação e o Amor da Cruz

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Mês de Dezembro: A Virtude da Paciência, a Abnegação e o Amor da Cruz

Mês de Dezembro

Breve introdução sobre a Paciência e o Apóstolo Patrono

Estamos na terra para fazermos penitência e merecermos; não é ela, portanto, lugar de repouso, mas de trabalhos e sofrimentos. As dores, adversidades e outras tribulações hão de ser as mais belas jóias da nossa corôa no paraíso. Pratiquemos a paciência: 1. Quando a morte nos arrebata os parentes ou amigos; 2. Na pobreza; 3. Nos desprezos e perseguições; 4. Nas desolações espirituais; 5. Nas tentações; 6. Nas doenças. A resignação na morte, para fazer a vontade de Deus, é bastante para assegurar a nossa salvação eterna. Pondera que nesta vida, quer queiras, quer não, terás necessariamente de padecer. Procura por isso padecer de maneira meritória, isto é, pacientemente; violenta-te e evita romper em queixas e lamentos. Se te venceres, Deus te fará experimentar durante a tribulação uma doçura desconhecida dos mundanos, mas muito conhecida daqueles que amam a Deus. Se Deus te visitar com doenças, pobreza, perseguições e outras adversidades, humilha-te diante dEle, e dize com o bom ladrão:

"Recebemos o que mereciam nossas ações” (Lc 23, 41).

E mesmo que não tenhas perdido a inocência batismal, certamente já terás merecido um longo purgatório. Por isso alegra-te se fores castigado neste mundo e não no outro. Consola-te também nos sofrimentos internos com a esperança do céu. Recorda-te das palavras de São Paulo:

“Os padecimentos deste mundo não tem comparação com a glória futura que será manifestada em nós” (Rom 8, 18)

“O que aqui é para nós uma tribulação momentânea e ligeira produz em nós, de um modo maravilhoso no mais alto grau, um peso eterno de glória” (2 Cor 4, 17)

Se tua vida te parecer insuportável, olha para teu divino Salvador, que te precede, carregando a cruz. Ouve o que Ele diz:

“Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo e tome todos os dias a cruz sobre si” (Lc 9, 23)

Teu Salvador vai sempre adiante, e só pára ao chegar ao monte Calvário, para ai morrer por ti. Acostuma-te a submeter-te já antecedentemente na oração a todos os sofrimentos que talvez te sobrevirão; assim procederam os santos e por isso estavam sempre prontos a abraçar todas as cruzes, mesmo as que lhes sobrevinham inesperadamente. Suplica, finalmente, ao Senhor instantemente que te conceda a graça da paciência, pois, sem a oração, nunca obterás essa grande graça. Justamente na oração encontraram os santos mártires a coragem para suportar os mais atrozes tormentos e a morte mais ignominiosa. Se recorreres ao Senhor com confiança, Ele te livrará dos teus padecimentos ou então te concederá a graça de suportá- los com paciência. Ele mesmo disse:

“Vinde a mim todos que andais em trabalhos e vos achais carregados e eu vos aliviarei” (Mt 11, 28)

Sumário I. A sua natureza II. Da Paciência em Geral III. Da Paciência nas Enfermidades IV. Da Paciência nas Injúrias e Perseguições V. Da Paciência na Desolações Espiritual VI. Alguns avisos a respeito do Exercício da Paciência VII. A Abnegação e o Amor da Cruz no Redentor VIII. A Prática da Paciência IX. Orações para alcançar a Virtude do Mês Mês de Dezembro: A Virtude da Paciência, a Abnegação e o Amor da Cruz. Apóstolo Patrono: São Mateus

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Excelência da Mansidão

Meditação para o Vigésimo Primeiro Sábado depois de Pentecostes. Excelência da Mansidão

Meditação para o Vigésimo Primeiro Sábado depois de Pentecostes

SUMARIO

Meditaremos sobre as vantagens da mansidão, e veremos que com esta virtude podemos tudo: 1.° Sobre o coração de Deus; 2.° Sobre o coração do próximo; 3.° Sobre o nosso próprio coração. — Tomaremos a resolução: 1.° De reprimirmos, ainda quando estamos sós, até os menores impulsos de impaciência, de precipitação e descontentamento que nos sobrevierem; 2.° De termos para com todas as pessoas, sem exceção, maneiras e palavras brandas e afáveis. O nosso ramalhete espiritual será a palavra de Nosso Senhor:

"Aprendei de mim que sou manso, e achareis descanso para as vossas almas" - Discite a me quia mitis sum... et invenietis requiem animabus vestris (Mt 11, 29)

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